Descubra as 10 Maiores Pagadoras de Dividendos da Bolsa
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Qual banco paga mais dividendos?
Oferecido porEQI Research

Qual banco paga mais dividendos?

Você sabe qual banco paga mais dividendos atualmente? Entre Itaú (ITUB4), Itaúsa (ITSA4), Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11) e Banco do Brasil (BBAS3), todos figuram entre as empresas mais sólidas da Bolsa. Mas nem todos oferecem o mesmo nível de retorno para o investidor que busca renda passiva.

O time de analistas da EQI Research comparou os principais bancos listados na B3 e identificou quais instituições vêm transformando lucro em pagamentos consistentes de dividendos. 

O resultado está no guia exclusivo “As 10 Maiores Pagadoras de Dividendos da Bolsa”, que mostra não apenas as líderes em distribuição, mas também o que diferencia uma boa pagadora de uma que apenas pontualmente distribui lucros.

O que são dividendos e por que eles importam

Os dividendos são a parte do lucro líquido de uma empresa que é distribuída aos seus acionistas. No Brasil, as companhias de capital aberto são obrigadas por lei a destinar pelo menos 25% do lucro ajustado em dividendos, salvo exceções aprovadas em assembleia.

Ou seja: quando a empresa vai bem, seus acionistas recebem parte desse resultado direto na conta — uma das formas mais eficientes de transformar o desempenho corporativo em renda real.

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Mais importante ainda: os dividendos são isentos de imposto de renda para o investidor pessoa física, o que os torna especialmente atrativos para quem busca rentabilidade líquida superior.

Como funcionam os pagamentos de dividendos

Nem todas as empresas distribuem dividendos da mesma forma. Algumas pagam apenas uma vez por ano; outras realizam distribuições trimestrais, semestrais ou até mensais.

Companhias maduras, com fluxo de caixa previsível e menor necessidade de reinvestimento, tendem a adotar políticas de dividendos mais estáveis e generosas. Esse é justamente o caso dos bancos — negócios altamente rentáveis, eficientes e resilientes a ciclos econômicos.

Na prática, os dividendos funcionam como um fluxo recorrente de renda passiva, e quanto mais previsível o negócio, mais confiável tende a ser esse fluxo.

Por que os bancos estão entre os maiores pagadores de dividendos

O setor bancário é historicamente um dos mais consistentes em geração de lucros e distribuição de dividendos. As grandes instituições financeiras mantêm receitas estáveis, margens robustas e um controle de custos refinado.

Além disso, por não dependerem de reinvestimentos pesados em infraestrutura física, conseguem converter boa parte de seus lucros em proventos para os acionistas.

Segundo levantamento da EQI Research com base em dados da Economatica, Bradesco e Itaúsa aparecem entre as 10 maiores pagadoras de dividendos da Bolsa em 2025, com yields superiores a 8%. Outros bancos, como Itaú, Banco do Brasil e Santander, também mantêm políticas de distribuição consistentes, mas com ritmos e rendimentos distintos.

Como saber qual banco paga mais dividendos

Para responder à pergunta “qual banco paga mais dividendos”, é preciso ir além dos valores nominais pagos pelas instituições. Um bom investidor olha não só quanto cada empresa distribui, mas também se essa distribuição é sustentável ao longo do tempo.

Para isso, alguns indicadores são fundamentais na análise de dividendos.

O principal deles é o Dividend Yield (DY), que mostra o retorno que o investidor tem em relação ao preço da ação. Em termos simples, ele indica quanto o acionista recebeu em proventos por cada real investido.

Por exemplo: se uma ação custa R$ 20 e a empresa distribui R$ 1 em dividendos no ano, o DY é de 5%. Quanto maior o percentual, maior o retorno em renda.

No entanto, um DY muito elevado pode sinalizar risco — às vezes, o preço da ação caiu demais devido a problemas no negócio, inflando artificialmente o indicador. Por isso, o ideal é observar o DY junto de outros fatores.

Outro dado essencial é o payout ratio, que mede a proporção do lucro líquido destinada aos acionistas. Um payout de 70% significa que a empresa distribui 70% dos lucros e reinveste os 30% restantes em seu crescimento.

Payouts muito baixos indicam que a empresa prioriza reinvestimento, o que pode ser positivo em fases de expansão. Já índices muito altos podem sugerir que ela está devolvendo grande parte do lucro — o que agrada no curto prazo, mas pode limitar o crescimento futuro. O equilíbrio costuma estar entre 50% e 80%.

Também vale olhar para o Lucro por Ação (LPA), que mostra o quanto do lucro líquido corresponde a cada ação. Se o LPA cresce de forma constante, significa que a empresa está gerando valor de forma sustentável — uma boa notícia para quem busca dividendos regulares.

Por fim, um ponto muitas vezes negligenciado é a saúde financeira da companhia, medida por indicadores como Dívida Líquida/EBITDA. Esse índice revela quantos anos a empresa levaria para quitar suas dívidas com o lucro operacional. Quanto menor o número, mais espaço a companhia tem para distribuir lucros sem comprometer sua estrutura de capital.

De modo geral, empresas com relação Dívida Líquida/EBITDA inferior a 3 vezes são consideradas financeiramente equilibradas, especialmente no setor bancário, que já possui margens naturalmente elevadas.

Em conjunto, esses indicadores ajudam o investidor a identificar quais bancos conseguem pagar dividendos de forma consistente e sustentável — o verdadeiro diferencial entre quem apenas distribui lucros e quem realmente constrói renda recorrente para o acionista.

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Comparativo: Itaú, Itaúsa, Bradesco, Santander e Banco do Brasil

Os cinco principais bancos listados na B3 — Itaú, Itaúsa, Bradesco, Santander e Banco do Brasil — estão entre as companhias mais relevantes para investidores que buscam renda passiva.

Embora todos apresentem solidez e histórico consistente de lucros, a forma como cada um converte esses resultados em dividendos varia, refletindo estratégias distintas de capital, eficiência e rentabilidade.

A seguir, confira o desempenho mais recente de cada instituição e como elas se posicionam no ranking de maiores pagadoras da Bolsa.

Bradesco (BBDC4): retomada de resultados e dividendos robustos

O Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 6,205 bilhões no 3TRI25, alta de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado de nove meses, o lucro atingiu R$ 18,1 bilhões, avanço de 28,2% em um ano.

A margem financeira somou R$ 18,7 bilhões (+16,9% YoY), sustentada pelo aumento da carteira de crédito e pela maior rentabilidade dos produtos. A carteira expandida cresceu 9,6% em 12 meses, com destaque para micro, pequenas e médias empresas.

A inadimplência acima de 90 dias manteve-se estável em 4,1%, e as despesas operacionais subiram apenas 5,5% ao ano, abaixo da inflação, sinalizando disciplina de custos. No trimestre, o banco destinou R$ 3,8 bilhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP), e o Dividend Yield atual é de cerca de 8,4%, com projeção de se manter nesse patamar em 2025.

Com capital robusto (CET1 de 11,4%) e eficiência próxima a 50%, o Bradesco reforça sua posição entre os grandes pagadores do setor.

Itaú Unibanco (ITUB4): lucro recorde e previsibilidade nos proventos

O Itaú Unibanco reportou lucro líquido recorrente de R$ 11,508 bilhões no 2TRI25, crescimento de 14,3% sobre o mesmo período de 2024. O resultado reflete ganhos de eficiência, diversificação de receitas e digitalização.

A margem financeira com clientes cresceu 15,4% no comparativo anual, impulsionada por maior volume de crédito e spreads mais rentáveis. A inadimplência acima de 90 dias segue no menor nível em 18 trimestres, demonstrando solidez na carteira.

O índice de eficiência atingiu 36,9%, um dos melhores do setor, e o capital principal (CET1) ficou em 13,1%. No trimestre, o banco aprovou JCP líquido de R$ 0,592875 por ação, reforçando sua política previsível e recorrente de distribuição.

Mesmo sem o resultado do 3TRI25, o Itaú mantém ROE acima de 20% e Dividend Yield médio entre 6% e 7%, permanecendo referência de consistência e previsibilidade entre os grandes bancos da Bolsa.

Itaúsa (ITSA4): solidez financeira e potencial de valorização

A Itaúsa apresentou lucro próximo de R$ 8 bilhões no 1º semestre de 2025, sustentado pelos resultados do Itaú e pelo avanço de outras investidas. Segundo Nícolas Merola, analista da EQI Research, o desempenho mostra “um resultado limpo, que reforça a força das investidas e a eficiência da gestão”.

A holding reduziu significativamente o endividamento, com dívida líquida próxima de R$ 500 milhões, abrindo espaço para ampliar dividendos ou buscar novas aquisições. A empresa também projeta ganhos anuais de R$ 500 a R$ 600 milhões em eficiência tributária a partir de 2027, o que pode reduzir o desconto de holding, hoje em torno de 25%.

Com payout historicamente elevado e Dividend Yield na casa dos 7%, a Itaúsa segue como uma das principais opções para quem busca renda previsível e valorização de longo prazo no setor financeiro.

Banco do Brasil (BBAS3): dividendos atraentes, mas sob pressão do agro

O Banco do Brasil enfrenta um momento de maior volatilidade devido à exposição ao agronegócio. No 2TRI25, reportou lucro líquido ajustado de R$ 3,784 bilhões, queda de 60,2% em 12 meses, pressionado por aumento das provisões no agro.

Ainda assim, o banco mantém histórico sólido de distribuição. O Dividend Yield dos últimos 12 meses é de 7,85%, e o payout atual está em 42,39%, acima da média histórica. O ROE é de 10,31%, mas analistas projetam recuo para cerca de 7% no 3TRI25, diante da maior inadimplência e custos de crédito.

Mesmo em um cenário desafiador, o BB segue entre as ações mais procuradas por investidores de renda, com pagamentos regulares de dividendos e JCP — pilares de sua atratividade no longo prazo.

Santander Brasil (SANB11): eficiência e consistência na distribuição

O Santander Brasil apresentou lucro líquido gerencial de R$ 4,009 bilhões no 3TRI25, alta de 9,4% em relação ao mesmo período de 2024. O ROAE subiu para 17,5%, impulsionado pela margem com clientes de R$ 16,56 bilhões (+11,1%) e índice de eficiência de 37,5%, o melhor desde 2023.

O banco mantém solidez de capital (Basileia 15,2% e CET1 11,7%) e política de distribuição constante, mesmo com juros elevados. As projeções de mercado indicam Dividend Yield entre 5,7% e 7% nos próximos 12 meses, com payout entre 45% e 80%.

Segundo o CEO Mario Leão, o objetivo é elevar o ROE para 20% no médio prazo, apoiado em disciplina de custos, digitalização e foco em rentabilidade — fatores que sustentam a capacidade de geração de dividendos consistentes.

Então, afinal, qual banco paga mais dividendos?

De acordo com o ranking da EQI Research, Bradesco e Itaúsa aparecem como os principais destaques entre os bancos listados.

Banco do Brasil e Santander, embora não estejam no ranking da EQI, seguem relevantes: o BBAS3 apresenta DY de 7,85%, e o Santander projeta entre 5,7% e 7%.

Já o Itaú mantém o equilíbrio entre rentabilidade e previsibilidade, sendo uma das opções mais seguras para quem busca estabilidade na renda passiva.

No fim das contas, a resposta para “qual banco paga mais dividendos” depende menos do valor absoluto e mais da sustentabilidade dos lucros. O investidor deve analisar Dividend Yield, payout, ROE e endividamento, além de diversificar entre empresas sólidas e previsíveis.

Para quem quer viver de renda com ações, entender qual banco paga mais dividendos é o primeiro passo — o segundo é construir uma carteira equilibrada, estratégica e voltada para o longo prazo.