O Banco do Brasil (BBAS3) apresentou lucro líquido ajustado de R$ 3,784 bilhões no segundo trimestre de 2025 (2TRI25), queda de 60,2% em relação ao mesmo período do ano anterior e recuo de 48,7% frente ao trimestre imediatamente anterior.
O resultado foi pressionado principalmente pelo aumento nas provisões para perdas esperadas na carteira de agronegócios, que registrou elevação da inadimplência e exigiu maior nível de cobertura.
A margem financeira bruta totalizou R$ 25,061 bilhões no trimestre, recuo de 1,9% na comparação anual, mas alta de 4,9% em relação ao 1TRI25. O desempenho foi impulsionado por crescimento nas receitas financeiras, especialmente em operações de crédito (+7,6%) e tesouraria (+13,9%), que compensaram o aumento de 11,9% nas despesas de captação.
O custo do crédito somou R$ 15,908 bilhões, mais que dobrando (+103,8%) em um ano e avançando 56,7% sobre o trimestre anterior, refletindo a continuidade do cenário desafiador no segmento agro. Segundo o banco, embora a safra 2025 seja recorde e a carteira apresente alto percentual de garantias, há operações da safra anterior não liquidadas, além de casos de recuperação judicial no setor.
As receitas de prestação de serviços alcançaram R$ 8,754 bilhões, praticamente estáveis em relação ao 2TRI24 (-1,0%) e com avanço de 4,7% sobre o 1TRI25, com destaque para operações de crédito e garantias, administração de fundos e taxas de consórcios. Já as despesas administrativas totalizaram R$ 9,676 bilhões, aumento de 4,7% na base anual e de 1,9% no comparativo trimestral, influenciadas por reajuste salarial, contratações voltadas para tecnologia e cibersegurança, e investimentos em inovação.
Balanço do 2TRI25 do Banco do Brasil: carteira de crédito cresce e inadimplência avança
A carteira de crédito expandida somou R$ 1,294 trilhão ao fim de junho, alta de 11,2% em doze meses e de 1,3% no trimestre. No segmento de pessoa física, o saldo atingiu R$ 342,6 bilhões (+8,0% em 12 meses), com avanço nas linhas consignado e não consignado, incluindo o lançamento do “Crédito ao Trabalhador”, que somou R$ 4,5 bilhões. Em pessoa jurídica, a carteira subiu 14,7% em um ano, para R$ 468 bilhões, enquanto o agronegócio cresceu 8,0%, para R$ 404,9 bilhões.
O índice de inadimplência acima de 90 dias atingiu 4,21% no trimestre, avanço de 296 pontos-base na comparação anual e de 35 pontos-base frente a março. Por segmento, a inadimplência foi de 5,59% em pessoa física, 4,18% em pessoa jurídica e 3,49% no agro.
Administração reforça resiliência e foco em tecnologia
No comunicado aos investidores, a administração destacou a capacidade do banco de manter liquidez e capitalização mesmo em um cenário de maior inadimplência no agro.
“Seguimos comprometidos em oferecer crédito de forma responsável e sustentável, investindo em tecnologia e inovação para aprimorar a experiência do cliente e a eficiência operacional”, afirmou a instituição, ressaltando que a solidez do capital principal, de 10,97%, reforça a robustez do balanço.
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Tire as principais dúvidas do balanço do 2TRI25 do Banco do Brasil
O lucro líquido ajustado foi de R$ 3,784 bilhões, uma queda de 60,2% em relação ao mesmo período de 2024, pressionado por maiores provisões para perdas na carteira de agronegócios.
A margem financeira bruta somou R$ 25,061 bilhões, alta de 4,9% frente ao 1TRI25, impulsionada por crescimento nas receitas de operações de crédito (+7,6%) e tesouraria (+13,9%).
O custo do crédito atingiu R$ 15,908 bilhões, mais que dobrando (+103,8%) em um ano devido à inadimplência no segmento agro, especialmente por operações da safra 2024/2025 não liquidadas e casos de recuperação judicial.
A carteira de crédito expandida fechou junho em R$ 1,294 trilhão, alta de 11,2% em 12 meses e de 1,3% no trimestre, com crescimento nos segmentos pessoa física, pessoa jurídica e agronegócios.
O índice de inadimplência acima de 90 dias ficou em 4,21%, com destaque para pessoa física (5,59%), pessoa jurídica (4,18%) e agronegócios (3,49%).