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Renda fixa em outubro: IPCA+ e prefixados de médio prazo são destaques

Renda fixa em outubro: IPCA+ e prefixados de médio prazo são destaques

Movimento busca capturar ganhos em um cenário de expectativa de queda nas taxas de juros futuros, tanto no Brasil quanto no exterior.

As carteiras de renda fixa da EQI Research chegam a outubro com ajustes estratégicos importantes. Segundo João Neves, analista CNPI da casa, o movimento busca capturar ganhos em um cenário de expectativa de queda nas taxas de juros futuros, tanto no Brasil quanto no exterior. A decisão central foi alongar a duration das carteiras, reduzindo exposição em pós-fixados e aumentando espaço para papéis prefixados e atrelados à inflação (IPCA+).

Em setembro, os portfólios recomendados tiveram novamente desempenho positivo, ainda que abaixo do CDI. O destaque ficou por conta dos prefixados e dos IPCA+, que apresentaram modesto ganho de capital. Porém, o carrego desses ativos não foi suficiente para superar os retornos proporcionados pelo CDI no mês. Esse resultado, avalia Neves, reforça a necessidade de ajustes na alocação.

“Após meses priorizando vencimentos curtos, entendemos que o momento é oportuno para buscar prazos mais longos, que devem se beneficiar de uma tendência de queda na curva de juros futuros”, explica o analista. Essa estratégia, acrescenta, visa posicionar os investidores para potenciais ganhos adicionais em um ambiente de desaceleração econômica e expectativas de inflação em queda.

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Renda fixa em outubro: Cenário internacional e riscos no radar

No cenário externo, a EQI Research mantém a projeção de mais dois cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos ao longo de 2025 e mais uma redução em 2026. Contudo, João Neves chama atenção para riscos relevantes:

“As novas tarifas de importação podem gerar efeitos ambíguos, ao mesmo tempo em que pressionam a inflação e reduzem a atividade econômica. Esse quadro, somado à deterioração fiscal americana, tende a acentuar a inclinação da curva de juros e aumentar os prêmios de risco.”

Expectativas para o Brasil

No mercado doméstico, a EQI projeta o início do ciclo de flexibilização monetária apenas em janeiro de 2026, com cortes graduais até uma taxa terminal de 12%. Para o restante de 2025, a instituição espera uma desaceleração econômica mais consistente, acompanhada pela redução das expectativas de inflação, o que deve contribuir para abrir espaço adicional para cortes de juros pelo Federal Reserve (FOMC), impactando também os ativos locais.

Renda fixa: Alocação recomendada por perfil

A nova composição da carteira reflete diferentes níveis de tolerância ao risco:

gráfico: Alocação recomendada em renda fixa por perfil de investidor. Fonte: EQI Research
Alocação recomendada por perfil de investidor. Fonte: EQI Research

A recomendação geral é clara: os prefixados e os IPCA+ de médio prazo ganham protagonismo em outubro, oferecendo a melhor relação entre risco e retorno diante das condições de mercado.

Para Neves, o investidor que seguir a estratégia estará melhor posicionado para capturar ganhos adicionais em um ciclo de juros que caminha para flexibilização.

“O momento exige cautela, mas também visão estratégica. É hora de sair do curto prazo e buscar oportunidades em vencimentos mais longos”, conclui o analista.