A combinação das duas decisões abre espaço para mudanças importantes nos mercados — da renda fixa à renda variável, passando pelo câmbio. Mas, afinal, o que isso significa na prática para o investidor brasileiro?
Decisão de juros e as oportunidades de investimento
Segundo Thiago Freire, analista econômico do time de produtos da EQI Investimentos, os efeitos já podem ser sentidos em diferentes classes de ativos.
“Com a taxa de juros americana menor e os juros futuros precificando mais cortes à frente, está havendo uma corrida por títulos americanos antes que as taxas caiam ainda mais. Isso valoriza os preços desses papéis e derruba as taxas, com isso, ao mesmo tempo, aumenta os valuations das empresas”, explica.
Publicidade
Publicidade
Essa mudança no cenário global também favorece ativos de risco.
“Com a renda fixa americana pagando menos, os investidores buscam alternativas que ofereçam mais retorno, e aí entram as bolsas de valores, que têm registrado máximas históricas”, completa Freire.
Brasil em destaque: diferencial de juros atrai capital
O Brasil aparece como um dos beneficiados diretos desse movimento.
“O diferencial de juros aumentou. Com isso, a atratividade do famoso carry trade ficou ainda maior. Isso já vinha acontecendo ao longo do ano e ajudando a apreciar o real. Agora, com o corte lá fora e a manutenção aqui, esse fluxo ganhou mais força”, afirma o analista.
Além disso, o mercado local começa a precificar a possibilidade de cortes à frente na Selic, dado o movimento de afrouxamento monetário global. Segundo a projeção da EQI Asset, isso deve ocorrer em janeiro de 2026. Esse cenário tende a beneficiar tanto a renda fixa quanto a renda variável.
Fonte: EQI Investimentos
Oportunidades de investimento em renda fixa e variável
Para quem busca previsibilidade, a renda fixa segue atrativa.
“Desde os pós-fixados, que acompanham a Selic, até os prefixados e IPCA+, ainda é possível garantir bons retornos, com taxas elevadas em um horizonte de queda gradual dos juros”, aponta Freire.
Já na bolsa, o ambiente de liquidez global mais favorável tende a sustentar a valorização.
“Estamos vendo o Ibovespa, o IFIX, o Índice de Small Caps, todos performando muito bem neste ano. O alívio monetário que começou lá fora já está fazendo preço aqui também”, destaca.
Câmbio: hora de dolarizar a carteira?
Outro ponto que merece atenção é o câmbio. A queda do dólar frente ao real levanta a questão sobre o momento ideal para internacionalizar a carteira.
“Com o dólar se desvalorizando, fica aquela questão: vale a pena dolarizar? Com toda certeza. O dólar continua sendo sinônimo de qualidade e, agora, com preço mais baixo. É uma oportunidade de comprar qualidade pagando menos”, avalia Freire.
Ele ressalta, no entanto, que fatores políticos também pesam no médio prazo.
“Em 2026 teremos eleições presidenciais. Uma mudança para um governo com mais responsabilidade fiscal pode continuar valorizando o real, mas a manutenção de um governo com baixa responsabilidade fiscal pode depreciar nossa moeda”, alerta.
Mas, afinal, onde estão as oportunidades de investimentos com a decisão de juros?
O momento é de atenção redobrada e análise cuidadosa. O corte do Fed e a manutenção da Selic pelo Copom criaram um ambiente de maior diferencial de juros, valorização de ativos de risco e oportunidades tanto em renda fixa quanto em renda variável.
“Em resumo, tanto a renda fixa quanto a renda variável, além da internacionalização dos investimentos, continuam sendo ótimas alternativas. É hora de aproveitar e contar com a ajuda de especialistas para montar uma estratégia adequada”, conclui Thiago Freire, da EQI Investimentos.
Abra sua conta na EQI Investimentos e conte com assessoria especializada para estruturar um portfólio mais assertivo, respeitando seu perfil de risco e metas financeiras.