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IOF e os impactos na bolsa: dano está na percepção de instabilidade regulatória

IOF e os impactos na bolsa: dano está na percepção de instabilidade regulatória

A elevação do IOF sobre operações cambiais anunciada pelo governo federal nesta quinta-feira (22) gerou um forte ruído no mercado financeiro, interrompendo o bom momento que a bolsa brasileira vinha atravessando. Embora o objetivo oficial da medida seja harmonizar o sistema tributário e reduzir a volatilidade cambial, o efeito imediato foi o oposto: aumentou a percepção de insegurança jurídica e sinalizou um retrocesso na agenda de integração do Brasil ao mercado global.

Segundo Felipe Paletta, analista da EQI Research, a medida traz impactos diretos ao mercado acionário, especialmente no setor financeiro. Empresas como Stone, PagSeguro, bancos que operam com risco sacado, corretoras e seguradoras com exposição à área de wealth management e previdência — como BB Seguridade e Caixa Seguridade — devem sentir os efeitos com mais intensidade. Isso porque a elevação do IOF pressiona o custo das operações internacionais e levanta dúvidas sobre o ambiente de negócios no país.

foto de Felipe Paletta
Felipe Paletta, analista da EQI Research

Apesar da rápida reação do governo em recuar parcialmente em relação a dois importantes canais de investimento — mantendo a isenção para fundos nacionais no exterior e a alíquota reduzida para remessas de pessoas físicas — o estrago à confiança do investidor já havia sido feito.

Para Paletta, o principal dano está na percepção de instabilidade regulatória, o que mancha a imagem do Brasil justamente quando o país vinha se destacando como alternativa atrativa para o capital estrangeiro diante das incertezas nos EUA e Europa, com a guerra comercial.

Mesmo com a sinalização positiva do corte de gastos — acima de R$ 31 bilhões, superando as expectativas do mercado — a tentativa de aumentar a arrecadação com uma medida que impacta diretamente o fluxo de capitais vai na contramão do discurso de responsabilidade e previsibilidade fiscal. Como destaca Paletta, isso gera uma leitura de risco que pode afetar a atratividade da bolsa brasileira no curto prazo.