No universo dos investimentos e da gestão patrimonial, o atendimento a clientes de alta renda está dividido em diferentes categorias, cada uma delas com um nível específico de serviços e abordagem. Dentro desse contexto, os segmentos Private e Wealth representam duas formas distintas de assessoria financeira oferecidas por corretoras e bancos de investimentos. Embora ambas façam parte da vertical de Private Services, suas diferenças são fundamentais para definir qual o modelo mais adequado para cada perfil de investidor.
Private x Wealth: no Private, assessoria personalizada e tomada de decisão compartilhada
O segmento Private, também conhecido como Mesa Private, caracteriza-se por uma gestão não discricionária. Isso significa que o cliente tem participação ativa no processo de decisão sobre seus investimentos.
“A Mesa Private é uma gestão onde o cliente participa da tomada de decisão. Existe uma mesa de oportunidades com investors que apresentam trading ideas, ou seja, ideias de negócios, de trocas, de alocação. O cliente tem acesso a essas propostas e decide se aceita ou não”, explica Elias Wiggers, assessor de gestão patrimonial da EQI Asset.
Nesse modelo, o investidor conta com o suporte de especialistas que filtram oportunidades e apresentam soluções financeiras que podem ser aderentes ao seu perfil. No entanto, a decisão final é sempre do cliente.
Além disso, há um alto nível de personalização e acesso exclusivo a produtos financeiros diferenciados. Como se trata de um segmento voltado para clientes com grandes patrimônios (geralmente acima de R$ 5 milhões), há vantagens como condições especiais de taxas, participação em ofertas restritas e reservas exclusivas de produtos.
Outro diferencial do Private é a estrutura de assessoria, que vai além da simples distribuição de produtos financeiros. “A curadoria é mais importante, porque não depende só da cabeça de um assessor. Existe um time de analistas especializados que fazem um planejamento financeiro mais integrado, considerando aspectos como eficiência tributária, sucessão patrimonial e até seguros de vida”, acrescenta Wiggers. Isso garante que as soluções oferecidas sejam coerentes com os objetivos de longo prazo do cliente, e não apenas com as oportunidades momentâneas do mercado.
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Wealth: gestão discricionária e planejamento holístico
No segmento Wealth, a abordagem é diferente. Aqui, o modelo é discricionário, ou seja, o cliente delega a gestão do seu patrimônio para um time de especialistas, dentro de uma política de investimentos previamente estabelecida.
“O Wealth Management é uma gestão onde o cliente concede a delegação do seu patrimônio para um time de gestão tocar. O cliente não precisa tomar decisão de alocação; ele estabelece uma política e nos concede um mandato. Dentro desse mandato, podemos alocar nos produtos que fizerem mais sentido, sem precisar pedir aprovação a cada movimento”, esclarece Wiggers.
Esse modelo é ideal para clientes que preferem não acompanhar as decisões diárias do mercado, seja por falta de tempo ou por optar por uma gestão profissionalizada e objetiva. Nesse caso, a equipe de gestão trabalha para otimizar o portfólio do cliente de forma estratégica, utilizando um planejamento financeiro mais amplo e considerando aspectos como eficiência fiscal, proteção patrimonial e investimentos internacionais.
Outro ponto essencial é a estrutura de remuneração. Diferentemente do Private, no Wealth Management a equipe de gestão não recebe comissões sobre produtos vendidos. A remuneração é feita por meio de uma taxa de gestão fixa e, em alguns casos, uma taxa de performance atrelada aos resultados obtidos.
“Isso reduz conflitos de interesse, pois a equipe de gestão não precisa direcionar o cliente para um produto específico em função de comissionamento. O objetivo é sempre buscar as melhores oportunidades para o cliente, independentemente da prateleira de distribuição”, destaca Wiggers.
Essa liberdade operacional permite que o Wealth Management tenha acesso a produtos mais exclusivos e diversificados, como ativos de tesouraria e investimentos estruturados que não estão disponíveis ao público em geral.
Qual é o melhor modelo?
A escolha entre Private e Wealth Management depende essencialmente do perfil do investidor. Clientes que desejam manter controle sobre suas decisões e participar ativamente da gestão de seus investimentos tendem a preferir o Private. Já aqueles que buscam uma gestão profissionalizada, delegando as decisões a um time especializado, podem se beneficiar mais do Wealth.
Independentemente do modelo escolhido, ambos oferecem um nível elevado de personalização e acesso a produtos financeiros diferenciados. O importante é que o investidor compreenda sua própria dinâmica e expectativas em relação à gestão de seu patrimônio.
“No final do dia, o que realmente importa é entender qual o melhor formato para cada cliente. O Private e o Wealth atendem perfis diferentes, mas ambos compartilham um mesmo objetivo: maximizar os resultados e garantir a proteção do patrimônio ao longo do tempo”, conclui Wiggers.
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