O mercado imobiliário está se recuperando após a forte queda de 2024. Desde 19 de dezembro, o Ifix, principal indicador dos Fundos Imobiliários (FIIs), subiu 11,85% em três meses.
Esse movimento pode marcar o início de uma reversão da tendência de queda e o começo de uma trajetória altista, com investidores mais otimistas.
Agora pode ser o momento ideal para investir em produtos do mercado imobiliário, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), sem necessidade de aportes elevados, especialmente porque esta pode ser a melhor janela de oportunidade da década.
Na live “O momento da Renda Variável voltou?”, a equipe da EQI Research destacou que diversos FIIs estão com preços atrativos, criando um cenário favorável e uma das melhores oportunidades para investir no mercado de Renda Variável.
Além disso, o cenário político tem impulsionado as expectativas do mercado. Muitos investidores já consideram provável uma mudança no governo nas eleições federais, previstas para outubro de 2026.
Embora o pleito ainda esteja a cerca de vinte meses de distância, os ativos de risco brasileiros vivem um momento positivo, impulsionados por pesquisas que indicam uma queda acentuada na popularidade do atual governo.
O momento é propício para investir no mercado imobiliário, e uma das grandes oportunidades são os CRIs, títulos de Renda Fixa que oferecem boas taxas de rentabilidade e menor volatilidade em comparação aos FIIs.
O que são os CRIs?
Os CRIs são títulos de Renda Fixa lastreados em créditos do setor imobiliário. Em termos simples, isso significa que eles representam dívidas que empresas do ramo imobiliário têm com investidores. Essas dívidas podem estar relacionadas a financiamentos, aluguéis ou outras operações do setor.
Na prática, o investidor que compra um CRI está financiando um empreendimento imobiliário, recebendo em troca pagamentos periódicos com juros. Esses rendimentos são pagos de acordo com a estrutura definida no momento da emissão do título.
Como funcionam os CRIs na prática?
Imagine que uma construtora deseja financiar um grande projeto de edifícios comerciais.
Em vez de buscar um empréstimo bancário, ela pode vender seus recebíveis (os valores que ainda vai receber de compradores ou locatários) a um securitizador, que transforma esses créditos em CRIs e os coloca no mercado para captação de recursos.
O investidor que adquire esses títulos passa a receber os pagamentos conforme os inquilinos ou compradores do empreendimento quitam suas parcelas.
Vantagens dos CRIs
Quem investe em CRIs tem as seguintes vantagens:
Isenção de Imposto de Renda para Pessoa Física
Diferentemente de outros investimentos, os rendimentos dos CRIs são isentos de Imposto de Renda para investidores pessoas físicas, o que pode aumentar a rentabilidade líquida.
Rentabilidade atrativa
Os CRIs podem oferecer retornos superiores a muitos investimentos tradicionais, como CDBs e Tesouro Direto, principalmente quando atrelados a índices de inflação como o IPCA.
Diversificação da carteira
Como são ativos de Renda Fixa atrelados ao mercado imobiliário, os CRIs podem ser uma boa alternativa para equilibrar uma carteira diversificada.
Proteção contra a inflação
Muitos CRIs são indexados ao IPCA, garantindo que o investidor receba um rendimento real acima da inflação.
Desvantagens dos CRIs
Por outro lado, quem investe em CRIs tem as seguintes desvantagens:
Baixa liquidez
Diferente de ações ou FIIs, os CRIs não possuem um mercado secundário tão ativo, o que pode dificultar a venda antecipada do título.
Risco de crédito
Como são emitidos por empresas do setor imobiliário, há o risco de inadimplência. Caso a empresa responsável pelos pagamentos enfrente dificuldades financeiras, os investidores podem ser afetados.
Falta de garantia do FGC
Ao contrário de alguns investimentos de Renda Fixa, como CDBs e LCIs, os CRIs não contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que significa que o investidor pode perder seu capital em caso de problemas financeiros da empresa emissora.
Leia também:
- FII de CRIs: conheça esse tipo de fundo imobiliário
- CRI: Por que investir agora nesse título de renda fixa?
- Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI): melhores ofertas e como investir
Vale a pena investir em CRIs?
Os CRIs podem ser uma excelente alternativa para investidores que buscam bons retornos com isenção de imposto e diversificação na carteira. No entanto, é essencial analisar os riscos envolvidos, como a qualidade do emissor e a estrutura da operação.
Especialistas recomendam que o investimento seja feito com base em um bom estudo das emissões disponíveis no mercado, considerando fatores como rating de crédito, indexação e prazos de pagamento. Além disso, diversificar os investimentos entre diferentes setores e classes de ativos é uma estratégia fundamental para mitigar riscos e maximizar retornos.
Para quem busca oportunidades no mercado imobiliário sem precisar investir grandes quantias em imóveis físicos, os CRIs surgem como uma opção interessante, combinando segurança e rentabilidade em um cenário de recuperação econômica.
Agora que você conhece as principais informações sobre os CRIs, confira algumas opções dos melhores CRIs do mercado, recomendados pela EQI Investimentos.
CRI GT Investimentos
A emissão da GT Investimentos traz um CRI voltado para o avanço de obras do grupo GT Urbanismo. Com um volume total de R$ 16 milhões, o título conta com diversas garantias, como alienação fiduciária de ações e cessão de recebíveis dos empreendimentos Água Azul, Brisas e Reserva dos Ipês.
Além disso, o CRI possui cláusulas restritivas que limitam o endividamento da incorporadora, proporcionando maior segurança ao investidor.
- Taxa: IPCA + 10% a.a.
- Investimento mínimo: R$ 1 mil
- Público-alvo: Investidores profissionais
- Prazo: 11 anos
- Juros: Mensais
CRI MS Empreendimentos
A MS Empreendimentos, uma das maiores incorporadoras de Santa Catarina, está captando recursos para concluir sete empreendimentos e realizar o pré-pagamento de um CRI anterior. Com 40 lançamentos já realizados e mais de R$ 1 bilhão em Valor Geral de Vendas (VGV), a empresa se destaca no setor.
- Taxa: IPCA + 10,45% a.a.
- Investimento mínimo: R$ 1 mil
- Público-alvo: Investidores qualificados
- Prazo: 7 anos
- Juros: Mensais
Com cinco dos sete empreendimentos já 100% vendidos, o risco de inadimplência é reduzido, tornando essa uma opção promissora para investidores qualificados.
CRI BRGD
Diferente dos anteriores, o CRI BRGD está vinculado ao setor de energia, com o objetivo de financiar nove novas usinas solares em Minas Gerais. A companhia tem como cliente a CEMIG, empresa de rating AA+, o que aumenta a confiabilidade da operação.
- Taxa: IPCA + 10,25% a.a.
- Investimento mínimo: R$ 1 mil
- Público-alvo: Investidores qualificados
- Prazo: 11 anos
- Juros: Mensais
A diversificação para o setor de energia renovável pode ser um atrativo adicional, pois o crescimento da demanda por fontes sustentáveis tende a impulsionar o mercado nos próximos anos.
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