Qual o melhor título de Renda Fixa no momento? Prefixado, pós-fixado ou atrelado à inflação?
Segundo a EQI Research, o cenário continua bastante interessante para a Renda Fixa em setembro, com destaque para títulos atrelados à inflação com vencimento curto.
Em comparação com a recomendação do mês de agosto, a casa de análise segue reduzindo a recomendação de alocação em títulos prefixados, que já se encontrava abaixo do considerado normal. E segue indicando os títulos com vencimentos mais curtos.
“Acreditamos que as taxas para os títulos mais curtos estão em patamares elevados, e representam uma oportunidade interessante. Seguimos não acreditando que as taxas dos títulos com vencimentos mais longos forneçam spreads que justifiquem o maior risco em relação aos vencimentos mais curtos”, aponta João Neves, analista de Renda Fixa.
Melhor Renda Fixa: títulos atrelados à inflação têm melhor risco-retorno
“Continuamos acreditando que os títulos atrelados à inflação oferecem a melhor relação risco-retorno. Esses ativos apresentam taxas elevadas e proporcionam proteção contra uma inflação mais alta nos próximos anos, ao contrário dos prefixados”, complementa.
A recomendação agora é uma alocação maior nos títulos de curto prazo que seguem com taxas interessantes.
Pós-fixados na carteira, por proteção
Os títulos pós-fixados oferecem proteção em caso de deterioração adicional do cenário e também apresentam taxas de juros reais interessantes neste momento
Carteira Recomendada de Renda Fixa por perfil de investidor
Diante deste cenário, a Carteira Recomendada traz as seguintes recomendações:

Perfil conservador
- 7,5% em prefixados
- 25% em títulos atrelados à inflação
- 67,5% em pós-fixados
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Perfil moderado
- 17,5% em prefixados
- 42,5% em títulos atrelados à inflação
- 40% em pós-fixados
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Perfil agressivo
- 25% em prefixados
- 45% em títulos atrelados à inflação
- 30% em pós-fixados
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Cenário para a Renda Fixa
A EQI Research afirma que o cenário é de expectativa por corte de juros nos Estados Unidos a partir de setembro. A questão que segue em dúvida é quanto à magnitude da redução, se de 25 ou 50 pontos-base.
“Com a mudança de foco do mercado para o nível de atividade e mercado de trabalho ao invés da inflação, as discussões acerca de quando seria o início do processo de cortes de juros nos EUA saíram de pauta e deram lugar sobre qual será a velocidade e o tamanho desse ciclo de cortes. As atenções agora devem ser voltadas para os dados de atividade da economia”, afirma Neves.
Os principais riscos a este cenário continuam sendo o desaquecimento da economia norte-americana mais rápido do que o esperado e o ressurgimento da inflação.
Para o mercado doméstico, o mercado se divide entre a manutenção da Selic em 10,50% na reunião de política monetária do dia 18 e uma alta de 25 pontos-base.
“As expectativas de inflação continuam se deteriorando marginalmente, e há discurso mais duro por parte dos membros do Comitê de Política Monetária (Copom), que acabam reforçando a expectativa de um novo ciclo de alta da Selic ainda em 2024”, aponta a casa de análise.
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