A Azul (AZUL4) apresentou na noite da última terça-feira (16) à Corte de Falências de Nova York seu plano de reestruturação no âmbito do Chapter 11, processo equivalente à recuperação judicial no Brasil.
A companhia aérea pretende eliminar cerca de US$ 2 bilhões de seu balanço e levantar até US$ 950 milhões por meio de uma oferta pública de ações para reforçar a liquidez da operação.
A audiência de confirmação do plano está prevista para 11 de dezembro, enquanto o prazo para objeções se encerra em 1º do mesmo mês. Caso o cronograma seja cumprido, a Azul poderá concluir o processo no início de 2026, conforme a expectativa já sinalizada pela companhia.
Os executivos afirmam que a recuperação, iniciada em maio, pode se tornar a mais rápida do setor aéreo brasileiro.
Segundo o documento protocolado, a capitalização contará com uma oferta de subscrição de ações (Equity Rights Offering) de até US$ 950 milhões. Desse total, US$ 650 milhões têm garantia de um grupo de credores que assumiram o compromisso de backstop.
Além disso, parcerias estratégicas com a United (UAL) e a American Airlines (AAL; AALL34) preveem aportes entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões.
Segundo fontes do Valor Econômico, o plano ainda não apresentou propostas para débitos com credores sem garantias, etapa que deve ocorrer antes da audiência de aprovação.
Em comunicado, a Azul afirmou que “conseguiu alavancar o processo do Chapter 11 para transformar efetivamente seus negócios e simplificar seu balanço patrimonial”, acrescentando que espera emergir da recuperação como uma companhia “forte, competitiva e global”.
As ações da companhia reagiram positivamente à notícia. Os papéis da Azul sobem mais de 7% na tarde desta quarta-feira (17), cotados a R$ 1,49, após a divulgação do plano de reestruturação.
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