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Como a inteligência artificial pode transformar empresas?

Como a inteligência artificial pode transformar empresas?

O mundo ainda está na infância da inteligência artificial (IA), mas ela é algo que ninguém mais pode se dar ao luxo de não entender e não usar. “Ela será como o armazenamento em nuvem daqui a alguns anos. É certeza que todo mundo vai migrar”, define Andrea Janér, fundadora da Oxygen. Portanto, nenhum profissional e especialmente nenhum empresário pode ficar à margem desse movimento, porque a inteligência artificial pode transformar empresas.

Janér, presente à Money Week, evento da EQI Investimentos realizado em Balneário Camboriú, recomenda a todos estudar e usar, na prática, IA todos os dias. “Todo mundo tem que gastar 1 hora, 1 hora e meia do dia baixando as ferramentas e estudando. O empresário não pode achar que a equipe de tecnologia da informação é que tem que fazer isso. Não terceirize! É preciso se engajar e não ficar à margem”, ela recomenda.

Inteligência artificial pode transformar empresas: histórico da IA generativa

A história da inteligência artificial é marcada por décadas de evolução e inovação, com suas raízes remontando aos anos 1950. Durante essa época, os primeiros experimentos com IA foram realizados, estabelecendo as bases para uma área que prometia revolucionar a tecnologia.

Nos anos 1980, a IA passou por um período de grande entusiasmo, um “hype”, quando diversas pesquisas começaram a ganhar destaque. Foi nesse período que surgiram nomes que, décadas depois, se tornariam líderes em empresas pioneiras de IA.

O verdadeiro ponto de inflexão para a IA, no entanto, ocorreu em 2015, com a fundação da OpenAI, uma organização impulsionada por visionários como Elon Musk e Sam Altman. A OpenAI trouxe uma nova vertente da IA, a inteligência artificial generativa. Diferente das aplicações tradicionais, a IA generativa é capaz de criar conteúdo novo, como textos, imagens e música, a partir do aprendizado de padrões em grandes volumes de dados.

O primeiro grande sinal de que essa tecnologia iria mudar o mundo veio com o lançamento dos primeiros textos escritos por IA, ainda em seus estágios iniciais.

Contudo, foi em novembro de 2022 que a IA generativa realmente ganhou o centro das atenções, com o lançamento do ChatGPT 3.5. Esta versão do modelo transformou a IA em algo acessível para o público em geral, democratizando o acesso a uma tecnologia que, até então, parecia futurista e distante.

A IA generativa opera processando uma quantidade colossal de dados, identificando padrões e, a partir deles, fazendo previsões e criando conteúdo. Essa tecnologia, que há pouco tempo era apenas uma promessa, já está transformando o mundo em várias esferas, desde a criação de conteúdo até a automação de tarefas complexas.

Inteligência artificial nas empresas: por onde começar?

Para implementar a cultura do uso correto da IA, Janér diz que é preciso o próprio dono da empresa entender da tecnologia e promover o letramento em IA de seu time. “As pessoas não sabem usar IA em geral e estão perdendo produtividade, porque elas perdem tempo tentando entender uma ferramenta nova”, explica.

Um conselho que ela dá: existe uma diferença brutal entre a versão gratuita e a versão paga de ChatGPT e similares. “Tendo essa versão paga, versão teams, que permita que a equipe use, você faz o treinamento”, recomenda.

Ela conta que algumas empresas, por questão de compliance e por lidarem com dados sensíveis, estão desenvolvendo suas próprias ferramentas de IA. E cita o caso do JP Morgan, que lançou recentemente a sua versão de IA.

“No lançamento, o que disseram foi: agora, cada funcionário tem o seu analista”, conta. “Provavelmente, esse caminho é o que todas as empresas vão fazer, que é desenvolver modelos de IA a partir de plataformas já existentes. São aplicações enterprise de IA”, diz. Para quem não tem tanta preocupação com compliance, ela recomenda, a versão paga das ferramentas de IA resolve a questão e justifica o custo.

Guga Stocco, fundador da Futurum Capital, concorda. “A The Economist há uns anos disse que dados são o novo petróleo. E são. Mas como usar esses dados para tomar uma decisão na empresa?”, ele questiona. A resposta: “Quando você organiza a empresa para gerar dados, você é nota 1. Quando você consegue transformar esses dados em informação, você vira nota 10. Agora, quando você transforma a informação em transação, daí você é nota 100”, afirma.

Exemplo prático de como usar a IA nas empresas

Stocco dá um exemplo prático: a Shein, plataforma de vendas de roupa chinesa, consegue captar, o tempo todo, em seu aplicativo, quais as preferências das consumidoras – o que buscam, qual modelo, de qual cor. Por geolocalização, a Shein sabe que, por exemplo, em determinada cidade, a preferência é por blusa de cor azul. Então, ela chega na fábrica e diz: preciso de X blusas azuis, que serão entregues em tal localidade. Com isso, ela tem uma previsibilidade muito maior do que será comprado e, assim, consegue negociar a produção a preços bem mais baixos.

“Se você captou dados e não fez nada com eles, você só teve custo. Você não tem o que fazer com aquilo. É preciso transformar dados em informação. E informação em venda. A Shein consegue prever o que ela vai vender no dia”, define.  

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