O Invista lá Fora, evento online e gratuito da EQI Investimentos começou nesta terça-feira (7) e segue até amanhã (8), com painéis exclusivos que explicam tudo sobre como internacionalizar os investimentos.
Se você tem interesse em escapar do risco Brasil, potencializar oportunidades de retorno e diversificar regionalmente, não pode ficar de fora!
Confira, abaixo, o que rolou no primeiro dia de evento!
Depois da desbancarização, a internacionalização
Abrindo o primeiro dia de evento, Roberto Lee, CEO da Avenue, corretora que traz o mérito de desbravar o mercado americano para os brasileiros, falou sobre o novo momento vivido pelo mercado de capitais: o da internacionalização dos ativos.
“O investidor brasileiro está ganhando o mundo e é mais um passo de maturidade. Depois de desbancarizar, o brasileiro quer internacionalizar, o que mostra amadurecimento”, acredita.
Em bate-papo com Caio Tuca, head da EQI Internacional, e Carlos Ambrósio, General Manager Brasil da Avenue, Lee defendeu que este é o momento para oferecer uma jornada verdadeiramente brasileira para os investidores no exterior.
E que isso se dará através das assessorias de investimento brasileiras, que já conhecem bem o cliente e têm sua confiança. “É preciso contar com as pessoas corretas”, afirma o CEO da Avenue.
- Acompanhe a cobertura do painel aqui.
Capital intelectual dos gestores faz diferença
Carlos Takahashi, chairman da BlackRock no Brasil, e Victor Arakaki, head of Sales Brazil da Morgan Stanley Investment Management participaram de painel sobre Gestão Ativa x Gestão Passiva. E concordaram que a experiência e a reputação da gestora fazem toda a diferença para o investimento em cenários adversos como o atual.
Os juros americanos são o tema do momento no mundo todo. Todos querem saber para onde vai o Federal Reserve (Fed) em sua política monetária para, daí então, montar posição.
Arakaki afirma que, no entanto, os gestores com mais tempo de mercado não se abalam tanto com o contexto atual.
“As pessoas falam que ‘nunca os juros foram tão altos’. Mas não é verdade. Quem investe há muito tempo sabe exatamente como investir e montar um portfólio nestas circunstâncias”, diz.
“Ah, mas o que fazer se tivermos juros mais altos no mundo desenvolvido por muito mais tempo? O que se deve fazer é procurar quem investe há mais de 40 anos e tem essa experiência no currículo”, complementa.

Como alocar seu dinheiro globalmente
Um dos primeiros requisitos para investir no exterior é saber como alocar o seu dinheiro. Afinal de contas, é preciso ter uma estratégia bem definida para não ter surpresas futuras.
Pensando nisso, Felipe Passaro, gestor de fundos na EQI Asset; Rodrigo Samaia, head de Produtos da EQI Internacional; e Ricardo Costa, diretor de portfolio solutions do BTG Pactual (BPAC11) debateram o tema.
Costa orienta o investidor a manter 70% dos seus investimentos em ativos nacionais e direcionar os outros 30% ao exterior. Essa estratégia tem o objetivo de proteger o patrimônio da volatilidade da economia brasileira, além de buscar oportunidades lucrativas na maior economia do mundo, os Estados Unidos.
Passaro afirma que a alta nos juros na maior economia do planeta favorece os perfis mais conservadores de investidor. Logo, é possível ir para os bonds do tesouro americano, que são considerados os mais seguros do mundo.
“Na renda fixa, é possível obter rentabilidades de até 7% ou 8% ao ano. Na bolsa, os retornos podem chegar a dois dígitos, variando de 5% a 12% ao ano, de acordo com o risco que o investidor está disposto a assumir”, explica.
- Confira tudo aqui.
Perspectivas para 2023
William Castro Alves, Chief Strategist da Avenue, corretora dos Estados Unidos, parceira da EQI Investimentos na internacionalização dos investimentos dos clientes, e Nicola Rawlinson, gestora de Fundos Macro na J.P. Morgan, se uniram a Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, no painel “Perspectivas de mercado para 2023”.
A gestora do J.P. Morgan se disse otimista, especialmente com o cenário da China.
“Estamos vendo uma desinflação nos EUA. O caminho é sempre tortuoso, mas estamos indo bem. Estamos vendo também a reabertura da China, o que ajuda muito a economia”, diz.
Como setores que enxerga como promissores na bolsa de valores estão saúde, especialmente empresas de inovação tecnológica e focadas em problemas cardíacos, além de empresas de fármacos, de desenvolvimento de vacinas e medicamentos. Robótica integrada à medicina é outro destaque em sua carteira.
Menos otimista com China do que Rawlinson, William Castro acredita que o país asiático está passando por mudanças.
Já sobre os EUA, ele diz, vai sim haver recessão. Mas que fazer investimentos o país faz sentido apesar disso.
“Se tiver recessão nos EUA, qual o lugar mais seguro para ir? Para a Colômbia? Não. Os EUA continuarão a ser o melhor mercado do mundo para se investir. Existe um gráfico que compara, ao longo dos anos, o S&P 500 e os casos de recessão. Ele mostra que, se tiver recessão, talvez seja um bom ponto para se comprar ação nos EUA”, indica.
Barreira do conhecimento ainda precisa ser ultrapassada
Isabella Nunes, diretora executiva da J.P. Morgan Asset Management, e Luis Otávio Oliveira, vice-presidente executivo da gestora PIMCO, fecharam o primeiro dia do Invista lá Fora falando sobre a necessidade da educação financeira para uma correta internacionalização dos investimentos.
“A educação financeira é fundamental para que as pessoas entendam a relevância da diversificação regional. Nós usamos sempre o exemplo que chamamos de ‘3, 2, 1’. O Brasil representa 3% do mercado global, 2% da renda fixa global e 1% da renda variável global. Então, se o investidor ficar só no Brasil, ele está deixando muitas oportunidades na mesa”, aponta Isabela.
Ao que Oliveira complementa: “Nos últimos quatro anos, aprendemos que a diversificação é relevante, inclusive a geográfica. O que os investidores precisam entender agora é o que dá para fazer com uma carteira no exterior. Não é simples conhecer essas oportunidades, mas essa barreira do conhecimento precisa ser vencida. Os investidores estão indo na direção correta e a EQI está de parabéns pelo evento, por educar os investidores neste sentido”, afirma.
Gostou do conteúdo do primeiro dia do Invista lá Fora? Pois saiba que tem muito mais no segundo dia de evento. Confira a agenda e garanta seu lugar!