O PIB do 3TRI dos EUA apresentou crescimento anualizado de 4,3%, superando de forma expressiva as expectativas do mercado financeiro. Analistas projetavam uma desaceleração da atividade econômica para o período entre julho e setembro, com estimativa média de alta de 3,3%. O resultado, no entanto, veio acima até mesmo do desempenho registrado no segundo trimestre, quando o avanço foi de 3,8%.
Os dados reforçam a percepção de que a economia dos Estados Unidos mantém um ritmo sólido, mesmo diante de condições financeiras mais restritivas e de um ambiente global marcado por incertezas. A divulgação do PIB do 3TRI era amplamente aguardada por investidores e formuladores de política econômica, especialmente após atrasos causados pela paralisação parcial do governo.
Além de contrariar a expectativa de perda de tração, o resultado indica que o consumo interno e os investimentos seguem sustentando a atividade econômica americana, reduzindo temores de uma desaceleração mais abrupta no curto prazo.
Comparação com trimestres anteriores reforça tendência positiva
Ao comparar o PIB do 3TRI com os números do trimestre anterior, observa-se uma aceleração relevante. No segundo trimestre, o crescimento anualizado havia sido de 3,8%, patamar já considerado robusto. A elevação para 4,3% sugere que setores-chave da economia dos EUA continuam operando em níveis elevados de demanda.
Esse desempenho ganha ainda mais relevância por ter ocorrido em um contexto de juros elevados, adotados como estratégia para conter a inflação. Em tese, taxas mais altas encarecem o crédito e tendem a reduzir o consumo e o investimento. No entanto, os dados mostram que a economia americana tem resistido melhor do que o previsto.
Para o mercado, o avanço do PIB do 3TRI também ajuda a recalibrar projeções para o restante do ano, indicando que o crescimento pode permanecer acima do potencial por mais tempo.
Impactos do PIB do 3TRI nas decisões do Federal Reserve
O resultado do PIB do 3TRI dos EUA traz implicações diretas para a política monetária. Com a economia demonstrando fôlego, aumentam as apostas de que o Federal Reserve adote uma postura mais cautelosa em relação aos cortes de juros, especialmente na reunião de janeiro.
Uma economia aquecida reduz a urgência de estímulos monetários, já que cortes prematuros poderiam reacender pressões inflacionárias. Nesse sentido, o crescimento acima do esperado reforça o cenário de pausa no ciclo de flexibilização, mantendo as taxas em níveis elevados por mais tempo.






