O Invista lá Fora, evento online e gratuito da EQI Investimentos começou nesta terça-feira (7) e segue até amanhã (8), com painéis exclusivos que explicam tudo sobre como internacionalizar os investimentos.
Dentre os painéis de hoje, “Evolução de produtos internacionais” reuniu dois nomes de peso do mercado: Isabella Nunes, diretora executiva da J.P. Morgan Asset Management, e Luis Otávio Oliveira, vice-presidente executivo da gestora PIMCO.
Eles falaram sobre a necessidade de o brasileiro ter mais conhecimento para investir no exterior. Confira abaixo, alguns insights sobre o tema.

Como investir lá fora: brasileiros estão vencendo a barreira
A indústria de investimentos brasileira e o investidor brasileiro vêm sofrendo um processo de amadurecimento ao longo dos últimos anos, apontam os especialistas convidados do Invista lá Fora.
“É muito relevante para o mercado que a gente fale sobre internacionalização de investimentos, porque a educação financeira é fundamental para que as pessoas entendam a relevância da diversificação regional. Nós usamos sempre o exemplo que chamamos de ‘3, 2, 1’. O Brasil representa 3% do mercado global, 2% da renda fixa global e 1% da renda variável global. Então, se o investidor ficar só no Brasil, ele está deixando 99% das oportunidades na mesa. A indústria evoluiu e, nos últimos dois anos, a gente vê uma procura maior por carteiras globais, mas ainda está muito no começo”, aponta Isabella.
Luis Otávio Oliveira concorda e acredita que a barreira do conhecimento ainda precisa ser ultrapassada pelos brasileiros.
“Eu amo meu país, acredito nele e quero que dê certo. Mas é preciso diversificar. O brasileiro ainda coloca 100% dos ‘ovos’ na mesma cesta local’”, compara.
Ela firma que as barreiras tecnológicas e de regulação já foram vencidas, facilitado o acesso dos brasileiros aos mercados estrangeiros. Mas a barreira educacional ainda é entrave.
“Nos últimos quatro anos, aprendemos que a diversificação é relevante, inclusive a geográfica. O que os investidores precisam entender agora é o que dá para fazer com uma carteira no exterior. Não é simples conhecer essas oportunidades, mas essa barreira do conhecimento precisa ser vencida. Os investidores estão indo na direção correta e a EQI está de parabéns pelo evento, por educar os investidores neste sentido”, afirma.
Para ele, são duas as grandes razões para investir no exterior:
- Aumentar a probabilidade de retorno;
- Diversificar riscos.
“Temos que falar sobre por que investir no exterior, onde investir, quais os objetivos, e montar estratégia de acordo com os objetivos individuais”, diz.
Em quais ativos investir lá fora?
Isabella acredita que a recuperação do mercado em 2023 vai ser forte e que os ativos hoje estão sendo negociados muito descontados, o que apresenta uma excelente oportunidade para os investidores.
“É importante pensar com resiliência. O ano não está sendo fácil nem para a renda fixa, nem a renda variável global. Mas a história mostra que os retornos serão ainda melhores depois das grandes quedas. A expectativa de retorno de longo prazo de uma carteira balanceada em ações e renda fixa, hoje, é a maior desde 2010”, revela Isabella.
Oliveira destaca ainda que o investidor brasileiro deve estar atento aos papéis de empresas brasileiras no exterior que, por conta da concorrência global e do risco de o Brasil ser um país emergente, acabam por pagar prêmios maiores lá fora para conseguir captar recursos, o que pode ser bem interessante para investidores que já conhecem bem o histórico da empresa.
- O Invista lá Fora acontece até quarta (8) e você garante a sua vaga, clicando aqui! Confira este painel, sobre conhecimento para investir no exterior, e todos os demais, fazendo seu cadastro.
- Confira abaixo a agenda dos painéis de amanhã (8). Não perca!
