Nos últimos cinco anos, o Brasil tem presenciado uma onda de internacionalização dos investimentos, especialmente nos ativos americanos. Termos como Bonds (títulos de Renda Fixa), REITS (Fundos Imobiliários dos EUA) e Stocks (Ações) estão se tornando cada vez mais comuns no vocabulário dos investidores brasileiros.
Para compreender esse cenário, o portal EuQueroInvestir participou de uma palestra promovida pela corretora parceira Avenue sobre a “Expansão do mercado financeiro brasileiro para o mundo”. O painel contou com a presença de Zeca Doherty, diretor-executivo da ANBIMA, Marcelo Barbosa, ex-presidente da CVM, e Carlos Ambrósio, General Manager da Avenue.
Desafios para a regulação
Marcelo Barbosa, da CVM, comentou os desafios para a regulação de produtos financeiros no exterior, tais como o acesso ao serviço de intermediação, a prevenção à lavagem de dinheiro e ao terrorismo, e a proteção ao investidor.
Ele afirmou que o primeiro desafio da regulação dos investimentos internacionais no Brasil foi a estruturação da intermediação dos investimentos estrangeiros para os brasileiros, que deve ser transparente e segura.
Barbosa também ressaltou que a regulação oferece maior segurança ao investidor, que pode recorrer à CVM em caso de se sentir prejudicado. “O mandato principal da CVM é proteger o investidor”, disse ele.
Benefícios da diversificação
Zeca Doherty, diretor-executivo da ANBIMA, apresentou o perfil do investidor brasileiro, que tem demonstrado um aumento do interesse por produtos digitais e internacionais.
Segundo Doherty, a internacionalização da carteira dos brasileiros cresceu devido aos benefícios da diversificação para reduzir riscos, além de potencializar a rentabilidade e empoderar o investidor.
Ele ainda explicou que, com a globalização, é difícil dizer que os produtos são todos nacionais, e que houve um grande avanço para se investir no exterior.
“O benefício óbvio é você reduzir os riscos e potencializar a rentabilidade com o acesso a mais produtos. Na parte educacional, a gente orienta o investidor a nunca colocar todos os seus ‘ovos no mesmo cesto’. Empoderar o investidor, visto que ele terá que estudar e ficará mais preparado. Por exemplo, as pessoas ficam mais atentas ao câmbio e outras variáveis”, afirmou ele.
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Facilidades da tecnologia
Carlos Ambrósio, General Manager da Avenue, explicou como a tecnologia facilitou o acesso do investidor brasileiro ao mercado internacional, oferecendo uma plataforma fluida e simples. Ele contou que, para fazer isso, foi preciso fazer um arranjo com diversas frentes para viabilizar o serviço, que antes era muito burocrático e demorado.
Ele também destacou a importância do suitability para compreender o perfil do investidor e formar uma carteira adequada.
“O suitability não é apenas uma ferramenta de regulação, mas uma ferramenta para compreender a forma como os investidores devem formar a sua carteira”, disse ele.
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