Um levantamento da Avenue, plataforma de investimentos no exterior para investidores do varejo e parceira da EQI Investimentos, apontou os 10 ativos favoritos dos investidores brasileiros que investem nos EUA. São 9 ações e um REIT – Real Estate Investment Trusts, similar aos Fundos Imobiliários.
Confira a relação:
- Apple
- Realty Income (REIT)
- The Coca-Cola Company
- Disney
- Microsoft
- Amazon
- Alphabet
- Tesla
- Nvidia
- Verizon

Os 10 ativos favoritos dos brasileiros nos EUA: conheça cada um
1- Apple
A Apple é uma das maiores empresas de tecnologia do planeta. Ela foi fundada em 1976 por Steve Wozniak, Steve Jobs e Ronald Wayne.
A empresa tem valor de mercado próximo a US$ 3 trilhões e lançou recentemente seu iPhone 15. O lançamento do iPhone é o momento mais importante do ano para a companhia, que tem a oportunidade de impressionar os consumidores – e o mercado financeiro. O iPhone é a maior fonte de receita da Apple, e gera cerca de metade de suas vendas.
Quem deseja investir na Apple pode adquirir Brazilian Depositary Receipts (BDRs) da empresa na bolsa brasileira (código de negociação AAPL34); ou então comprar ações da gigante de tecnologia diretamente na Nasdaq por meio de uma instituição financeira internacional. O código de negociação é AAPL.
Os BDRs são certificados que representam ações emitidas por empresas no exterior, mas negociados na bolsa brasileira. O responsável por garantir o funcionamento dessa estrutura é a instituição depositária que emite os BDRs no Brasil.
A Apple vem tentando superar vários trimestres consecutivos de vendas fracas, em sua maior queda em duas décadas. Os novos recursos anunciados do aparelho têm, então, o papel de incentivar os consumidores a dar um upgrade no modelo que possuem hoje.
A gigante de tecnologia lida com uma desaceleração na demanda global por smartphones, sobretudo com uma propaganda negativa da China, que é seu maior mercado internacional.
Chegou a circular informação de que a China havia proibido o uso de iPhones por funcionários de estatais e agências do governo chinês, o que o governo chinês desmentiu posteriormente.
Para William Castro, estrategista-chefe da Avenue, a reação do mercado à hipótese da proibição foi exagerada: “Apesar do principal receio ser com a possibilidade de outras restrições, o embargo chinês, da maneira que foi proferido, atinge menos de 1% da população total do país. O mais importante é que a Apple tem outras frentes de crescimento de sua operação, como é o caso da Índia. O mercado segue cada vez mais promissor, então acredito que, apesar desse impacto chinês, há outras vertentes de crescimento para a empresa”.
A China representa atualmente 20% das vendas globais da norte-americana.
Apesar do iPhone ser a grande aposta da Apple, Castro observa que 19% das receitas da empresa vêm de serviços que acabam passando pelo smartphone. “Essas vendas de serviços são feitas dentro do iPhone”, diz.
Mas, afinal, vale a pena investir na Apple? Castro expõe sua visão:
“A Apple é uma empresa premium, com bons números, boas margens e vantagens competitivas. Contudo, após as altas recentes, a ação dá pouca margem de segurança para o investidor. A empresa começa a ser precificada para a perfeição, sob a justificativa de que tudo tem de dar certo para que ela consiga explicar o valor que negocia. Por isso, eu tenho alguns receios. Não como uma empresa, mas muito mais pela ação. É uma questão de preço”, diz.

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2 – Realty Income
Único REIT a entrar na listagem dos ativos favoritos dos investidores brasileiros nos EUA.
O REIT é uma empresa que investe no setor imobiliário, mais especificamente em imóveis comerciais para grandes empresas americanas. Ele aluga lojas para empresas como Walmart, Starbucks, CVS e entre outras, inclusive fora dos EUA.
“Uma característica importante e que atrai no varejo é o fato de a empresa pagar dividendos mensais. Todo mês eles pagam dividendo. Eles fazem parte do índice das Aristocratas dos Dividendos, tendo aumentado o valor financeiro do dividendo pelos últimos 29 anos. São 637 meses consecutivos de pagamento de dividendos e 103 trimestres de aumentos do valor financeiro do dividendo”, aponta William Castro.
Os REITs, ou Real Estate Investment Trusts, são empresas que possuem, operam ou financiam propriedades que geram renda, como prédios de escritórios, shoppings, hotéis e muito mais, permitindo que pessoas comuns também invistam nesse mercado, mesmo sem comprar imóveis diretamente. É similar ao que seria, no Brasil, um Fundo de Investimento Imobiliário.
Para comprar o REIT, é preciso buscar o ticker O no seu home-broker de corretora americana.

3 – The Coca-Cola Company
A multinacional dos EUA fabrica e comercializa bebidas, sendo reconhecida principalmente por seu principal produto, Coca-Cola, inventado em 1886 pelo farmacêutico John Pemberton.
A gigante de refrigerantes e bebidas obteve resultados acima do esperado no segundo trimestre do ano (2TRI23). A empresa reportou lucro por ação de US$ 0,78 contra US$ 0,72 esperados pelo mercado. A receita da empresa no período atingiu US$ 11,97 bilhões ajustados contra US$ 11,75 bilhões ajustados de projeção de mercado.
Para investir na Coca-Cola, você tem duas opções à sua disposição. Primeiro, é possível abrir uma conta em uma corretora nos Estados Unidos, e comprar as ações diretamente na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), local em que elas são negociadas. O código é KO.
Também é possível investir nos BDRs da empresa, ticker COCA34.

4- Disney
Com redução no número de assinantes em seu serviço de streaming e bilheterias abaixo do esperado nos cinemas, a Walt Disney Company fechou o segundo trimestre deste ano registrando um prejuízo líquido de US$ 460 milhões. Apesar do resultado ruim, as perspectivas para a empresa seguem boas.
Analistas do Bank of America (BofA) afirmaram que esperam uma grande transformação da empresa. “Todos os ativos e objetivos estratégicos estão sob revisão. De fato, o nível de mudança dentro da indústria e, portanto, para a Disney, é tão extenso que o CEO permanecerá no cargo por mais dois anos”, disseram os analistas, que recomendam compra com preço-alvo de US$ 135.
A Disney é listada na Nyse, sob o ticker DIS. O BDR, na B3, é DISB34.

5 – Microsoft
A Microsoft (MSFT; MSFT34) reportou um lucro líquido de US$ 20,1 bilhões no segundo trimestre de 2023, considerado o quarto trimestre fiscal nos EUA. O número representa uma alta de 20,3% em relação ao mesmo período de 2022, quando o resultado havia sido de US$ 16,7 bilhões.
O lucro ajustado ficou em US$ 2,69 ajustado por ação, acima da projeção de analistas de mercado, que estimavam um valor de US$ 2,55. A empresa informou ainda uma receita de US$ 56,2 bilhões no trimestre encerrado em junho, uma alta de 8% na comparação com o mesmo intervalo do ano anterior.
A empresa destacou em seu comunicado o aumento das receitas com serviços de comunicação em nuvem, como a versão online do pacote Office e os serviços de armazenamento oferecidos ao mercado corporativo, com alta de 10%, para US$ 18,3 3 bilhões de receita, e também o crescimento do LinkedIn, rede social com perfil profissional, que teve 5% de alta da receita.
Para investir na empresa, é preciso comprar ações MSFT diretamente na Nasdaq. Ou BDRs, na B3: MSFT34.

6 – Amazon
A empresa, fundada em 1994 por Jeff Bezzos, está listada na Nasdaq sob o ticker AMZN, e também na B3, a bolsa brasileira, com o BDR AMZO34.
A Amazon surpreendeu positivamente o mercado no segundo trimestre, registrando lucro líquido de US$ 6,75 bilhões e lucro por ação (EPS, na sigla em inglês) de US$ 0,65 no segundo trimestre de 2023. O resultado ficou acima da previsão de analistas consultados pela Factset, de EPS de US$ 0,35. No segundo trimestre de 2022, a empresa havia registrado prejuízo de US$ 2 bilhões ou de US$ 0,20 por ação diluída.

7 – Alphabet
A Alphabet (GOGL34; GOOG) é uma gigante da tecnologia sediada nos Estados Unidos, sendo reconhecida como uma das empresas mais influentes e valiosas do mundo. A empresa foi fundada em 1998 pelos empreendedores Larry Page e Sergey Brin, com o objetivo de organizar a informação mundial e torná-la universalmente acessível e útil.
O lucro líquido da Alphabet, dona do Google, somou US$ 13,6 bilhões no quarto trimestre de 2022, o que representa queda de 34% em relação ao mesmo período de 2021.
“Estamos em uma jornada importante para reestruturar nossa composição de custos de maneira durável e para construir negócios financeiramente sustentáveis, vibrantes e em crescimento em toda a Alphabet”, disse Sundar Pichai, diretor-presidente da Alphabet e do Google no relatório de resultados.

8 – Tesla
O lucro líquido da montadora de veículos elétricos Tesla somou US$ 2,7 bilhões no segundo trimestre de 2023, alta de 20% na comparação com o mesmo período de 2022. O lucro por ação ficou em US$ 0,78, cerca de 20% acima do valor unitário de US$ 0,65 apresentado um ano antes. A empresa, cujo CEO é Elon Musk, foca em carros elétricos.
Para investir, é preciso comprar ações na Nasdaq – código TSLA. Ou BDR na B3, TSLA34.

9 – Nvidia
A Nvidia (cógido NVDA na Nasdaq; e NVDC34 na B3) anunciou um lucro líquido de US$ 6,188 bilhões no trimestre fiscal encerrado em julho de 2023, uma alta de impressionantes 843% em relação ao obtido no mesmo período do ano anterior, de US$ 656 milhões.
Os números da empresa vêm sendo impulsionados pelos bons resultados obtidos no fornecimento de microprocessadores úteis em aplicações de inteligência artificial (IA).

10- Verizon
A Verizon Wireless é a maior companhia de telefonia celular dos EUA em número de assinantes. A empresa reportou lucro líquido de US$ 4,8 bilhões no segundo trimestre de 2023, queda de 10,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita caiu 3,5% em base anual, para US$ 32,6 bilhões.
A queda reflete, dentre outras coisas, a demorar para as pessoas substituírem seus aparelhos celulares. Mas, apesar do recuo, o CEO da empresa, Hans Vestberg, afirmou estar confiante nas metas financeiras, e na venda de ativos não-estratégicos.

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