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Trump sugere avaliar deportação de Elon Musk após críticas a projeto tributário

Trump sugere avaliar deportação de Elon Musk após críticas a projeto tributário

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (1º) que pode considerar a deportação de Elon Musk, CEO da Tesla (TSLA; TSLA34) e cidadão americano naturalizado, após ser questionado com o aumento da oposição do bilionário ao seu projeto de lei tributária. 

“Não sei… teremos que dar uma olhada”, declarou o republicano a jornalistas na Casa Branca.

A declaração é mais um capítulo na deterioração da relação entre Trump e Musk, que já foi seu aliado e apoiador durante a eleição de 2024, mas passou a criticar abertamente medidas do governo, especialmente aquelas que afetam diretamente o setor de veículos elétricos. 

A proposta defendida pela Casa Branca antecipa o fim de créditos fiscais para a compra de carros elétricos — benefício que há anos impulsiona as vendas de modelos da Tesla.

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As críticas de Musk têm sido fortes contra o presidente republicano. Nas últimas semanas, o empresário chamou o projeto de “gasto insano” e ameaçou apoiar a criação de um terceiro partido político. Também prometeu usar sua influência para combater parlamentares republicanos que apoiarem o texto, afirmando que “eles perderão as primárias no ano que vem, mesmo que seja a última coisa que eu faça na Terra”.

Trump, por sua vez, atribuiu a oposição de Musk ao fato de que suas empresas se beneficiam dos subsídios hoje em risco. Em postagens nas redes sociais, o presidente também ameaçou retirar incentivos concedidos à Tesla e à SpaceX, e reforçou a ideia em declarações à imprensa. 

“Elon está perdendo seu mandato de veículos elétricos. E ele pode perder muito mais do que isso”, afirmou. 

A tensão entre os dois influenciou diretamente o mercado. As ações da Tesla chegaram a cair mais de 4% nas negociações pré-mercado após os comentários de Trump. Investidores reagiram com cautela às ameaças de retirada de subsídios e à possibilidade de represálias mais duras contra Musk, que ainda lidera algumas frentes de colaboração público-privada no setor aeroespacial e tecnológico.

Além das ameaças veladas de deportação, Trump chegou a fazer referência irônica ao esforço de corte de custos do governo, liderado por Musk até maio, sugerindo que uma força-tarefa apelidada de “DOGE” (uma menção ao meme favorito do bilionário) poderia ser usada contra ele. 

“DOGE é o monstro que pode ter que voltar e comer Elon. Não seria terrível?”, disse.

Apesar das tensões recentes, Musk nega que suas críticas tenham relação com os subsídios. Segundo ele, a motivação é puramente política e fiscal: 

“É um projeto de gastos irresponsável que enfraquece o futuro da inovação nos Estados Unidos”, afirmou em entrevista recente.

O embate reacende uma rivalidade que havia arrefecido após as eleições, mas que ganha novos contornos diante do impacto direto das políticas republicanas sobre as empresas ligadas à transição energética. A medida que tramita no Senado prevê cortes significativos em incentivos a tecnologias sustentáveis, como os créditos fiscais para veículos elétricos — ponto central da discórdia.

Musk, nascido na África do Sul, tornou-se cidadão americano em 2002. Embora a deportação de um cidadão naturalizado seja improvável e legalmente controversa, o comentário de Trump sinaliza uma escalada no confronto entre os dois.

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