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Conversa com o gestor: tudo sobre HGCR11 e HGFF11

Conversa com o gestor: tudo sobre HGCR11 e HGFF11

Nos últimos dias, a notícia da compra do Credit Suisse pelo UBS por US$ 3,5 bilhão, movimentou o mercado em meio a uma crise que mobilizou as autoridades monetárias da Suíça. 

Por aqui, a preocupação é quanto aos Fundos Imobiliários geridos pela Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG), corretora controlada pelo Credit Suisse no Brasil. 

Como ficam nesse cenário?

A CSHG é a gestora de diversos Fundos Imobiliários, como HGLG11, HGFF11, HGRE11, HGRU11 e HGCR11. Dificilmente, um investidor não possui algum FII da prateleira da CSHG na sua carteira.

A analista de FIIs da EQI Research, Carol Borges, tranquiliza os investidores ao avaliar que as operações do Credit Suisse no Brasil não deverão ter muitas mudanças. 

“A CSHG tem um histórico bom e de bastante sucesso na gestão de Fundos Imobiliários. É uma das maiores gestoras, das mais respeitadas, com uma expertise muito grande no que fazem. Não vejo razão para nenhuma mudança significativa na gestão de ativos imobiliários”, aponta a analista. 

Oportunamente, a analista conversou com Pedro Galvão, gestor da CSHG. Eles falaram sobre as estratégias para dois desses fundos: o HGCR11 (Fundo de Recebíveis) e o HGFF11 (Fundos de Fundos). 

O encontro aconteceu no mês de março de 2023. 

  • Se você perdeu a live, pode assistir aqui: 

Acompanhe agora alguns dos principais insights da conversa:

Sobre o HGCR11 

O HGCR11 é um Fundo Imobiliário de Papel, que investe em títulos de dívida imobiliária, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).

Foi constituído em agosto de 2009 e está listado na B3 desde 2010. É o único fundo que está na composição do IFIX –  índice de referência – ininterruptamente desde sua criação. 

É um fundo híbrido – com indexadores mistos entre IPCA e CDI. Essa composição, segundo a gestora, permite operar o fundo de forma anticíclica, com mais retorno ao investidor. 

A política de distribuição de rendimentos do HGCR11 é estabelecida em distribuir, no mínimo, 95% dos resultados auferidos, apurados segundo o regime de caixa.

“A estratégia do fundo é sempre constituída para o médio prazo, sendo possível obedecer à flexibilidade do ciclo, sem ficar exposto à volatilidade de curto prazo. Visamos manter os dividendos o mais estável possível”, aponta Pedro Galvão, gestor da CSHG.

Até o final de 2023, o gestor do fundo espera estar com uma alocação maior em IPCA, alcançando entre 65% e 60%.  

 HGCR11 e avaliação de risco: operação com garantias reais 

Com característica high grade, o HGCR11 segue em 2023 com o mesmo foco para as operações, apesar do recente aumento do risco de crédito.

Contudo, segundo o gestor, o atual cenário reafirma a importância das garantias reais. 

“Temos como regra que 100% dos CRIs do nosso portfólio tem um imóvel dado como garantia. Basicamente, temos na carteira cerca de R$ 1 bi de CRIs e mais de R$ 2 Bi em valor imóveis”, comenta Galvão. 

Sobre o HGFF11

O HGFF11 é um Fundo de Fundos (FOF), ou seja, que aplica seus recursos em cotas de outros Fundos Imobiliários.

Foi constituído em fevereiro de 2019 e tem como rentabilidade alvo superar a variação do Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários, divulgado pela B3. 

A política de distribuição de rendimentos do HGFF11 deve distribuir a seus cotistas, no mínimo, 95% dos resultados auferidos, apurados segundo o regime de caixa.

Tese de alocação em tijolo: recuperação é aguardada

O HGFF11 tem mantido uma posição um pouco maior que o IFIX em Fundos de Lajes Corporativas, com preferência por ativos com bons imóveis, sem muito alavancagem. 

“Os fundos permanecem bastante descontados, sendo negociados com até 40% do valor patrimonial, foram os ativos que mais sofreram durante a pandemia. Contudo, a carteira está indo bem”, explica o gestor.

A valorização, segundo o gestor espera, deve acontecer com a recuperação da economia, o que deve impulsionar as vendas dos shoppings e diminuir a vacância das escritórios, assim que os juros cederem. 

Alocação em FOFs: bom potencial de valorização

Segundo Pedro Galvão, a alocação em FOFs é uma oportunidade do momento. A estratégia passou a fazer parte do fundo desde agosto de 2022 em razão dos descontos nas cotas. 

E, de acordo com o gestor, o momento de juros elevados e retração econômica permanece propício. “São poucos os motivos para não se investir em FOFs hoje, há muito espaço para valorização”, destaca.

De acordo com ele, o cenário atual vem permitindo ter, ao mesmo tempo, um yield alto e um carrego considerado bom.“Hoje nossa posição é de cerca de 8%, em linha com o IFIX, com possibilidade de aumento caso a situação se mantenha como está”, complementa Galvão. 

Na visão do gestor, atualmente, é melhor comprar um FOF que deixar o dinheiro em caixa, dado ao momento do ciclo, no qual é mais a valorização é mais crível que a queda. 

Hoje, a cota do HGFF11 está sendo negociada a R$ 70,00, com valor patrimonial em torno de R$ 85,00 e o valor patrimonial dos fundos investidos está próximo de R$ 100,00. 

“Não sabemos quando o mercado irá ajustar essa precificação, mas a expectativa é de termos boa valorização assim que o ambiente econômico se recuperar”, reforça. 

  • Além de saber tudo sobre HGCR11 e HGFF11, quer descobrir quais os melhores FIIs para investir no momento? Veja a Carteira Recomendada de FIIs da EQI Research.