Diante de um cenário esperado de arrefecimento da inflação, e o fechamento da ponta longa da curva de juros, com a consequente valorização de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e de ativos de renda fixa com a marcação a mercado, pode ser uma boa aposta investir em Fundos de Investimentos Imobiliários – FIIs de recebíveis mistos e high grade. Esta é a conclusão do relatório mensal da EQI Research sobre fundos de recebíveis.
Segundo o documento, o momento atual demanda uma diversificação por parte dos investidores e busca de indexadores mais defensivos e previsíveis, de modo a estabilizar, dentro do possível, o fluxo de recebíveis, porém sem abrir mão da rentabilidade.
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Isso porque, em uma análise da alocação de mercado, fica revelado que há uma tendência dos investidores optarem por CRIs atrelados ao IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo – que é o índice oficial de inflação utilizado pelo governo.
“O mercado de fundos de recebíveis se ajusta rapidamente às mudanças na atratividade dos indexadores da economia, alterando a composição da carteira para privilegiar índices de inflação (IPCA ou IGP-M), de juros (CDI), ou uma combinação destes. Com a expectativa consensual de que o ciclo de altas na taxa Selic está próximo do fim, mas com a tendência em permanecer em patamar elevado por algum tempo, até a estabilização das expectativas de inflação”, aponta trecho do relatório.
FIIs de recebíveis com CDI podem ter maior previsibilidade
Ainda de acordo com o relatório, durante o período apresentado, os FIIs de recebíveis com maior exposição ao CDI tendem a apresentar maior previsibilidade de distribuição de resultados mensais. O que leva a uma diminuição da volatilidade da receita ao mesmo tempo em que conseguem manter o patamar de rendimentos em operações mais conservadoras.
“Na situação atual, vemos que a relação risco x retorno encontrada em FIIs high yield se torna menos atrativa quando comparada aos FIIs com operações high grade e mistos”, aponta outra parte do relatório.
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Distribuição de volume captado por segmento:
O documento salienta também que o terceiro trimestre deve ser marcado por uma queda considerada significativa nos índices inflacionários, com impactos causados pela redução dos preços derivados do petróleo – consequência do arrefecimento dos preços do barril Brent no mercado internacional.
Isso significa que é esperada uma queda de rendimentos distribuídos relativos a partir de agosto, principalmente aqueles fundos que possuem maior expostos ao IPCA. Outro ponto considerado importante é o possível fim do aperto monetário, marcada por um ciclo de alta da taxa de juros.
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Relevância dos FIIs de CRIs
Hoje em dia, o segmento de FIIs de CRI é o mais representativo do Índice de Fundos Imobiliários (IFIX), com 44% de participação no cômputo geral. Durante o primeiro semestre do ano, o segmento respondeu mais de 70% de todo o volume de emissões, como consequência das altas taxas de juros e inflação no período, potencializando os resultados do setor.
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“Diante da esperada queda na distribuição de resultados em fundos indexados ao IPCA, não vislumbramos uma boa relação risco x retorno em FIIs com baixo nível de garantias e alto risco de crédito (high yield) no momento”, completa o relatório.
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