O BRAS11 é um fundo imobiliário que une o mercado de FIIs ao setor de geração distribuída de energia solar no Brasil. Estruturado para adquirir usinas solares estrategicamente localizadas e com contratos de longo prazo, o fundo busca entregar um retorno estimado de IPCA + 11% ao ano — o equivalente a cerca de 125% do CDI, conforme projeções atuais.
Com foco em contratos estáveis e consumidores de alta qualidade de crédito, o BRAS11 é uma boa alternativa para investidores que buscam renda mensal isenta de imposto de renda e exposição ao setor de energia limpa.
O que é o BRAS11 e por que investir?
O FII BRAS11 foi criado para investir em um portfólio de usinas solares no modelo de geração distribuída (GD), um dos segmentos que mais crescem no mercado de energia.
Na prática, isso significa que o fundo adquire usinas que já estão em operação e arrenda essas estruturas para empresas e instituições que consomem a energia gerada. Na primeira etapa de investimentos, o BRAS11 prevê a aquisição de 12 usinas, que somam 39,5 MWp de capacidade instalada. A maioria dessas usinas está localizada em Minas Gerais, estado que se destaca pela alta incidência solar e ambiente regulatório favorável.
Entre os pontos que tornam o BRAS11 um investimento atrativo está o modelo de contratos utilizados: as usinas são adquiridas por meio de acordos built-to-suit (BTS), nos quais o arrendamento é feito sob medida para o locatário e com prazos de até 10 anos. Esses contratos contam com multas robustas, o que oferece maior segurança ao fluxo de receitas do fundo.
Além disso, o portfólio do BRAS11 é bastante diversificado: atende empresas dos setores de energia, varejo, saúde, financeiro e outras áreas essenciais da economia.
Como funciona na prática?
Para o investidor pessoa física, o BRAS11 funciona como um fundo de renda passiva: ao adquirir cotas — com investimento mínimo de R$ 1 mil —, o cotista passa a ter direito a rendimentos mensais, que são isentos de imposto de renda. Esses rendimentos vêm do arrendamento das usinas para grandes empresas e instituições, que utilizam a energia gerada para reduzir custos e atender metas de sustentabilidade.
Por exemplo, empresas como Cemig ($CMIG4), Pague Menos ($PGMN3), Drogaria Araujo, Sicoob e Sicredi já possuem contratos firmes com as usinas do portfólio do BRAS11. O mesmo acontece com instituições como PUC Minas e Santa Casa de Misericórdia de Cláudio.
Oportunidade no setor de energia limpa
O momento para o setor de geração distribuída no Brasil é considerado promissor. A recente Lei 14.300 estimulou ainda mais a adoção desse modelo, garantindo regras claras e maior segurança jurídica para investidores e consumidores. Isso, somado ao avanço da demanda por energia limpa e mais barata, impulsiona o potencial de retorno do fundo.
A expectativa de rentabilidade do BRAS11 — IPCA + 11% ao ano, com juros mensais e amortização no formato bullet — reflete o perfil do ativo: contratos de longo prazo, consumidores com boa saúde financeira e uma estrutura que permite ao investidor capturar o crescimento do setor sem abrir mão da segurança.
O prazo do investimento é estimado entre cinco e sete anos, período em que o cotista poderá se beneficiar de rendimentos consistentes e protegidos contra a inflação.
Riscos e perfil do investidor
Como todo investimento, o BRAS11 também tem riscos, como o de mercado, crédito e possíveis mudanças regulatórias no setor elétrico.
Por isso, o produto é indicado para investidores qualificados que buscam diversificação e estão dispostos a manter o investimento pelo médio e longo prazo.
Leia também: