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Por que o MXRF11 vai emitir cotas?

Por que o MXRF11 vai emitir cotas?

O fundo imobiliário Maxi Renda (MXRF11), o mais popular da Bolsa brasileira, com cerca de 1,3 milhão de cotistas, convocou uma assembleia geral para votar a aprovação de sua 11ª emissão de cotas, com o objetivo de levantar até R$ 1 bilhão.

A iniciativa ocorre em um contexto de valorização do setor. Os fundos imobiliários acumulam alta de aproximadamente 11% em 2025, o que tem contribuído para a abertura da chamada “janela de emissão”.

Isso significa que este é o momento em que o preço de mercado das cotas se aproxima ou se iguala ao valor patrimonial, permitindo a realização de novas emissões sem prejudicar o valor da cota para os investidores já posicionados.

O que está por trás da nova emissão de cotas do MXRF11

Essa dinâmica de mercado abre espaço para movimentos estratégicos como o do MXRF11. Segundo Carolina Borges, Head e analista de fundos imobiliários da EQI Research, essa movimentação faz parte de uma estratégia comum para expandir o patrimônio do fundo de forma mais acelerada.

“Provavelmente você é cotista do fundo MXRF11, e eu estou afirmando isso porque esse é o fundo com a maior base de investidores da bolsa, um milhão e trezentos mil cotistas aproximadamente, que é quase metade de todos os investidores de fundos imobiliários”, afirma.

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Mercado primário x secundário: o que o investidor precisa entender

Ela explica que muitos investidores não percebem que, ao comprarem cotas pelo home broker, estão operando no mercado secundário, ou seja, adquirindo cotas de outro investidor.

Já nas emissões, trata-se do mercado primário, quando as cotas são novas e estão sendo negociadas pela primeira vez diretamente pelo fundo.

“Quando o fundo chama uma emissão de cotas, você está comprando uma cota nova, você está participando da primeira negociação dessa cota. Essa é a forma que os fundos imobiliários possuem de aumentar o patrimônio líquido do fundo de maneira mais rápida”, explica.

A analista detalha que os fundos imobiliários, por obrigação regulatória, distribuem 95% do lucro líquido aos cotistas, na forma de dividendos mensais. Isso significa que apenas 5% do resultado permanece dentro do fundo para reinvestimentos, o que limita o crescimento orgânico da carteira.

Nesse cenário, novas emissões tornam-se o principal instrumento para acelerar o crescimento do fundo, permitindo aquisições de novos ativos e a diversificação do portfólio. Ela ainda reforça que esse tipo de operação pode se tornar mais frequente.

“Na prática, esse pode ser um tema recorrente daqui para frente. Isso porque os fundos imobiliários se valorizaram quase 11% no acumulado de 2025, e esse desempenho abre espaço para novas movimentações no mercado.”

“Esse cenário favorece a chamada janela de emissão, que ocorre quando o preço de mercado está em linha com o valor patrimonial da cota. Nesses momentos, os fundos encontram oportunidades de emitir novas cotas sem prejudicar o valor patrimonial por cota, o que contribui para o crescimento do patrimônio do FII”, complementa.

Outros fundos seguem a mesma estratégia

Outro fundo que seguiu o mesmo caminho foi o KNHY11, da Kinea, que também convocou recentemente uma assembleia para aprovar sua sétima emissão de cotas.

“Tanto o MXRF quanto o KNHY11 não estão neste momento presentes na nossa Carteira do Investidor Imobiliário ou na Carteira 200 para Crescer, mas são dois fundos que nós acompanhamos de perto aqui na EQI Research. E eu também trago as principais notícias e atualizações sobre eles para você”, conclui.