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Opções de ações: saiba como surgiram e como usá-las
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Opções de ações: saiba como surgiram e como usá-las

A medida que aprofundamos o conhecimento e a experiência no mercado financeiro, descobrimos um leque de possibilidades de ativos para investir diretamente ou que possam ser usados como ferramentas estratégicas dentro da sua carteira de investimentos.

Talvez em algum momento da sua trajetória como investidor você tenha se deparado com o termo opções de ações, mas você sabe o que significa e como elas são usadas no mercado financeiro?

Para entender melhor como tudo isso funciona, vamos voltar no tempo e descobrir como ideias similares foram surgindo até chegarmos aos contratos de derivativos negociados hoje, em especial, as opções. Acompanhe.

Opções de ações: um pouco de história

Na Grécia antiga, o filósofo Tales de Mileto, utilizando seus conhecimentos, concluiu que tinha grande probabilidade de que a colheita de azeitonas fosse intensificada e isso geraria uma forte demanda por prensas de oliva. Então, ele alugou prensas antecipadamente, a um preço acessível. E como previsto, a colheita foi farta. Logo, ele alugou essas prensas a outros produtores a um preço mais alto, obtendo um lucro considerável nessa movimentação.

No Japão feudal, a produção excedente de arroz que não seria carregada pelos navios, era alojada em armazéns na região central para ser negociada quando fosse mais conveniente. Imagine a logística envolvida caso fosse preciso trazer de volta essa produção excedente. Poderia haver desperdício de grãos nos trajetos e aumento de custos de transportes. Para garantir a quantidade estocada, os produtores recebiam recibos em papel, facilitando esse controle de entrada e saída de estoque.

Como meio de levantamento de recursos, os produtores japoneses começaram a vender esses recibos de estoque. Como os comerciantes já estavam adaptados a comprar esses recibos, naturalmente eles passaram a ser utilizados como moeda corrente na região, ao invés da troca direta de mercadoria.

No século XVII esse tipo de negociação ganhou uma estrutura física exclusiva e regras de negociação formalizadas por escrito. Foi então reconhecido o comércio do arroz escritural, ou seja, o arroz que tinha controle por meio dos livros de fluxo de estoques.

Essas práticas foram pioneiras na comercialização de mercadorias sem entrega física imediata.

Hoje, podemos utilizar esse instrumento de negociação no mercado financeiro de forma organizada e centralizada, através de contratos com especificações estabelecidas pelos contratantes em mercado de balcão ou já padronizados na bolsa de valores.

Esses contratos são conhecidos como derivativos, podendo ser enquadrados em quatro categorias: Mercado a Termo, Mercado Futuro, Mercado de Swap e Mercado de Opções.

Nessa nossa nova série de artigos, vamos entender um pouco mais sobre os derivativos conhecidos como opções. E para facilitar o entendimento, vou trazer para vocês mais uma pequena parte da história, ilustrando como as opções surgiram.

As tulipas holandesas

Na Holanda, no século XVII, as tulipas eram uma representação de prestígio social e devido à alta demanda pelo produto, muitos mercadores faziam a venda para a entrega das tulipas em data futura. Mas, como eles tinham o preço fixado no futuro, havia o risco de perderem a margem de lucro, caso os plantadores repassassem as tulipas por valores maiores aos que tinham sido negociados para a venda.

Então, para garantir o lucro, os mercadores passaram a comprar dos plantadores as opções: eles adquiriram o direito, mas não a obrigação de comprar aquela mercadoria por um preço fixo.

Assim, os mercadores tinham um seguro contra flutuações de preços no momento da entrega das tulipas.

Se os plantadores estivessem negociando em patamares acima do preço acordado em sua opção, os mercadores exerciam o seu direito e compravam pelo máximo do contrato, garantindo o lucro na diferença entre o preço da venda e o preço pago com o seguro.

Caso as tulipas estivessem sendo negociadas em patamares inferiores ao do preço assegurado, eles compravam mais barato e tinham o lucro da diferença de preços de venda e compra.

Ou seja, as opções foram instrumentos criados para proteger os participantes das negociações das oscilações de preço.

Porém, hoje, elas podem ser utilizadas também com um viés especulativo em busca de lucro.

Opções de ações nos dias de hoje

Atualmente as opções podem ser negociadas na bolsa de valores de forma padronizada ou em balcão, com as características acordadas entre as partes diretamente.

Como definir as opções? Elas são direitos de comprar ou vender um ativo, em quantidade e preços previamente estabelecidos, mas que poderão ser exercidos no futuro, com data também já definida.

Tipos de Opções

As opções de compra, também conhecidas como call, garantem ao seu titular o direito de comprar um ativo-objeto, por preço fixo (preço de exercício) em data futura (data de vencimento) já estabelecida.

Ele paga ao lançador um valor, chamado prêmio para adquirir esse direito. E assim, o lançador passa a ter uma obrigação de venda nas condições determinadas na data de exercício.

As opções de venda, chamadas também de put, garantem ao seu titular o direito de vender um ativo-objeto, por preço fixo (preço de exercício) em data futura (data de vencimento) já estabelecida.

Ele paga ao lançador um valor, chamado prêmio para adquirir esse direito. E assim, o lançador passa a ter uma obrigação de comprar o ativo-objeto dentro das condições determinadas na data de exercício.

Modelos de Opções

As opções que são classificadas dentro do modelo americano podem ter seu direito exigido em qualquer momento até a data do exercício.

As opções classificadas como europeias só podem ter o exercício do direito na data de exercício.

Entender como os instrumentos financeiros surgiram e para quais necessidades foram criados, nos ajuda a entender um pouco mais sobre a sua dinâmica e como ela pode ser usada estrategicamente para diferentes finalidades dentro do mercado financeiro.

Nos links abaixo, vamos entender os seus fundamentos, como são precificadas e estratégias para diferentes objetivos e cenários.

Por Larissa Lima, analista da EQI Research

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