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Mesmo com Ibovespa nas máximas, EQI Research prevê queda nos lucros dos balanços no 3TRI25
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Mesmo com Ibovespa nas máximas, EQI Research prevê queda nos lucros dos balanços no 3TRI25

Mesmo com o Ibovespa operando próximo das máximas históricas, a EQI Research projeta uma queda de 15% nos lucros corporativos nesta temporada de balanços do 3TRI25 (terceiro trimestre de 2025). 

Segundo o analista da casa de análises, Nícolas Merola, a revisão das expectativas reflete o impacto da desaceleração econômica, mas o movimento não tem impedido a valorização das ações — que já antecipam um cenário mais positivo para 2026.

Expectativas revisadas e desaceleração econômica

A nova temporada de balanços corporativos começou com as expectativas de lucro das companhias brasileiras em baixa. De acordo com Merola, as projeções do mercado para o terceiro trimestre recuaram cerca de 15% em relação ao início do ano, refletindo os efeitos do enfraquecimento da atividade econômica sobre o desempenho das empresas.

“No começo do ano, os analistas tinham uma série de estimativas sobre os lucros das empresas agora no terceiro trimestre. Essas projeções foram revisadas ao longo do tempo e, de lá pra cá, caíram aproximadamente 15%”, explica o analista.

Segundo ele, a desaceleração já aparece nos indicadores e tende a afetar diretamente as margens e o volume de vendas das companhias. 

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“A desaceleração é visível nos números, e isso é ruim para as ações e para as empresas, porque menor atividade significa menos vendas e menos lucros”, afirma.

Por que as ações sobem mesmo com lucros em queda

Apesar da piora nas estimativas, o Ibovespa segue próximo das máximas históricas. Para Merola, o movimento é explicado pela antecipação dos preços de mercado, que refletem o que os investidores esperam para o futuro — não o momento atual.

“O mercado precifica o que deve acontecer nos próximos trimestres. Hoje, as atenções já estão voltadas para 2026, quando se espera que os juros caiam e as condições financeiras das empresas melhorem”, analisa.

Segundo ele, o otimismo está ligado à expectativa de que a queda da taxa Selic alivie o custo da dívida corporativa e estimule novos investimentos, beneficiando especialmente setores cíclicos e sensíveis ao crédito.

Surpresas positivas podem mudar o jogo

Merola lembra que o mercado tende a errar nas projeções e que os resultados podem surpreender para cima, dependendo da dinâmica de cada setor. 

“As empresas podem surpreender positiva ou negativamente, e isso precisa ser considerado na hora de investir”, diz.

No segundo trimestre, por exemplo, as projeções também apontavam queda de cerca de 16%, mas os balanços divulgados ficaram praticamente em linha com as expectativas iniciais. 

“Nem sempre o que está nas expectativas se concretiza”, reforça o analista.

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Foco já se volta para 2026

Na avaliação de Merola, o foco dos investidores deve estar menos nos números imediatos e mais nas perspectivas para o próximo ano. 

“Nosso olhar está voltado para a economia de 2026, que tende a ser o ponto de virada após esse período de desaceleração”, afirma.

Mesmo com o início de uma temporada marcada por revisões negativas, ele reforça que o acompanhamento dos balanços e resultados segue essencial. 

“Assim como em qualquer temporada, é importante acompanhar os balanços e entender como as empresas em que você investe estão se comportando”, conclui.

Veja mais da análise de Merola sobre as expectativas da temporada de balanços do 3TRI25 no EQI+ clicando aqui.