Quando se trata de investir, não existe uma única abordagem que sirva para todos. O ambiente de investimentos é extremamente amplo, portanto não é algo que possa ser generalizado. Além disso, cada indivíduo tem metas financeiras, expectativas e tolerância ao risco únicas. Nesse caso, a pergunta “qual o melhor investimento de acordo com seus objetivos?” é crucial para tomar decisões financeiras bem fundamentadas.
Investir é uma prática essencial para alcançar metas financeiras e assegurar um futuro próspero. Contudo, a busca pelo melhor investimento deve ser orientada pelos objetivos financeiros de cada indivíduo.
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O melhor investimento varia de acordo com a situação financeira, horizonte temporal, tolerância ao risco e objetivos pessoais de cada investidor. Veja, a seguir, passos importantes para considerar antes de investir.
Entenda o perfil do investidor brasileiro
Em 2023, o Raio X do Investidor Brasileiro, pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) em parceria com o Datafolha, mostrou mais disposição das pessoas para economizar e investir, além de um interesse maior em conhecer produtos financeiros.
No ano passado, mais pessoas declararam investir seu dinheiro em outros tipos de aplicações, como fundos, títulos privados, moedas digitais e previdência privada. Além disso, o percentual da população que não conhece ou não utiliza nenhum tipo de investimento teve uma queda significativa, de 66% para 58%.
Ainda assim, o perfil do investidor brasileiro continua sendo conservador. A caderneta de poupança continua sendo o produto financeiro mais utilizado pelos brasileiros, com 26% de preferência, mas a pesquisa também captou um movimento importante de diversificação da carteira de investimentos.
O principal destino do dinheiro aplicado pelos investidores brasileiros continua sendo a casa própria. Em seguida, aparece a manutenção dos recursos em produtos financeiros.
Crie um plano de investimento
Antes de começar a investir, é fundamental definir com clareza quais seus objetivos financeiros – aposentadoria, estudos, compra de imóvel, filhos, viagens, reserva de emergência – e estabelecer um plano.
No plano a ser construído, o investidor deve definir a alocação que será feita entre títulos do governo, Fundos Imobiliários, ações, etc, assim como as proporções adequadas. E tudo isso varia de acordo com os objetivos e a tolerância a risco do investidor.
Outro ponto a ser observado é a diversificação dos investimentos. É recomendável não concentrar todos os recursos em um único ativo ou tipo de investimento. Diversificar a carteira pode ajudar a reduzir os riscos e fortalecer os retornos ao longo do tempo, uma vez que tem o potencial de suavizar as flutuações do mercado no longo prazo.
Na hora de criar um plano de investimento, é importante se perguntar:
- Como estabelecer quais ativos e títulos são mais adequados para a minha carteira de investimentos?
- Quais tipos de produtos financeiros correspondem à minha estratégia?
- Qual o meu perfil de risco?
- Qual o prazo dos meus investimentos?
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Considere seu perfil de risco
Além de considerar os objetivos financeiros, é essencial levar em conta o perfil de risco antes de investir.
A avaliação ajuda a determinar quais tipos de investimentos são mais adequados para cada pessoa, levando em conta sua tolerância ao risco, conhecimento financeiro, objetivos e horizonte temporal.
Pessoas mais conservadoras tendem a buscar investimentos com menor volatilidade, como títulos de renda fixa, CDBs e Fundos de Renda Fixa.
Investidores moderados têm uma abordagem equilibrada entre a segurança e a busca por retornos maiores. Estão dispostos a assumir um pouco mais de risco em troca de um potencial de ganho mais atrativo. Eles podem diversificar a carteira com investimentos em ações, Fundos Multimercados e títulos de renda fixa com prazos mais longos.
Por outro lado, os de perfil mais arrojado podem se sentir confortáveis com investimentos em ações, que têm maior potencial de retorno, mas também mais risco.
Vale pontuar que o perfil de risco do investidor não é permanente e pode mudar ao longo do tempo. Eventos da vida pessoal, mudanças no mercado financeiro ou novos conhecimentos sobre investimentos podem influenciar a forma como uma pessoa encara o risco.
A idade, profissão e experiências também podem impactar a preferência e o apetite ao risco do investidor. Além disso, o prazo que a pessoa está disposta a investir em um ativo é algo muito relevante.
Para descobrir o próprio perfil de risco, algumas etapas são importantes:
- Autoconhecimento: uma reflexão sobre a relação com o dinheiro deve ser feita, com base em experiências passadas com investimentos e percepção sobre variações no valor de aportes na bolsa de valores;
- Avaliação da situação financeira: renda, despesas, dívidas e patrimônio líquido devem ser analisados;
- Objetivos e horizonte temporal: é preciso definir claramente objetivos financeiros, como aposentadoria, compra de um imóvel ou viagens, e o prazo para alcançar essas metas.
Como escolher o melhor investimento?
Na hora de realizar investimentos, entenda:
- O grau de aversão ao risco;
- Horizonte de tempo para objetivos;
- A utilidade de seu dinheiro.
Denys Wiese, estrategista da EQI Investimentos, acredita que o segundo semestre é o momento de avaliação da carteira de investimentos, com a possibilidade da queda da taxa básica de juros (Selic) no radar nesta quarta-feira (2).
“O excesso de investimento em pós-fixados poderá fazer com que os seus rendimentos caiam substancialmente. A expectativa do mercado é que a Selic passe dos atuais 13,75% ao ano para aproximadamente 12% no final do ano; e em torno de 9% no final de 2024”, diz.
Neste momento, para o especialista, é importante olhar para:
- bons prefixados e IPCA+ para a parte conservadora da carteira;
- multimercados, renda variável e investimentos internacionais para a parte mais sofisticada.
“A época de rendimentos do CDI provavelmente ficará para trás e o investidor que desejar manter rendimentos altos terá, necessariamente, que ampliar a sua diversificação. Sair da segurança e do conforto dos pós-fixados implicará um aumento de risco do seu portfólio“, aponta Wiese.
Além disso, o estrategista observa que “uma boa carteira de investimentos possui classes e ativos descorrelacionados entre si: quando uma parte da carteira vai muito bem, a outra, por definição, irá mal, e vice-versa“. Como conclusão, Wiese aponta que “diversificação significa estar sempre frustrado”.
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