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Ouro em alta: como investimento e até na comida

Ouro em alta: como investimento e até na comida

Símbolo de poder, o ouro reluz e não tem como ignorar seu brilho, ainda mais se ele se apresentar de maneira inusitada. Com criatividade e luxo, restaurantes estão oferecendo ouro na comida e enchendo os olhos da clientela com o brilho dourado aliado à alta gastronomia.

Acompanhe o texto e veja quais outras utilidades vem sendo dadas à commodity, tradicionalmente usada como reserva de valor, especialmente em momentos de crise.

Ouro na comida: a quantas anda a commodity?

Os preços do ouro têm atingido máximas recordes nas últimas semanas. Embora os riscos geopolíticos tenham continuado a reforçar a demanda por investimentos considerados refúgios em tempos de crise, um aumento impressionante na demanda de ouro pela China no primeiro trimestre de 2024 alimentou em grande parte o rali dos preços.

Em 3 de junho, às 12h15, a onça-troy em contrato para agosto de 2024 é negociada a US$ 2.359,90, registrando alta de 0,60%.

A explicação para a alta procura do metal, explica o estrategista da EQI Investimentos, Denys Wiese, está em um movimento global pela busca de maior diversificação das reservas dos países, escapando um pouco da dependência do dólar.

“Muitos países há anos estão procurando diversificar suas reservas internacionais, para não ficarem tão dependentes do dólar. Veja, por exemplo, o que aconteceu com a Rússia, que teve as reserva em dólar congeladas por conta da guerra contra a Ucrânia. E esse movimento acontece há muito mais tempo, com a percepção de que é preciso fazer essa diversificação porque este é um mundo de novas combinações geopolíticas”, explica.

Tamanha procura por ouro fez com que os estrategistas do UBS elevassem suas previsões para o ouro: US$ 2.500 por onça até o final de setembro e US$ 2.600 até o final do ano. 

A perspectiva otimista se deve à demanda chinesa mais forte, além de uma série de dados fracos dos EUA em abril, que levaram a algumas reprecificações das expectativas para cortes de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

A China é atualmente o país que mais demanda ouro, depois de ultrapassar a Índia em 2023, tornando-se o maior comprador mundial do metal.

Os consumidores chineses também estiveram na vanguarda das compras de ouro, comprando 603 toneladas de joias de ouro no ano passado, um salto de 10% em relação a 2022.

E alguns países asiáticos vêm registrando um novo e curioso hábito de consumo: a compra de pequenas barras de ouro em máquinas automáticas de lojas de conveniência.

Essas barras de ouro, do tamanho de unhas e com pesos variando de 0,1 grama a 1,87 grama, estão disponíveis nos pontos de venda da rede. Uma barra de 1,87 grama é vendida por 225 mil won (cerca de US$ 165,76), enquanto uma barra de 0,5 grama custa 77 mil won. As barras vêm com mensagens personalizadas, incluindo parabéns, desejos de aniversário e até mesmo designs para diferentes tipos de personalidade.

barras de ouro em lojas de conveniênica na Coreia do Sul

Ouro na comida: do churrasco ao sushi

Mas, voltando à curiosidade do uso do ouro na comida, em São Paulo, o Black Sushi, restaurante de culinária japonesa, localizado na Vila Clementino, aposta em um jou de atum decorado com ouro 24K. Entre os carros chefes da casa, o prato combina o sabor suculento do atum fresco com o ouro comestível, trazendo brilho ao ser posto à mesa e uma experiência diferenciada e única ao paladar do cliente.

“A ideia de criar o jou com toque de ouro comestível era ter um item dentro do cardápio do restaurante que trouxesse mais elegância e um toque de sofisticação”, comenta o Chef Mario Tucillo do Black Sushi. A peça faz parte também do rodízio do restaurante que conta com a proposta de itens e ingredientes mais sofisticados como salsa trufada, wagyu e azeite de trufas.

O chef ressalta que para o prato do jou de atum é usada uma folha de ouro comestível feita especialmente para alimentos e culinária e a do Black Sushi é produzida e importada diretamente da Itália. “Uma peça que contém ouro comestível pode encarecer o menu e rodízio oferecido, sim, uma vez que esse ingrediente é caro e vendido por peso”, ressalta.

De acordo com Tucillo, o cardápio conta ainda com mais itens de ouro como o batera de atum e do sashimi de salmão com folhas de ouro, que fazem parte do rodízio Black Sushi.

Origem do ouro no churrasco

E quem não se lembra do prato que virou polêmica na Copa do Mundo no Catar em 2022? O tomahawk, o bendito corte de carne tão falado, é uma parte da costela bovina e do bife ancho, apenas o mais saboroso.

Durante o evento futebolístico, em meio ao país luxuoso, os jogadores da seleção comeram o famoso prato banhado a ouro e servido pelo chef turco Salt Bae. Apenas um clique fotográfico e o bife de ouro ficou famoso e ganhou mais notoriedade no mercado.

Salt Bae preparando o tomahalk / Reprodução Internet
Tomahawk por Salt Bae / Reprodução Internet

Bem, se você pensa que é só no Catar que teve esse churrasco de tomahawk está enganado. Em Fortaleza, na Churrascaria JP Steakhouse, em 2023 também foram servidos cortes bovinos com ouro 24K.

O prato de 800 gramas em solo cearense era servido com tomate cereja confitado e custava pouco mais de R$ 300 na época. Já no Catar é preciso desembolsar cerca de R$ 9 mil.

Restaurantes com pratos de ouro

Para além do Brasil, ao redor do mundo podemos visitar diversos restaurantes com opções de pratos banhados a ouro. Seja nas Américas, na Europa ou no continente Asiático, o suco de luxo pode ser acessível, a depender do prato.

Ouro na comida: no sorvete

Considerado o sorvete mais caro do mundo, em Dubai, a Scoopi Café oferece uma bola de sorvete de baunilha por US$ 840, cerca de R$ 4.369 na cotação de hoje.

Servido em uma tigela “basiquinha” da Versace, que o cliente pode levar para casa junto com a colher da grife, o Black Diamond, como ficou conhecido, possui ouro comestível de 23K, açafrão iraniano e trufa italiana. Sua massa é produzida com a baunilha de Madagascar.

Ouro na comida. Sorvete.
Divulgação / Reprodução Instagram

Além disso, a cafeteria conta também com a opção do café com ouro.

Ouro na comida. Café.
Divulgação / Reprodução Instagram
Ouro na comida. Café.
Divulgação / Reprodução Instagram

Ouro na comida: no sushi

Dando nome ao combo de sushi mais caro do mundo, o restaurante japonês Sushi Kirimon, localizado em Osaka, oferta seu prato mais luxuoso por 350 mil ienes, cerca de R$ 1.557 na cotação atual.

De acordo com o Guinness Book, a opção é preparada a partir de métodos ancestrais e ingredientes selecionados de todo o Japão.

Em meio as diferentes porções preparadas e postas no prato, o toque final de folhas de ouro vem para dar o charme.

Ouro na comida. Sushi.
Divulgação / Reprodução Guinness World Records

Ouro na comida: na pizza

Em Nova York, na cidade onde mais se consome pizza no mundo, o Industry Kitchen conta com a pizza folhada a ouro por US$ 2 mil, cerca de R$ 10.410.

Dividido em oito fatias folhadas, o prato “24K”, ou 24 quilates, conta ainda com queijo stilton, foie gras, trufas francesas e caviar do Mar Cáspio.

Ouro na comida. Pizza.
Divulgação / Reprodução Instagram

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