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Imóveis ou renda fixa: qual a melhor opção hoje?

Imóveis ou renda fixa: qual a melhor opção hoje?

Com a taxa Selic em 14,25% e projeção de ultrapassar os 15% até o final do ano, investidores se perguntam: é hora de apostar em imóveis ou manter os recursos em renda fixa? Ambas as opções possuem vantagens e desafios, dependendo do horizonte de investimento e do perfil do investidor. Mas vamos entender melhor!

Imóveis ou renda fixa: oportunidades de investimento

O setor de imóveis, historicamente, é uma das formas mais seguras de investimento no Brasil.

O índice FIPEZAP, que acompanha a variação dos preços dos imóveis nas principais cidades do país, reforça essa tendência de longo prazo. Embora haja oscilações, a valorização imobiliária segue uma tendência de crescimento, especialmente em regiões com demanda aquecida.

Mas, além da valorização do próprio imóvel ao longo do tempo, o investidor pode receber aluguéis, que aumentam a atratividade do negócio.

Nos últimos 12 meses até janeiro deste ano, o aluguel residencial no Brasil acumulou uma valorização média de 13,16%, segundo o FIPEZAP. Apenas em janeiro, houve um aumento de 0,96%, seis vezes maior do que a inflação oficial do mês (0,16%, conforme o IBGE).

“Isso demonstra que a renda gerada pelo aluguel pode ser uma fonte interessante de rentabilidade, mas é preciso considerar a liquidez e os custos envolvidos na manutenção do imóvel”, destaca Carolina Borges, head da EQI Research.

Para quem deseja investir em imóveis, há diferentes estratégias. A compra de imóveis prontos, por exemplo, é uma forma conservadora de entrada no setor. Já a aquisição de imóveis na planta pode oferecer ganhos mais elevados devido à valorização entre a construção e a entrega das chaves, especialmente para investidores dispostos a assumir um risco maior.

O mercado imobiliário é bastante regionalizado. A valorização depende de fatores como infraestrutura, demanda, crescimento econômico local e até mesmo incentivos fiscais“, ressalta Borges. Isso significa que a rentabilidade dos imóveis pode variar consideravelmente de cidade para cidade.

O cenário da renda fixa

Com a Selic em patamar elevado e projeção de alta, os investimentos em renda fixa voltaram a ser altamente atrativos. Títulos do Tesouro Direto, Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), por exemplo, oferecem rentabilidades superiores à inflação, garantindo uma boa proteção do capital investido.

Para investidores que buscam liquidez e segurança, a renda fixa se mostra uma opção mais vantajosa no curto e médio prazo. Além disso, a previsibilidade dos rendimentos é um diferencial, especialmente para quem deseja evitar a volatilidade do mercado imobiliário ou não quer lidar com questões operacionais, como manutenção de imóveis e gestão de inquilinos.

“Hoje, com a Selic ao redor de 13% ao ano, é possível encontrar títulos do Tesouro IPCA+ que oferecem um retorno de IPCA + 7,30% ao ano. Isso representa um rendimento consideravelmente superior ao obtido com aluguel de imóveis nos últimos cinco anos“, explica Borges.

O que considerar ao escolher entre imóveis e renda fixa?

Se o objetivo do investimento é de longo prazo, o cenário atual tem menos relevância. “Historicamente, o mercado imobiliário se valoriza e pode ser um porto seguro para preservação patrimonial”, afirma Borges. Ter ativos reais que geram renda, como imóveis, é uma estratégia que faz sentido para preservar e aumentar o patrimônio.

Por outro lado, se a intenção é buscar oportunidades de curto e médio prazo, é essencial considerar o momento do mercado. Com juros elevados, a renda fixa oferece uma rentabilidade interessante com baixo risco. “Para quem deseja liquidez e ganhos previsíveis, a renda fixa é a melhor opção no momento”, destaca.

Financiamento de imóveis

Para quem está pensando em comprar um imóvel financiado hoje, a situação pode estar mais complicada. “Com a taxa de juros elevada, o custo para financiar subiu consideravelmente. O investidor pagaria algo em torno de 15% ao ano de juros efetivos para financiar um imóvel residencial nos principais bancos”, alerta Borges.

Além disso, é preciso desembolsar pelo menos 30% do valor do imóvel para entrada, pagando juros altos nos 70% restantes. “Como exemplo, para financiar um imóvel de R$ 1 milhão, é necessário desembolsar R$ 300 mil à vista e assumir parcelas que iniciam em R$ 10.500 por 30 anos. Na minha visão, as condições se tornam desfavoráveis ao investidor neste caso”, acrescenta.

Mas, e então, o que é melhor: imóvel ou renda fixa?

A decisão entre investir em imóveis ou em renda fixa depende do perfil do investidor e do horizonte de investimento. E, vale dizer, um investimento não invalida o outro – ambos podem fazer parte de um portfólio diversificado.

Entretanto, analisando a rentabilidade, a renda fixa tem se mostrado mais vantajosa nos últimos anos: “Nos últimos cinco anos, o retorno médio do aluguel foi de aproximadamente IPCA + 5,43% ao ano. Já os títulos do Tesouro IPCA+ 2050, por exemplo, oferecem IPCA + 7,30% ao ano. Considerando a liquidez e os custos envolvidos, os investimentos financeiros têm se mostrado mais vantajosos no curto e médio prazo”, avalia Borges.

tabela sobre imóveis

Ferramenta grátis: compare imóveis x renda fixa

Para facilitar a comparação em termos de rentabilidade, a EQI Research desenvolveu uma ferramenta que ajuda o investidor a visualizar a opção mais vantajosa. Com a Calculadora de Imóveis x Renda Fixa, é possível comparar um imóvel adquirido para locação com três opções de investimento em renda fixa: Um CDB que paga 100% do CDI, um título IPCA+ 10%, e um prefixado que devolve 18% ao ano. Confira, abaixo, a comparação com um imóvel no valor de R$ 2 milhões, com aluguel de R$ 13 mil.

gráfico comparação imóvel x renda fixa

Mas, lembre-se que para fazer a escolha mais acertada, além de avaliar rentabilidade, é relevante levar em conta outros fatores, como liquidez, risco e objetivos financeiros. Se quiser ajuda profissional para montar seu portfólio de investimentos de maneira assertiva, fale com os profissionais da EQI!

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