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Certificado de Depósito Bancário: não caia em pegadinhas

Certificado de Depósito Bancário: não caia em pegadinhas

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um dos investimentos mais conhecidos no Brasil, especialmente para quem busca segurança e rentabilidade estável.

Trata-se de um título de renda fixa, emitido pelos bancos, com o objetivo de captar recursos de investidores, que funcionam como uma espécie de “empréstimo” para a instituição.

Em troca, o banco paga ao investidor uma taxa de rentabilidade, que pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida. O CDB é considerado uma forma de renda fixa, pois o retorno pode ser previsto no momento da aplicação ou está atrelado a um indicador, como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que tende a seguir a taxa básica de juros da economia, a Selic.

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Vantagens do Certificado de Depósito Bancário

A principal vantagem do CDB é a segurança. Investidores são atraídos pela previsibilidade do retorno, especialmente em cenários em que as taxas de juros estão elevadas, como o atual momento no Brasil.

Com a Selic em níveis altos, a renda fixa oferece rendimentos atrativos, e o CDB torna-se uma boa alternativa para quem busca um investimento conservador.

Outro ponto positivo é a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que protege aplicações de até R$ 250 mil por CPF, por instituição, em caso de falência ou insolvência do banco emissor. Isso oferece uma camada extra de segurança, tornando o CDB uma opção robusta até para quem busca maior proteção ao seu capital.

Os CDBs pós-fixados, que seguem o CDI, podem ser bastante vantajosos quando os juros estão elevados, já que a rentabilidade acompanha a alta das taxas. Já os prefixados permitem saber exatamente o valor que será recebido ao final do período, ideal para quem prefere previsibilidade total sobre seus ganhos.

Desvantagens do CDB

Apesar da segurança e rentabilidade estável, o CDB apresenta algumas desvantagens. A primeira delas é a liquidez. Em muitos casos, o dinheiro investido fica “preso” até a data de vencimento, sem possibilidade de resgate antecipado sem penalizações. Portanto, o investidor deve ter certeza de que não precisará da quantia aplicada antes do prazo acordado.

Além disso, a rentabilidade pode ser corroída por impostos e taxas. Os ganhos estão sujeitos à tributação do Imposto de Renda, conforme a tabela regressiva, que vai de 22,5% para aplicações de até seis meses a 15% para prazos superiores a dois anos. Isso pode impactar o retorno, principalmente em aplicações de curto prazo.

Outro ponto que merece atenção é o risco de crédito. Embora o FGC proteja até R$ 250 mil por instituição, aplicações acima desse valor podem ficar expostas a perdas, caso o banco emissor enfrente problemas financeiros. Investidores devem estar cientes de que bancos menores podem oferecer taxas mais atrativas, mas o risco associado a essas instituições também é maior. É sempre recomendável diversificar e não concentrar grandes volumes em um único emissor, especialmente quando o valor supera o limite coberto pelo FGC.

Cuidados ao investir em CDB

Para investir corretamente em um CDB, é essencial prestar atenção em alguns detalhes. Primeiro, verifique se o emissor é uma instituição sólida. O histórico e a reputação do banco devem ser considerados, ainda mais se o valor a ser investido superar o limite coberto pelo FGC.

Outro cuidado é em relação ao prazo de vencimento. Tenha clareza sobre quando o dinheiro poderá ser resgatado sem perder rendimentos ou pagar multas.

Antes de aplicar, analise também o tipo de CDB que melhor se ajusta ao seu perfil. Se você deseja aproveitar os juros altos no curto prazo, um CDB pós-fixado pode ser uma boa escolha. Já se prefere ter a certeza do quanto irá receber, um CDB prefixado pode ser mais indicado.

Entender as taxas envolvidas é fundamental. Além do Imposto de Renda, fique atento à taxa de administração ou a outras cobranças que possam diminuir a rentabilidade líquida.

Pegadinha 1: CDB de 200% do CDI

Algumas corretoras oferecem CDBs que pagam 200% do CDI. Isso parece atrativo, mas, em geral, o prazo de vencimento é bastante curto, cerca de 60 dias, e não há a possibilidade de reinvestir o dinheiro no mesmo produto após o vencimento.

Ou seja, quando esse período termina, o investidor normalmente encontra apenas opções de CDBs com rendimentos em torno de 100% do CDI. Em outras palavras, você tem dois meses com um retorno elevado, mas depois passa a receber uma rentabilidade alinhada ao mercado.

Ok, mas você pode pensar: vou colocar todo o meu dinheiro por dois meses para garantir um bom retorno. Porém, já fique sabendo que essas promoções geralmente impõem um limite máximo para o valor que pode ser investido. Traduzindo: são usadas como chamariz para abertura de conta na corretora, mas a vantagem acaba em dois meses. Então, fique atento!

Pegadinha 2: Investir no mesmo CDB em corretoras diferentes

Como já dito neste texto, a garantia do FGC é de R$ 250 mil por emissor e por instituição. E não importa o número de corretoras que custodiam o título.

Ou seja: se você comprou R$ 250 mil em CDB do Banco X na corretora Y, você poderá ser ressarcido na totalidade pelo FGC, caso o banco não cumpra com o pagamento. Agora, se você investiu R$ 250 mil em CDB do Banco X na corretora Y e outros R$ 30 mil no mesmo CDB, mas na corretora Z, você vai perder esses R$ 30 mil em caso de insolvência.

Então, lembre-se sempre: o FGC cobre R$ 250 mil por CPF e por emissor! Atenção se você mantém investimentos em mais de uma corretora.   

O momento favorável para a renda fixa no Brasil

O cenário atual de juros altos no Brasil favorece o investimento em renda fixa, como os CDBs. Com a Selic em níveis elevados, a rentabilidade desses produtos acompanha o movimento, oferecendo retornos bastante competitivos, principalmente para quem busca segurança. Isso se torna ainda mais relevante quando comparamos com os investimentos de maior risco, como a bolsa de valores, que pode enfrentar maior volatilidade em tempos de incerteza econômica.

Em um contexto de taxa de juros alta, como o atual, a renda fixa oferece um retorno real interessante, principalmente em rendimentos que superam a inflação. Para quem busca proteger o capital e, ao mesmo tempo, obter ganhos acima da inflação, o momento é oportuno para direcionar uma parte relevante da carteira para esses produtos.

Entretanto, é sempre importante manter uma carteira diversificada. Mesmo que a renda fixa esteja atrativa agora, as condições econômicas mudam, e o investidor deve estar preparado para reavaliar suas opções conforme o cenário evolui.

Lembre-se que, ao investir, é fundamental considerar o prazo, a liquidez e os limites de proteção do FGC: R$ 250 mil por CPF, por instituição!

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