Você já deve ter sentido no bolso o aumento dos preços dos alimentos nos últimos meses. E, com a fala do presidente Lula de que “é só não comprar aquilo que acha que está caro”, muita gente ficou se perguntando: será que é tão simples assim? A verdade é que a inflação dos alimentos é um problema multifatorial, influenciado por uma série de eventos que vão desde o clima até o câmbio. Vamos entender.
Inflação de alimentos acumulada por ano

A preocupação é legítima, mas a solução não será essa.
Em levantamento realizado no final de janeiro pela Genial/Quaest, 83% dos entrevistados afirmaram ter percebido aumento nos preços nos supermercados. A mesma pesquisa indicou, pela primeira vez, que a parcela dos brasileiros que desaprova o atual governo é superior à parcela que aprova.
Diante dessa realidade, o presidente Lula sugeriu que o próprio consumidor poderia ajudar a reduzir os preços. Como? Simplesmente deixando de comprar os produtos mais caros. A lógica seria que, se todos evitassem determinados itens, os vendedores seriam obrigados a baixar os preços para não ficarem com produtos encalhados.
À primeira vista, a ideia parece até interessante — afinal, se ninguém comprar, os preços terão que cair. Mas, ao analisarmos com mais cuidado, fica claro que a solução proposta não seria efetiva para causar uma redução significativa dos preços. Isso porque a alta dos preços não se deve somente ao aumento da demanda — impulsionado, por exemplo, por mais dinheiro em circulação na economia sem um crescimento produtivo proporcional —, mas também ao encarecimento da produção e à alta atratividade das exportações.
Real desvalorizado, queimadas, enchentes e um cenário difícil
O dólar alto faz o mercado externo ficar mais atrativo, diminuindo a disponibilidade doméstica. Além disso, eventos climáticos severos, como queimadas e enchentes, tornam o cultivo mais desafiador e afetam a produção.
Fatores geopolíticos também afetam os custos de produção por aqui. Insumos como fertilizantes e defensivos agrícolas estão mais caros, pressionando os preços finais.
E um ponto tão relevante quanto os fatores apresentados é que os alimentos são bens essenciais, não há a opção de não os consumir. O impacto é ainda maior para famílias com ganhos mensais de até dois salários mínimos, onde a alimentação representa cerca de 25% do orçamento doméstico.
É claro que, em alguns casos, há substitutos, mas a situação é generalizada e afeta toda a cadeia. Segundo dados do IBGE, nos últimos 12 meses a carne bovina acumula alta de +21%. O substituto imediato, frango, também sobe mais de +10% no mesmo período.
Nosso analista, Tiago Maciel, escreveu sobre o tema, recomendando uma ação que pode aproveitar o ciclo pecuário — veja aqui!
As projeções não são animadoras
As projeções de inflação seguem em alta para 2025. O Boletim Focus apontou, pela 17ª semana consecutiva, aumentos nas expectativas para o IPCA no acumulado deste ano, cada vez mais distantes do centro da meta.
Não existe fórmula mágica, e a solução passa por medidas de longo prazo, que demandam planejamento e investimento contínuo. É necessário que tenhamos uma política fiscal responsável, combinando medidas de curto prazo para aliviar a pressão sobre os preços.
Veja que, desde a pandemia, a inflação dos alimentos não vem dando trégua aos brasileiros.
Enquanto isso, como se proteger?
Enquanto o governo busca soluções, nós, consumidores e investidores, podemos tomar medidas para mitigar o impacto da inflação em nossa renda. Estratégias de investimentos indexados à inflação são boas alternativas para isso.
Em nossa cobertura de fundos imobiliários, atualmente recomendo cinco FIIs de papel com desconto que corrigem o capital investido em termos reais (IPCA) e entregam um retorno real que pode chegar a 12%, além de serem isentos de imposto de renda. Convido você a assistir ao vídeo abaixo e conhecer esses FIIs.
Proteger sua carteira da inflação é importante e convido você a fazer isso por meio da minha carteira de FIIs.
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