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FI-Infra ou debênture incentivada: qual o melhor investimento?

FI-Infra ou debênture incentivada: qual o melhor investimento?

Os investimentos em infraestrutura ganharam relevância no mercado brasileiro com o incentivo fiscal previsto na Lei 12.431, que isenta do Imposto de Renda os rendimentos de debênture incentivada e Fundo de Investimento em Infraestrutura (FI-Infra). Diante disso, investidores pessoa física que buscam essa exposição se deparam com uma questão importante: é melhor investir diretamente em debêntures incentivadas ou por meio de FI-Infras?

Para responder a essa pergunta, o EuQueroInvestir ouviu João Zanott, analista da EQI Research, que explicou as principais diferenças entre esses dois instrumentos.

FI-Infra ou debênture incentivada?

Se você está interessado em investimentos em infraestrutura e já ouviu falar de Fi-Infras e debêntures, mas não entendeu bem o que são, este texto é para você! Vamos explicar esses conceitos de forma clara e acessível.

O que são Fi-Infras?

Os Fi-Infras são Fundos de Investimento em Infraestrutura. Eles funcionam como um “condomínio de investidores”, onde várias pessoas colocam dinheiro em um fundo, que, por sua vez, investe em ativos relacionados a projetos de infraestrutura, como rodovias, energia, saneamento e telecomunicações.

Os Fi-Infras são uma excelente opção para quem quer investir em infraestrutura sem precisar comprar ativos individualmente.

Principais características dos Fi-Infras

O que são debêntures?

As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas. Em outras palavras, quando você compra uma debênture, está emprestando dinheiro para uma empresa e, em troca, recebe pagamentos de juros ao longo do tempo.

Elas funcionam como um investimento de renda fixa, parecido com um CDB, mas em vez de emprestar dinheiro para um banco, você está emprestando para uma empresa.

Principais tipos de debêntures

  • Debêntures comuns: Pagam juros ao investidor, mas têm tributação normal.
  • Debêntures incentivadas: São voltadas para infraestrutura e têm isenção de imposto de renda para pessoas físicas.

As debêntures incentivadas são muito procuradas por oferecerem rendimentos melhores que os títulos públicos, sem desconto de imposto.

Vantagens do FI-Infra, segundo Zanott

Os FI-Infras apresentam uma série de vantagens para o investidor pessoa física. Segundo Zanott, “os fundos conseguem acessar títulos com taxas mais atrativas do que os investidores pessoa física, que pagam um spread e acabam com uma taxa final menor para o mesmo título”.

Outro ponto relevante é a possibilidade de originação e estruturação proprietária. “As gestoras muitas vezes estruturam e conhecem a fundo os projetos, garantindo acesso a ativos exclusivos que não vão ao mercado ou, caso sejam ofertados, geram um ganho de capital para o fundo”, explica o analista.

Os fundos também promovem uma maior desintermediação financeira. “Ao conceder crédito diretamente para projetos de infraestrutura, os fundos eliminam a necessidade de os emissores pagarem taxas de estruturação e distribuição para os bancos, o que melhora a remuneração dos títulos para os cotistas”, detalha Zanott.

Outro diferencial é a facilidade de diversificação. Com apenas uma cota do fundo, o investidor acessa uma carteira composta por diversos títulos, reduzindo a exposição a riscos individuais. Além disso, a gestão profissional permite que especialistas monitorem continuamente a qualidade do portfólio.

FI-Infra ou debênture incentivada: João Zanott, analista EQI Research
João Zanott, analista da EQI Research

Oportunidade em Fi-Infras descontados

Atualmente, muitos FI-Infras listados em bolsa estão sendo negociados com desconto em relação ao valor patrimonial. “Assim, o rendimento ao comprar cotas do fundo pode ser maior do que adquirir a mesma carteira diretamente”, pontua o analista.

Os FI-Infras também oferecem uma vantagem tributária adicional: podem investir parte do seu patrimônio em ativos não isentos, que se tornam isentos dentro da estrutura do fundo. “Por exemplo, o caixa dos FI-Infras fica isento dentro da carteira do fundo. Além disso, os fundos podem comprar debêntures não incentivadas, algo que não seria possível diretamente para o investidor pessoa física”, explica Zanott.

Desvantagens dos FI-Infras

Por outro lado, os fundos também apresentam custos que devem ser considerados. “As taxas de administração variam entre 0,75% e 1,2% do patrimônio do fundo”, alerta o analista. Em alguns casos, também há cobrança de taxa de performance, que impacta a rentabilidade final do investidor.

Outro fator a considerar é a volatilidade. “As cotas negociadas no mercado (FI-Infras listados) podem oscilar mais do que a marcação a mercado dos títulos”, ressalta Zanott, o que pode representar um risco adicional para quem precisa de liquidez em curto prazo.

Investir diretamente em debêntures incentivadas vale a pena?

Para aqueles que desejam investir diretamente em debêntures incentivadas, é fundamental ter um profundo conhecimento sobre os riscos de crédito e a estrutura das emissões. “O investidor pessoa física dificilmente consegue quantificar os riscos de crédito de forma precisa”, destaca o analista.

Além disso, as debêntures são títulos que exigem conhecimento jurídico para analisar garantias e outras condições da emissão. Por isso, esse tipo de investimento é mais adequado para quem tem expertise na área ou acesso a emissões específicas que se encaixam estrategicamente em seu portfólio.

FI-Infra ou debênture incentivada: afinal, qual a melhor opção?

Os FI-Infras e as debêntures incentivadas se assemelham, já que os fundos são compostos principalmente por essas debêntures. No entanto, para a maioria dos investidores pessoa física, os FI-Infras tendem a ser a alternativa mais vantajosa, pois oferecem diversificação, gestão profissional e melhores condições de acesso a títulos.

Já o investimento direto em debêntures incentivadas pode ser interessante para quem tem expertise na análise de crédito ou deseja compor uma carteira personalizada com emissões específicas.

Portanto, a escolha entre FI-Infra e debêntures incentivadas depende do perfil do investidor, do seu conhecimento sobre o mercado e do nível de envolvimento que deseja ter na gestão do investimento.

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