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Como montar uma carteira de investimentos para o seu filho?

Como montar uma carteira de investimentos para o seu filho?

Montar uma carteira de investimentos para seu filho é uma das melhores maneiras de garantir um futuro financeiro seguro. Segundo Carolina Borges, head e analista de Fundos Imobiliários (FIIs) da EQI Research, o principal trunfo ao elaborar uma carteira para crianças é o fator tempo.

Esse longo horizonte possibilita estratégias de investimentos focadas no crescimento sustentável do patrimônio e na proteção financeira ao longo da vida. Entenda agora como montar uma carteira para o seu filho e a importância de introduzir logo cedo a educação financeira na vida da criança.

Por onde começar a carteira do meu filho?

De acordo com Carolina Borges, o primeiro passo para montar uma carteira para filho é reconhecer que o tempo está a favor desse investimento. “Você tem a melhor das variáveis ao seu favor: o tempo”, afirma Carolina. Por ser uma carteira de longo prazo, é possível construir uma estratégia sólida que contemple tanto objetivos imediatos quanto metas de longo prazo.

A analista destaca que é muito importante pensar em diversificação desde o início, com investimentos que variem entre renda fixa e variável.

A carteira pode ser planejada para eventos emergenciais, como imprevistos financeiros, além de metas específicas, como a educação dos filhos ou até uma temporada no exterior no futuro.

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Assim, Borges sugere que a carteira tenha uma parte destinada a investimentos conservadores, como títulos de renda fixa, que acompanham a taxa de juros do país, e outra com investimentos mais arrojados, como ações de boas empresas, para gerar acúmulo de patrimônio.

Dicas para começar:

  • Estabelecer metas de curto e longo prazo;
  • Optar por investimentos seguros para a base inicial, como títulos do Tesouro Direto;
  • Considerar o perfil de risco da família e o horizonte temporal de cada objetivo.

Quais são os investimentos recomendados para carteira para filho?

É importante criar uma base sólida na carteira para filho com ativos de risco mais baixo, como títulos do Tesouro. “Você pode começar com investimentos de risco mais baixo, como títulos do tesouro no início, até montar uma boa estratégia com pós-fixados, prefixados e inflação”, afirma Carolina.

Essa combinação já proporcionaria uma boa estrutura para o início do portfólio.

A head também indica a inclusão de ativos de renda variável, como ações e fundos imobiliários (FIIs), para potencializar o acúmulo de patrimônio. No entanto, Carolina lembra que, pelo prazo estendido, a diversificação global também é relevante, seja por meio de ETFs internacionais ou investimentos diretos no exterior. Isso reduz a exposição ao risco de mercado local e proporciona oportunidades em mercados mais maduros e diversificados.

Investimentos sugeridos:

  • Renda fixa: Tesouro Direto, CDBs, fundos de renda fixa;
  • Renda variável: Ações de empresas sólidas, FIIs (fundos imobiliários);
  • Diversificação internacional: ETFs internacionais ou ações de empresas globais.

Quais cuidados devo ter na hora de escolher os ativos?

Carolina Borges alerta que, apesar do longo prazo ser uma vantagem, é essencial ter cautela na seleção dos ativos. Para uma carteira para filho, ela sugere evitar ativos com riscos excessivamente altos, como empresas altamente alavancadas ou investimentos cuja tese seja muito complexa.

“Eu teria cautela em títulos de risco elevado, empresas altamente alavancadas ou teses muito complicadas”, destaca. Isso porque, em muitos casos, o retorno esperado não justifica o risco assumido.

Outra orientação dela é o equilíbrio entre os diferentes tipos de ativos. Por exemplo, enquanto ações de boas empresas podem compor uma parcela da carteira visando crescimento, é fundamental manter uma base estável com renda fixa. Isso proporciona uma proteção contra a volatilidade de curto prazo, que pode ocorrer, especialmente em mercados de renda variável.

Cuidados essenciais:

  • Evitar ativos de risco elevado e complexos;
  • Manter a diversificação entre renda fixa e variável;
  • Acompanhar a alocação ao longo do tempo e rebalancear quando necessário.
Foto Carolina Borges
Carolina Borges, head da EQI Research. Foto: Divulgação

Quais os principais erros na hora de montar a carteira para filho?

De acordo com Carolina, um dos principais erros que os pais podem cometer ao montar uma carteira para filho é o mau gerenciamento de risco. “Por terem prazo mais longos e, geralmente, ser uma carteira pouco ativa em termos de compras e vendas, os pais podem adquirir produtos com risco muito elevado”, afirma a analista.

Embora o horizonte de longo prazo permita arriscar mais em ativos de crescimento, não é prudente exagerar na alocação de ativos arriscados sem um retorno esperado proporcional. Em vez disso, é preferível apostar em um equilíbrio entre diferentes classes de ativos para reduzir a volatilidade e o risco excessivo.

Outro erro comum destacado por Borges é a falta de planejamento para os momentos de usufruto da poupança. Como o investimento será usado no futuro, é fundamental realizar um planejamento prévio para garantir que o dinheiro estará disponível no momento adequado, sem estar exposto a quedas repentinas no mercado. “É preciso planejar conforme chegue o momento de usufruir da poupança realizada”, alerta Carolina.

Principais erros:

  • Subestimar a importância da diversificação;
  • Expor a carteira a riscos elevados sem necessidade;
  • Não planejar adequadamente o momento de uso do capital investido.

Como aportar em uma carteira para filho?

Segundo a analista, os pais devem priorizar aportes recorrentes em vez de um único investimento. Esse hábito de investir regularmente permite capturar diferentes ciclos de mercado ao longo do tempo, otimizando a performance da carteira.

“Com o tempo a favor do investimento, é possível capturar diversos ciclos de mercado e fazer boas alocações ao longo do período”, diz Borges. Além disso, os aportes periódicos ajudam a criar uma disciplina de poupança e a contribuir para o desenvolvimento da educação financeira dos filhos.

A analista reforça que o ideal é rebalancear a carteira semestralmente ou anualmente, sem a necessidade de revisões mensais. Isso possibilita um acompanhamento estratégico sem gerar ansiedade com flutuações de curto prazo, que são comuns no mercado financeiro. “Não é necessário fazer revisões mensais, por exemplo”, aconselha ela.

Benefícios dos aportes recorrentes:

  • Capturar diferentes ciclos de mercado;
  • Estabelecer uma disciplina de poupança;
  • Rebalancear a carteira em períodos mais longos.

Educação financeira e o papel dos filhos na carteira

Carolina também ressalta a importância de envolver os filhos no processo de investimento, conforme eles crescem. Ao permitir que a criança acompanhe a evolução da carteira, os pais podem promover uma educação financeira prática, que será fundamental para o futuro gerenciamento desse patrimônio.

“Penso ser importante, a partir de uma certa idade, a criança ir acompanhando o processo de investimento para entender como aquele dinheiro foi crescendo ao longo do tempo”, afirma. A ideia é que, com o tempo, o filho assuma a responsabilidade de gerenciar a própria carteira, entendendo desde cedo o valor do dinheiro e a importância do planejamento financeiro.

Dicas para introduzir a educação financeira:

  • Acompanhar a evolução da carteira junto com a criança;
  • Explicar os conceitos básicos de investimento;
  • Iniciar conversas sobre o uso consciente do dinheiro e planejamento financeiro.

Hora de montar carteira para filho

Montar uma carteira para filho é um processo que envolve planejamento, disciplina e conhecimento. Seguindo as orientações de Carolina Borges, podemos entender a importância de diversificar os ativos, optar por aportes recorrentes e gerenciar riscos de forma adequada.

“Com o tempo a favor do investimento, é possível fazer boas alocações”, como Carolina enfatiza.

O longo prazo permite construir uma carteira robusta e ajustada aos diferentes momentos da vida da criança, garantindo que ela tenha uma base sólida para seu futuro financeiro. Além disso, a educação financeira desempenha um papel crucial na formação de jovens responsáveis e conscientes do valor do dinheiro.

Como falar sobre dinheiro com o público infantil?

Trabalhando há anos com finanças, Rogério Barbaro Favalli, Investment Advisor da EQI Investimentos, desde cedo teve educação financeira em sua vida. De forma limitada, relembra ele, “nossos pais ensinam como podem”. Ao se tratar de dinheiro no passado, o especialista não teve a o melhor relacionamento do mundo.

“Ganhei, mas eu me perdia nas contas, era tomado pelo desejo do consumo, não dava tanto valor à poupança, entre outros fatores”, conta. A partir desse dilema, Favalli passou a estudar a relação das pessoas com o dinheiro, o comportamento em relação às suas dívidas e projetos, assim identificando essa necessidade de trabalhar na “origem” do cenário financeiro que as pessoas têm hoje.

“Se temos como meta de vida fazer um mundo melhor, eu escolhi essa forma de contribuir. É um tema onde já passei por maus bocados, me recuperei, me reconstruí e hoje tenho não só meus resultados, mas também o resultado dos meus clientes como assessor de investimentos, além de trabalhar o assunto quase que diariamente com os meus filhos. Então se tem algo que quero deixar para o futuro são esses ensinamentos”, afirma Favalli.

O assessor foca não só em seu trabalho na EQI, mas também no personagem Professor Dindin, que interpreta no canal Liga da Alegria no YouTube. O caricato que nos remete ao antigo Professor Tibúrcio, apresenta como as crianças podem cuidar de seu dinheiro e ir aprendendo a lidar com a educação financeira desde pequenos.

“Confesso que fui fazer o teste de forma despretensiosa, jamais imaginei que uma peruca branca poderia dar um engajamento tão intenso”, afirma o especialista sobre interpretar enquanto ensina dentro do projeto.

carteira para filho
Professor Din Din. Foto: Divulgação

Chamado de professor Dindin, o nome do personagem é um consenso de como as crianças associam o dinheiro à palavra “dindin”, assim facilitando o entendimento infantil. O senhor que ensina nos vídeos é um rico e trabalhador que ensina que o dinheiro também está atrelado às obrigações, como por exemplo a escola, ajudar em casa, cuidar das coisas, e que uma mesada é uma forma de merecimento pelo seu feito.

“O professor Dindin quer passar às crianças que o dinheiro não surge do nada e que ele é ganho através do esforço. Além de ensinar as crianças a cuidarem do dinheiro ganho. Apesar de ser algo que estamos fazendo agora, o objetivo do professor Dindin é preparar as crianças para lidarem com o dinheiro no futuro, de forma autônoma e sólida”, afirma Favalli.

De acordo com o assessor, os temas para abordar com o público infantil já estão em sua mente há tempos, mas o desafio foi encontrar a forma correta para disseminar os temas. “Dinheiro é uma via de mão única na questão do ensinamento. As ramificações acontecem ao longo da vida, não agora. As crianças precisam primeiro aprender o resultado do esforço e a responsabilidade de cuidar”, afirma.

carteira para filhos
Rogério Favalli. Foto: Divulgação/EQI Investimentos

Parece ser simples falar de “lição de casa”, “mesada”, “poupança”, mas quando se trata de uma mente em formação, é preciso ir nos diversos detalhes de cada uma dessas etapas de formas que as crianças absorvam todo o conteúdo e ensinamento, sem deixar escapar nada, segundo o assessor.

Favalli defende ainda que é importante o bate-papo saudável sobre dinheiro dentro de casa pois constrói o raciocínio na mente das crianças.

O “olha, não podemos porque eu não tenho dinheiro infelizmente, mas vamos ter um pouco de paciência que no futuro podemos comprar”. “Essa simples frase, exige um esforço extra dos pais, o entendimento da realidade financeira da família pelas crianças, o valor do ‘esforço para conquistar no futuro’, a consciência de não comprar o que não pode no momento, e principalmente o cuidado com o dinheiro ganho para projetos futuros”, ressalta.

Para o assessor da EQI Investimentos, o maior objetivo ao interpretar seu personagem nos vídeos é levar a educação financeira para as crianças, ensinando-os a construir o seu patrimônio e serem responsáveis quando atingirem a tão sonhada liberdade financeira.

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