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Demanda por assessores de investimentos deve subir com queda dos juros

Demanda por assessores de investimentos deve subir com queda dos juros

Nos últimos anos, o número de assessores de investimentos no mercado deu um salto significativo, especialmente com a expansão das plataformas de corretoras. A persistência de altas taxas de juros, no entanto, cria desafios para esses profissionais — algo evidenciado pela queda no número de candidatos buscando certificações e ingresso neste mercado em 2023. No entanto, as perspectivas para 2024 são otimistas, com a trajetória de queda de juros no país, iniciada em agosto do último ano.

Em 2023, houve uma queda significativa no número de inscritos para a certificação da Ancord, utilizada por assessores de investimentos. Estes profissionais, vinculados a escritórios associados a corretoras renomadas, desempenham um papel essencial na orientação de investidores sobre os ativos e produtos disponíveis e compátiveis com perfil, objetivo e estratégia do cliente.

Da mesma forma, a Certificação de Especialistas em Investimentos (CEA), emitida pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), teve uma queda de 2,3% em relação a 2022.

A cifra de 11,7 mil inscritos representou uma diminuição de 11% em relação ao ano anterior, marcando o primeiro declínio desde 2020, quando a pandemia de Covid-19 abalou o mercado financeiro. Antes desse período, o número de inscrições vinha crescendo anualmente desde 2015.

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Por outro lado, o Planejador Financeiro Certificado (CFP, na sigla em inglês), emitido pela Planejar, registrou um aumento de 6% na base anual.

Mais assessores de investimentos em 2024

A diferença nos números de 2022 e 2023 para as principais certificações de assessores de investimentos pode ser explicada, principalmente, pela persistência dos juros altos no Brasil.

Embora o Copom tenha iniciado em agosto uma trajetória de queda no ano anterior, a Selic encerrou 2023 em 11,75% ao ano, um patamar considerado elevado e ainda em dois dígitos. Este cenário tem favorecido os títulos de renda fixa, com rendimentos vinculados às taxas de juros.

Na média das expectativas do mercado, captada pelo Boletim Focus divulgado pelo Banco Centraln semanalmente, a Selic deve alcançar 9% em 2024, com espaço para cortes adicionais pela autoridade monetária em 2025%.

Em 2024, no entanto, o cenário deve ser outro. Em mercados mais maduros, como nos Estados Unidos, há mais de 300 mil assessores de investimentos e quase 20 mil escritórios. O Brasil, ainda caminhando, conta com menos de duas mil empresas e 25 mil assessores.

Agora, com a queda dos juros e as mudanças recentes na regulação da profissão — como o fim da exclusividade de escritórios com apenas uma corretora e flexibilização das regras para sócios —, o movimento deve ser de aumento no número de assessores de investimentos no país.