Vivendo de Renda com Ações
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
Trump pressiona Zelensky a aceitar termos russos para fim da Guerra da Ucrânia

Trump pressiona Zelensky a aceitar termos russos para fim da Guerra da Ucrânia

O cenário diplomático em torno da guerra da Ucrânia atingiu um novo pico de tensão após uma reunião acalorada entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca. Em uma mudança de tom que sinaliza uma potencial guinada no apoio americano, Trump indicou uma pressão crescente para que Kiev aceite as exigências russas, gerando temores nas autoridades ucranianas – incluindo abrir mão de territórios atualmente ocupados pelos russos.

Zelensky deixou Washington de mãos vazias, sem a garantia do fornecimento de mísseis de cruzeiro de longo alcance Tomahawks dos EUA que estavam na pauta. Mais do que isso, o líder ucraniano foi repreendido por Trump, que sugeriu que a Ucrânia deveria ceder o território oriental de Donbass à Rússia, encerrando o conflito.

“Eles deveriam parar agora mesmo nas linhas de batalha. … Vão para casa, parem de matar pessoas e acabem logo com isso”, disse Trump a repórteres no Air Force One no domingo (19).

Publicidade
Publicidade

Ele acrescentou que o Donbass deveria ser “cortado do jeito que está”, afirmando que 78% do território já está sob controle russo.

Guerra da Ucrânia: reunião turbulenta

A reunião entre os dois líderes foi descrita pelo Financial Times como uma “disputa de gritos”, com Trump “xingando o tempo todo”, de acordo com fontes anônimas familiarizadas com o assunto. Em contraste, Trump classificou o encontro em sua rede social, Truth Social, como “muito interessante e cordial”, mas “sugeriu fortemente” que ambos os líderes deveriam “reivindicar a Vitória” e deixar “a História decidir!”.

Leia também:

A pressão de Trump foi intensificada por um alerta direto do presidente russo, Vladimir Putin. Segundo Trump, em ligação na quinta-feira (16), Putin avisou que a Rússia “destruiria” a Ucrânia caso não concordasse com a demanda russa de cessar-fogo. Trump e Putin concordaram em se reunir pessoalmente na Hungria, nas próximas semanas.

Zelensky na TV dos EUA

Apesar da repreensão e da saída sem os mísseis, o presidente Zelenskyy buscou demonstrar resiliência. Em entrevista ao programa “Meet the Press” da NBC News, gravada após o encontro, ele afirmou: “não estamos perdendo esta guerra, e Putin não está vencendo”.

O líder ucraniano também se mostrou otimista em relação aos mísseis Tomahawk, dizendo: “É bom que o presidente Trump não tenha dito ‘não’, mas hoje, não disse ‘sim’”. Zelenskyy expressou ainda sua prontidão para participar da próxima cúpula entre Trump e Putin em Budapeste, embora seu convite ainda não esteja confirmado.

O Kremlin, por sua vez, saudou os desenvolvimentos. Dmitry Peskov, secretário de imprensa de Putin, disse nesta segunda-feira (20) que Moscou saúda “os esforços de Trump para alcançar um acordo pacífico na Ucrânia”.

Além de negar os Tomahawks, Trump teria discutido dar garantias de segurança tanto para Kiev quanto para Moscou, segundo fontes familiarizadas com as negociações, o que poderia reconfigurar drasticamente o apoio dos EUA no desenrolar da guerra na Ucrânia. A Casa Branca se recusou a comentar o assunto.