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Barragem em Mariana: Vale projeta provisão adicional de US$ 500 milhões

Barragem em Mariana: Vale projeta provisão adicional de US$ 500 milhões

A companhia já havia contabilizado, até 30 de setembro, US$ 2,401 bilhões em provisões referentes ao Acordo Definitivo firmado no Brasil

A Vale (VALE3) informou que estima registrar uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2025, relacionada às obrigações remanescentes do rompimento da barragem em Mariana (MG), ocorrido em 2015. A companhia já havia contabilizado, até 30 de setembro, US$ 2,401 bilhões em provisões referentes ao Acordo Definitivo firmado no Brasil. Segundo a mineradora, os desembolsos futuros permanecem alinhados às projeções divulgadas no balanço do terceiro trimestre de 2025.

A atualização financeira ocorre em meio ao avanço das ações judiciais no exterior. A Vale confirmou que a Alta Corte da Inglaterra considerou a BHP responsável, sob legislação brasileira, pelo rompimento da barragem de Fundão, operada pela Samarco, além de validar renúncias assinadas por reclamantes já indenizados no Brasil — o que reduz o número de participantes no processo inglês e, consequentemente, o valor potencial das demandas.

Em julho de 2024, Vale e BHP firmaram um acordo confidencial para dividir igualmente qualquer valor que venha a ser pago em condenações, seja no processo inglês envolvendo a BHP, seja no processo holandês referente à Vale. Ambas as empresas reforçam que o Acordo Definitivo assinado em outubro de 2024 no Brasil oferece os mecanismos mais eficazes e rápidos para compensação dos impactados.

Barragem em Mariana: processos internacionais seguem para novas fases

Sujeito ao resultado de eventual recurso da BHP, um segundo julgamento na Inglaterra está previsto para começar em outubro de 2026 e se estender até o segundo trimestre de 2027. Essa etapa definirá se a empresa causou os prejuízos alegados e estabelecerá parâmetros gerais para cálculo das perdas. Após decisões e possíveis recursos dessa fase, indenizações individuais poderão ser avaliadas em um terceiro julgamento.

No país, Samarco, BHP Billiton Brasil e Vale firmaram, em outubro de 2024, um acordo de US$ 32 bilhões para encerrar as principais ações relacionadas ao rompimento da barragem em Mariana. O compromisso inclui reparação ambiental, investimentos em saneamento básico, fortalecimento da saúde pública, recuperação econômica, infraestrutura e compensações a comunidades indígenas, tradicionais e municípios atingidos. Também prevê apoio à renda das populações mais vulneráveis das regiões afetadas.

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Segundo a mineradora brasiliera, desde 2015, as três empresas já destinaram US$ 13 bilhões para ações de reparação e compensação. Mais de US$ 6 bilhões foram pagos diretamente em indenizações e auxílios financeiros para ao menos 610 mil pessoas, incluindo cerca de 240 mil requerentes no Reino Unido que concederam quitação de reivindicações. A recuperação ambiental segue avançada, e a reconstrução de Novo Bento Rodrigues e Paracatu atingiu 98% de conclusão.

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