Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
Votação de projeto sobre tributação de offshores pode ser adiada

Votação de projeto sobre tributação de offshores pode ser adiada

De volta ao país, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) adiou a reunião de líderes prevista para a última terça-feira (24) para definir a pauta da semana. A decisão vem em meio à crescente insatisfação do Centrão com o Executivo, e pode atrasar ainda mais o avanço do projeto de tributação de offshores e fundos exclusivos, que seria votado nesta semana. As informações são do jornal Valor Econômico.

O texto é considerado prioritário pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). 

Cheguei e estou ouvindo relatores e líderes”, disse Lira ao Valor Econômico. “Não sei ainda [se vota esta semana]. Como disse, estou ouvindo a todos”, afirmou ao veículo. 

Publicidade
Publicidade

PL das offshores adiado: entenda o caso

A chateação com o Planalto vem da demora na liberação de verbas e distribuição de cargos pelo governo. A irritação ganhou novo patamar após uma exposição na Caixa Cultural que mostrou uma foto do presidente da Câmara e dos ex-ministros da Economia, Paulo Guedes, e dos Direitos Humanos, Damares Alves, dentro de uma lata de lixo.

O banco suspendeu a exposição, inaugurada no fim de semana, porque verificou “manifestação com viés político-partidário”.

O presidente da Câmara negocia com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicar um novo presidente para a Caixa e trocar os vice-presidentes, que seriam sugeridos por partidos como União Brasil, Republicanos, PDT e PSB, que configuram o grupo conhecido como Centrão.

Parlamentares aliados de Lira pontuaram que a relação entre o Legislativo e o Executivo só melhorará após um encontro entre o presidente da Câmara e Lula, além da aceleração da liberação de verbas para as bases eleitorais dos parlamentares. Esses pontos devem ampliar a disposição dos parlamentares em votar textos de interesse do Planalto. 

A dificuldade do presidente para converter medidas provisórias (MPs) em leis é a maior registrada desde 2001. Segundo um levantamento feito pelo Estadão/Broadcast, até 12 de maio, apenas 28,6% das medidas enviadas foram aprovadas. 

Em relação ao texto a ser aprovado, o relator do PL das offshores, Pedro Paulo (PSD-RJ), afirmou que permanecem três impasses: a alíquota sobre as offshores, o número de cotistas mínimos dos Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) e Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs), e a possibilidade de que o Conselho Monetário Nacional (CNM) imponha regras adicionais aos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-RJ), afirmou que, quando o PL das offshores chegar para análise da Casa, o tema será analisado com um “senso de importância”. 

Além disso, o líder destacou que os representantes do governo estão “muito alinhados no compromisso de evoluir a pauta econômica do Brasil”.