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O investidor inteligente: Os ventos vindos do exterior estão um pouco mais leves

O investidor inteligente: Os ventos vindos do exterior estão um pouco mais leves

Confesso que as últimas notícias no Brasil trouxeram um tom pesado para esse final de ano. E para fecharmos o ano mais otimistas, resolvi dar uma olhada pela janela, e falar sobre o que ocorre lá fora. Confira a coluna do Investidor inteligente. Estados Unidos Até o final de novembro, o S&P 500 – principal […]

Confesso que as últimas notícias no Brasil trouxeram um tom pesado para esse final de ano.

E para fecharmos o ano mais otimistas, resolvi dar uma olhada pela janela, e falar sobre o que ocorre lá fora.

Confira a coluna do Investidor inteligente.

Estados Unidos

Até o final de novembro, o S&P 500 – principal índice acionário dos EUA, recuava 14,39% no ano.

Essa forte queda ocorrida em 2022, se deu principalmente pelo início do ciclo de aperto monetários (aumento dos juros) iniciado em março.

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De lá para cá a “Fed Funds rate” (Taxa base de juros americana) subiu de 0,25-0,5% ao ano, para os atuais 4,25-4,5% a.a.

Gráfico dos Fed Funds

Fonte: Tradingeconomics.com | Federal Reserve

Cenário atual

Já na quarta-feira da semana passada (14 de dezembro), o FED aumentou a taxa de juros em 50 basis points (uma unidade de medida usada pelo mercado financeiro com o objetivo de apresentar variações em pontos percentuais das taxas de indicadores e ativos.)

E ainda sinalizou que não devemos ter quedas nessa taxa em 2023.

Ou seja, o tom ainda é bastante duro por parte da autoridade monetária americana.

Leia abaixo o comentário do time de Macro e Estratégia do Banco BTG Pactual:

“O comunicado e a coletiva deixaram em aberto o ritmo de alta de juros para fevereiro, mas Powell reforçou que o comitê planeja deixar a taxa elevada por mais tempo e que não estão ainda em patamar restritivo, como desejado. No lado das projeções, elevou as expectativas de Fed Funds Rate no final de 2023 para 5,1%, reflexo da revisão altista de inflação.”

Mesmo com esse cenário, as bolsas por lá parecem ignorar o recado e estão “pagando para ver”.

Como você pode ver no gráfico abaixo onde de outubro para cá, o S&P 500 acumula uma alta de cerca de 9%:

Gráfico, Gráfico de linhas

Descrição gerada automaticamente

Fonte: Google Finanças

Mesmo com seguidas altas de juros, o FED segue com seu tom “hawkish”, uma postura monetária que um banco central adota quando seu intuito é aumentar as taxas de juros do seu país.

Já o mercado, vem precificando os juros futuros ABAIXO do que informam os membros do FOMC (Federal Open Market Committee do FED), que decide sobre a taxa de juros.

Interface gráfica do usuário, Gráfico

Descrição gerada automaticamente

No gráfico acima, a linha verde demonstra as expectativas de voto futuro dos membros do FOMC, sobre qual deve ser a taxa de juros nos anos que seguem.

Já a linha branca, representa os juros futuros precificados pelo mercado.

É nítido que há uma distância entre a linha verde e a branca nos anos de 2023 e 2024, e essa distância nos informa que o mercado está esperando um alívio maior nos próximos anos.

Em outras palavras…

O mercado está mais otimista do que os membros do FED.

Agora, quem tem a razão ao seu lado?… Só o tempo dirá.

A razão por trás do otimismo

Nas últimas semanas, pudemos notar que os dados de inflação nos EUA vieram melhores do que o esperado.

Nesta última terça (13/12) foi divulgado o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) de novembro, que avançou 0,1% m/m, 20 bps abaixo do esperado pelo consenso de mercado (0,3% m/m).

No ano, a inflação está em 7,1%, também abaixo do esperado pelo mercado (7,3%).

No mundo, muitos componentes e mercados vêm cedendo, o que favorece o efeito desinflacionário nos EUA e no resto do mundo.

Petróleo

Gráfico

Descrição gerada automaticamente

Fonte: Investing

O petróleo foi de 127 USD em março/22 para 81 USD hoje, ou seja, uma queda expressiva de 36%, algo extremamente positivo para os índices de preço.

Baltic Dry Index (BDI)

Observe agora o gráfico abaixo referente ao frete marítimo, pelo Baltic Dry Index (BDI) — O índice da média de preços pago pelo transporte de commodities, conhecido como o indicador que antecipa ciclos econômicos:

Interface gráfica do usuário, Gráfico, Gráfico de linhas

Descrição gerada automaticamente

Fonte: Tradingeconomics.com

O índice do custo do frete foi de aproximadamente 3300 USD em maio/22 para 1400 USD hoje, uma queda de 57%.

Índice de Commodities da Bloomberg (BCOM)

Interface gráfica do usuário, Gráfico, Gráfico de linhas

Descrição gerada automaticamente

Fonte: Investing

O BCOM foi de aproximadamente 137 pontos em junho/22, para os atuais 113 pontos, uma queda de 17%.

O dado mais importante para você considerar

Talvez esse seja o dado mais importante e ao mesmo tempo o mais negligenciado.

Ele diz respeito à oferta, ou melhor, à base monetária nos EUA, que é a quantidade de dinheiro em circulação (dinheiro em espécie, contas correntes e aplicações de alta liquidez), medida pela M2:

Gráfico, Gráfico de linhas

Descrição gerada automaticamente

Fonte: Tradingeconomics.com | Federal Reserve

Nesse gráfico de longuíssimo prazo, com mais de 50 anos, é possível notar que a única vez que houve uma queda da oferta monetária (menos dinheiro em circulação) foi nos momentos atuais.

Ou seja… Estamos vivendo em um momento histórico!

Isso significa que o FED está enxugando a liquidez da economia americana e puxando a inflação para baixo.

A consequência disso?

Ano que vem, provavelmente teremos uma economia mais fraca, com um desempenho pior se comparado aos anos anteriores.

É possível também, que as ações não estejam no ponto de inversão, em função dos juros ainda altos em 2023, e das receitas futuras das empresas mais arrefecidas.

No entanto existe um fato positivo, a tendência de queda da inflação é real e parece ser sustentável.

Por isso, os juros futuros parecem muito perto do topo, e por mais que o mercado esteja mais otimista que o FED, não há mais tanto espaço para altas.

Entenda, maior fôlego internacional significa maior fôlego para o Brasil.

Com a inflação mais baixa por lá, os índices de preços daqui, tendem a receber uma folga.

Nesse cenário, a compra de BONDs (seja ela feita no exterior, ou via corretora nacional) pode ser BEM OPORTUNA.

Tendo em vista que as altas taxas de retorno podem estar muito perto do pico.

Aqui, a alocação em títulos “investment grade” são mais desejáveis, dado que juros altos por mais tempo combinado com cenário recessivo, pode aumentar o spread de crédito para bonds “high yield” em mais de 200-300 bps.

(Aconselho você a conversar com seu assessor de confiança sobre esse assunto)

Inclusive, para quem deseja dolarizar parte dos recursos, a partir de sua conta no Brasil, sem a necessidade do envio de recurso para o exterior, saiu hoje o COE Bonds Ford. 

Trata-se de um investimento para adquirir Bonds da FORD, pelo prazo de 5 anos, com a remuneração de Dólar+ 5% a.a. Converse com o seu assessor de confiança. 

Agora, se você realmente quer entender a fundo os melhores investimentos para 2023, sejam eles nacionais ou internacionais…

Não perca o próximo EQI Talks que acontecerá na quinta-feira (12/01), onde eu vou te contar tudo o que você precisa levar em consideração para rebalancear corretamente sua carteira de investimentos.

Clique aqui e faça sua inscrição para o próximo EQI Talks. 

Por Denys Wiese, head de renda fixa da EQI Investimentos.

Ilustração sobre live EQI Talks

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