Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
Boletim Macrofiscal projeta PIB de 2,2% para 2024 e inflação a 3,5%

Boletim Macrofiscal projeta PIB de 2,2% para 2024 e inflação a 3,5%

O Ministério da Fazenda manteve a projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 em 2,2%, mostra relatório do Boletim Macrofiscal divulgado nesta quinta-feira (21). A Secretaria de Políticas Econômicas (SPE) projeta uma expansão da indústria e serviços, enquanto o setor agropecuário deve recuar.

Apesar do resultado levemente abaixo do esperado para o PIB de 2023, houve aceleração interanual no crescimento da Indústria e dos Serviços no 4T23, dinâmica não verificada desde fins de 2022, quando a economia ainda se recuperava da pandemia“, informou o relatório do Boletim Macrofiscal.

As projeções apontam que o crescimento em 2024 deverá ser mais equilibrado, baseado no avanço de setores cíclicos e na expansão da absorção doméstica.

Para a Agropecuária, a variação esperada para o PIB caiu de 0,5% de novembro para -1,3%, refletindo, principalmente, a redução nos prognósticos para a safra em 2024. Em contrapartida, a projeção para a expansão dos Serviços em 2024 aumentou, passando de 2,2% para 2,4%.”

Publicidade
Publicidade

A estimativa para a Indústria também foi revisada para cima, de 2,4% para 2,5% em 2024. “O setor deverá ser impulsionado pela recuperação da produção manufatureira e da construção, com reflexo nos investimentos pela ótica da demanda”, diz a nota.

Boletim Macrofiscal: Reforma Tributária é essencial para cenário otimista

A equipe econômica projeta, também, novo aumento do PIB a partir de 2025, em 2,5%. Contudo, para isso, a pasta considera que a Reforma Tributária deve ser consolidada para manutenção do cenário.

“A Reforma Tributária deverá garantir ganhos de eficiência e de produtividade para a economia brasileira, possibilitando reduzir a taxa neutra de juros junto ao novo regime fiscal sustentável. Medidas microeconômicas vêm melhorando o ambiente para tomada de crédito bancário e no mercado de capitais, com destaque para as possibilidades de renegociação de dívidas, para o novo marco de garantias e para os ajustes regulatórios em instrumentos de captação no mercado privado.”

A previsão para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), recuou de 3,55% para 3,50% em 2024, e passou de 3,00% para 3,10% em 2025.

O impacto do ‘El Niño’ sobre a inflação de alimentos, etanol e nas tarifas de energia elétrica foi menos intenso do que o inicialmente esperado. Além disso, reajustes já observados para itens monitorados nesse ano foram inferiores à expectativa, com destaque para licenciamento e emplacamento de veículos e tarifas de energia.

A projeção mediana do Boletim Macrofiscal de março para o déficit primário de 2024 caiu, confirmando a tendência de queda já observada em meses anteriores. De novembro de 2023 a março de 2024, a mediana das projeções para o déficit primário de 2024 caiu de R$ 90,2 bilhões para R$ 82,8 bilhões.

Em janeiro de 2023, a estimativa para o déficit de 2024 era de cerca de R$ 120 bilhões. “A melhora nas perspectivas para o déficit reflete o aumento esperado na arrecadação federal e a maior projeção de crescimento nominal“, afirmou.