O prejuízo líquido da Cosan (CSAN3) atingiu R$ 1,185 bilhão no terceiro trimestre do ano (3TRI25), revertendo o lucro líquido de R$ 293 milhões do mesmo período do ano passado.
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a empresa de combustíveis informou perdas de R$ 3,919 bilhões ante prejuízo de R$ 126 milhões no mesmo período do ano passado.
Por sua vez, a receita operacional líquida da companhia no período chegou a R$ 10,6 bilhões frente a R$ 11,6 bi em igual período do ano passado, tendo uma queda de 8%. No acumulado do ano, o resultado informado foi de R$ 30,8 bilhões ante R$ 32,1 bilhões do mesmo período do ano passado, uma variação negativa de 4%.
Já o ebitda foi de R$ 2,7 bi no terceiro trimestre deste ano frente a US$ 4,021 bi do 3TRI24, tendo uma baixa de 33%.
Prejuízo líquido da Cosan: aumento no custo da dívida
A Cosan encerrou o terceiro trimestre de 2025 com aumento significativo no custo de sua dívida bruta, que somou R$ 840 milhões — alta de R$ 387 milhões em comparação ao 3T24. Segundo a companhia, o avanço foi explicado principalmente pelo ciclo de juros mais elevados no país.
Por outro lado, o rendimento das aplicações financeiras totalizou R$ 127 milhões no período, incremento de R$ 43 milhões na base anual. O desempenho reflete tanto o maior volume de caixa quanto o próprio ambiente de juros altos, que elevou a remuneração das aplicações. O custo médio ponderado das dívidas permaneceu praticamente estável em relação ao trimestre anterior, encerrando em CDI + 0,89% ao ano, ante CDI + 0,88% no 2T25.
Os demais efeitos financeiros somaram R$ 146 milhões positivos, uma variação de R$ 6 milhões em relação ao mesmo intervalo de 2024. A melhora decorre do menor impacto negativo da marcação a mercado do Total Return Swap de CSAN3 em 2025 frente ao ano anterior, embora tenha sido parcialmente compensada pela correção monetária incidente sobre processos já existentes na linha de outros encargos e variações monetárias.
No consolidado do trimestre, o resultado financeiro líquido registrou despesa de R$ 858 milhões, cifra R$ 337 milhões superior à observada no 3T24. O aumento foi influenciado pela queda do dólar e pela elevação da curva futura de juros, fatores que pressionaram a marcação a mercado dos derivativos, além do menor efeito de juros provenientes dos bonds.
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