O CEO da Petrobras (PETR3; PETR4), Jean Paul Prates, disse nesta segunda-feira (9) que o conflito no Oriente Médio deve trazer mais volatilidade ao preço do petróleo. A nova estratégia comercial da estatal, segundo o executivo, vai ajudar a mitigar uma eventual disparada no valor dos combustíveis, principalmente do diesel, que já vinha pressionado.
“Provavelmente vamos ter mais volatilidade no preço, o que vai salientar de novo a utilidade da política de preços que temos colocado em prática junto com o governo federal”, disse Prates em evento no Rio de Janeiro.
O presidente da Petrobras destacou uma possível aceleração no preço do diesel. No entanto, Prates disse que ainda é preciso acompanhar o desenrolar dos acontecimentos.
“Não tem que fazer muito mais do que a gente está fazendo. Tem de ir acompanhando os preços, principalmente do diesel, e ir se organizando”, avaliou. “Isso não quer dizer que vamos fazer ajuste o tempo todo”, concluiu.
Gasolina mais cara? Como conflito impacta petróleo
Os preços do petróleo sobem mais de 4% nesta segunda-feira, à medida que o conflito Israel-Hamas avança pelo terceiro dia.
Embora haja um aumento nos preços do petróleo, os analistas acreditam que será uma reação instintiva e provavelmente temporária, já que o conflito não coloca diretamente em perigo nenhuma fonte importante de abastecimento de petróleo.
Para que o conflito tenha um impacto duradouro e significativo nos mercados petrolíferos, deve haver uma redução sustentada no fornecimento ou transporte de petróleo, apontam os especialistas.
No sábado (7), houve um ataque surpresa a Israel por militantes palestinos do Hamas. O amplo ataque pegou desprevenidos o sistema militar e de segurança de Israel, que declarou guerra ao Hamas.
Nenhum dos lados é um grande player petrolífero. Israel possui duas refinarias de petróleo com capacidade combinada de quase 300 mil barris por dia.
No entanto, o conflito situa-se à porta de uma região chave de produção e exportação de petróleo para os consumidores globais.