O Ibovespa encerrou o primeiro semestre de 2025 com um dos melhores desempenhos no mundo, ocupando a 7ª posição entre os principais índices globais quando avaliado em dólares. A valorização do índice brasileiro chegou a 28,67% na moeda americana até 27 de junho, conforme levantamento da consultoria Elos Ayta para o InfoMoney. Em reais, o ganho foi de 13,79% no período.
O resultado é uma reversão em relação ao mesmo intervalo de 2024, quando o Ibovespa registrou queda. Com isso, a bolsa brasileira figura entre os destaques do semestre, superando mercados importantes, como os dos Estados Unidos e da Ásia.
Europa e América do Sul dominam topo do ranking
O melhor desempenho no semestre foi do DAX, índice da bolsa alemã, que avançou 36,34% em dólares, liderando o ranking. Em seguida aparecem o IBEX, da Espanha, e o PSI, de Portugal.
Na América Latina, os índices do Chile e da Colômbia superaram o Ibovespa em rentabilidade em dólares, com altas de 31,67% e 30,49%, respectivamente. Em termos nominais, o índice chileno também se destacou como o mais rentável do semestre, ao subir 22,40%, seguido pela bolsa colombiana, com valorização de 21,67%.
Bolsas asiáticas e americanas têm desempenho moderado
Na Ásia, os principais índices da China também apresentaram bom desempenho. O Hang Seng Index teve alta de 23,25% em dólares, enquanto o FTSE China 50 avançou 23,12% na mesma base de comparação.
Já os Estados Unidos tiveram um semestre mais contido, com ganhos modestos. O Nasdaq subiu 4,99%, o S&P 500 avançou 4,96% e o Dow Jones teve alta de apenas 3%. A recuperação limitada está relacionada à política tarifária do presidente Donald Trump, que gerou perdas expressivas de mercado. Desde a posse do republicano, em 20 de janeiro, até o início das tarifas, as empresas americanas listadas perderam cerca de US$ 9,81 trilhões em valor de mercado.
No auge da tensão, as chamadas “Sete Magníficas” — Microsoft (MSFT; $MSFT34), Tesla (TSLA; $TSLA34), Nvidia (NVDA; $NVDC34), Apple (AAPL; $AAPL34), Amazon (AMZN; $AMZO34), Meta (META; $M1TA34) e Alphabet (GOOG; $GOGL34) — viram suas ações encolherem US$ 1,83 trilhão em apenas dois dias de abril. A desvalorização acumulada dessas gigantes desde o início do novo governo soma US$ 4,26 trilhões, mesmo com a suspensão provisória das tarifas em meio a tentativas de negociação com parceiros comerciais.
Argentina amarga pior desempenho
Na ponta oposta do ranking, a bolsa argentina foi a que mais perdeu no semestre. O índice Merval caiu 30,09% em dólares e 19,44% em termos nominais. O desempenho fraco dá continuidade ao movimento observado no primeiro trimestre, quando o índice já acumulava fortes perdas.
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