A polêmica dos dividendos da Petrobras (PETR3; PETR4) continua. A petoleira negou, mais uma vez, afirmação de que teria ocorrido qualquer promessa de pagamento de dividendos extraordinários no evento realizado com analistas e investidores nos dias 30/01/2024 e 31/01/2024 (Deep Dive) realizado pela companhia em Nova York, nos Estados Unidos.
“A Petrobras reitera que o material apresentado no encontro com analistas e investidores não sinaliza o pagamento de dividendos extraordinários. A parte da apresentação que cita o processo de dividendos contém informações públicas sobre parâmetros, diretrizes e o processo que suporta as decisões de remuneração do acionista”, disse a empresa, em nota.
De acordo com a petroleira, o material utilizado na apresentação ressalta que a decisão de distribuir dividendos segue o mesmo processo (framework), ao considerar diversos fatores e variáveis como resultados, condição financeira, necessidades de caixa, perspectivas de mercado atual e potencial, além de oportunidades de investimento. Manter o mesmo processo de análise de tais variáveis não configura promessa ou sinalização de pagamento, sendo que tais eventos estão sujeitos a uma série de riscos e incertezas.
“Além disso, é de conhecimento público que diversos bancos publicaram suas projeções de dividendos extraordinários antes mesmo do evento realizado em janeiro. Desde outubro de 2023, já circulam relatórios de analistas com expectativa de pagamento de dividendos extraordinários, com bases em suas próprias avaliações. Nesse contexto, importante destacar que a companhia não tem controle sobre as publicações de tais analistas, nem o conteúdo”, reafirmou.
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Entenda a polêmica dos dividendos da Petrobras (PETR3; PETR4)
Ainda de acordo com a empresa, a proposta da Diretoria Executiva de distribuir 50% do montante que foi destinado à reserva como dividendos extraordinários foi suportada por documentos preparados pelas áreas técnicas conforme processo previsto pela governança da Petrobras. Como prática em todas as deliberações, foi apresentado, entre outras informações, o histórico de decisões realizadas nos anos anteriores.
A polêmica do pagamento dos dividendos extraordinários ocorre desde a divulgação do balanço da companhia. Na ocasião, a empresa divulgou lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 31 bilhões contra lucro de R$ 43,3 bilhões do mesmo período do ano anterior, tendo uma queda de 24,1%. Esperava-se que a empresa divulgasse o pagamento dos dividendos extras, o que não ocorreu.
Poucos dias depois, no dia 12, a empresa negou, pela primeira vez, notícia publicada na mídia sobre eventual sinalização de uma direção para dividendos extraordinários no evento realizado com analistas e investidores na cidade norte-americana.
A crise incluiu até mesmo um suposto pedido de demissão do presidente da companhia, Jean Paul Prates, que foi negado pela companhia, em nota ao mercado no dia 8. Finalmente, na sexta-feira (15), outra notícia publicada na imprensa revelava um suposto documento que apontaria que certos critérios não teriam sido atingidos para permitir o pagamento dos dividendos extraordinários que estão causando polêmica entre os investidores. Em resposta, a empresa informou que investigaria esse eventual vazamento.
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