A Motiva (MOTV3), ex-CCR, informou que foi oficialmente reconhecido o desequilíbrio econômico-financeiro nos contratos de concessão de cinco concessionárias do grupo, reflexo direto da queda de receita tarifária durante a pandemia da Covid-19.
Segundo a companhia, os valores brutos do desequilíbrio variam conforme cada concessão e têm como referência bases distintas de cálculo. A AutoBan, responsável pelo Sistema Anhanguera-Bandeirantes, registrou o maior impacto: R$ 786.238.461,29, com base em julho de 2025. A ViaOeste, operada pela VOE Concessões e Participações e cuja concessão já foi encerrada, teve valor reconhecido de R$ 228.187.017,98, considerando julho de 2024.
Motiva: Renovias tem R$ 209 milhões em desequilíbrio
Nas Rodovias Integradas do Oeste (SPVIAS), o montante apurado foi de R$ 203.334.635,38, enquanto a Renovias registrou R$ 209.427.066,13, ambos com base em julho de 2025. Já a Concessionária do RodoAnel Oeste computou impacto menor, de R$ 53.631.550,46.
A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) será responsável por definir a modalidade de reequilíbrio a ser adotada. A solução será formalizada por meio de termo aditivo e comunicada ao mercado assim que concluída.
A Motiva destacou que o reconhecimento do desequilíbrio reforça o cumprimento rigoroso dos contratos por parte da ARTESP e evidencia o compromisso da agência com o avanço do ambiente regulatório estadual. Para a companhia, a medida consolida a parceria com o setor de infraestrutura, que enfrentou desafios contratuais severos durante o período pandêmico.
A encerrou o terceiro trimestre do ano (3TRI25) com lucro líquido ajustado de R$ 683 milhões, alta de 22% em relação ao mesmo período de 2024, refletindo melhora operacional e ganho de eficiência em todas as divisões do grupo. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o lucro atingiu R$ 1,62 bilhão, avanço de 14,1% sobre igual intervalo do ano anterior.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) saltou de 11,4% para 18%, enquanto o retorno sobre o capital investido (ROIC) subiu de 6,6% para 11%. A melhora nos indicadores de rentabilidade foi sustentada pelo aumento do EBITDA ajustado consolidado, que avançou 16,3% no trimestre, totalizando R$ 2,55 bilhões.
A margem EBITDA ajustada consolidada também apresentou forte expansão, de 57,9% para 64,4%, o que representa um ganho de 6,5 pontos percentuais em um ano. A receita líquida ajustada consolidada cresceu 4,6%, alcançando R$ 3,96 bilhões no período.
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