A Petrobras ($PETR3; $PETR4) informou lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 31 bilhões contra lucro de R$ 43,3 bilhões do mesmo período do ano anterior, tendo uma queda de 24,1%. No acumulado do ano, o lucro da petroleira foi de R$ 124,6 bilhões frente a R$ 188,3 bilhões de 2022, representando um recuo de 33,8%.
Em temos ajustados, o lucro da Petrobras no 4TRI23 foi de R$ 40,9 bilhões ante R$ 43,7 bilhões do último trimestre de 2022, com queda de 6,3%. No acumulado do ano, foi de R$ 136 bilhões contra R$ 179 bilhões de 2022, uma retração de 24,2%.
A receita de vendas da companhia R$ 134 bilhões contra R$ 158,8 bilhões do quarto trimestre de 2022, tendo uma variação negativa de 15,3%.
Por fim, o ebitda ajustado do último trimestre do ano passado alcançou R$ 66,8 bilhões ante R$ 73 bilhões, tendo um recuo de 8,5%.

Petrobras (PETR3; PETR4): menor venda é reflexo de menor demanda do disesel
A petroleira informou que no 4TRI23, apesar dos menores volumes de vendas no mercado interno, impactados pela sazonalidade do diesel, cuja demanda é usualmente mais elevada no terceiro trimestre, houve crescimento nas receitas em comparação com o 3TRI23, o que pode ser explicado pelos maiores preços médios de derivados praticados durante o último trimestre de 2023.
“O aumento das receitas com energia elétrica no 4TRI23 em comparação com o 3TRI23 se deveu ao maior despacho termelétrico no trimestre”, ressaltou a companhia.
Além disso, o mercado global de petróleo e gás iniciou o ano de 2023 em declínio, influenciado por preocupações sobre a dinâmica econômica global e a retomada do consumo de petróleo na China. Durante o primeiro semestre de 2023, foram observadas interrupções na oferta de petróleo, juntamente com cortes voluntários da OPEP+.
Petrobras aprova R$ 14,2 bi em dividendos
A companhia informou ainda que seu Conselho de Administração autorizou o encaminhamento à Assembleia Geral Ordinária (AGO), prevista para 25 de abril, da proposta de distribuição de dividendos equivalentes a R$ 14,2 bilhões. A divulgação vai contra projeção do mercado, que esperava dividendos extraordinários.
Caso haja aprovação da AGO, considerando os dividendos antecipados pela empresa ao longo do exercício, ajustados pela Selic, os dividendos totais do exercício de 2023 totalizarão R$ 72,4 bilhões. Segundo a empresa, a distribuição proposta está alinhada à Política de Remuneração aos Acionistas, aprovada em 28 de julho do ano passado, que prevê que, em caso de endividamento bruto igual ou inferior ao nível máximo de endividamento definido no plano estratégico em vigor (atualmente US$ 65 bilhões), a Petrobras deverá distribuir aos seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre.
Os dividendos propostos já levam em consideração o valor de ações recompradas no quarto trimestre de 2023 de R$ 2,7 bilhões e a correção pela Selic sobre as antecipações de dividendos e JCP relativos ao exercício social de 2023, no valor de R$ 1,1 bilhão, que foram descontados do total da remuneração aos acionistas, segundo a empresa.
“A aprovação do dividendo é compatível com a sustentabilidade financeira da Companhia e está alinhada ao compromisso de geração de valor para a sociedade e para os acionistas, assim como às melhores práticas da indústria mundial de petróleo e gás natural”, concluiu.
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