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Intelbras tem muito fluxo de caixa para ignorar, diz Ágora

Intelbras tem muito fluxo de caixa para ignorar, diz Ágora

Segundo o documento, a empresa deverá registrar um crescimento mais moderado de receita no próximo ano

A Intelbras (INTB3) apresentou novas diretrizes estratégicas durante seu Investor Day, destacadas em relatório da Ágora Investimentos, que classifica 2026 como um período de transição para a companhia e cita a empresa de telefonia como tendo muito fluxo de caixa para ser ignorada.

Segundo o documento, a empresa deverá registrar um crescimento mais moderado de receita no próximo ano, ao mesmo tempo em que deverá entregar margens significativamente superiores e um aumento relevante no retorno sobre o capital investido (ROIC).

De acordo com a Ágora, a decisão da Intelbras de acelerar a saída de operações de menor retorno — como os segmentos de Energia e ICT — tende a reduzir o faturamento no curto prazo, mas deve melhorar de forma consistente a rentabilidade e liberar capital de giro. A estimativa da casa é de que a receita permaneça estável em 2026, com margem EBITDA de 13,8%, acima dos 12,2% projetados para 2025. O ROIC, por sua vez, deve alcançar 19,6% ao fim do período.

Intelbras (INTB3): retomada de crescimento a partir de 2027

A partir de 2027, o relatório projeta uma retomada do crescimento, com expansão anual próxima de 8% e manutenção de margens em torno de 13,5%. Nesse cenário, o segmento de Segurança continuará sendo o principal motor dos resultados. O braço responde por 62% da receita e 68% do lucro bruto, apoiado por uma marca consolidada, ampla capilaridade na distribuição e capacidade de repassar custos.

Na avaliação da Ágora Investimentos, a recomendação para INTB3 permanece de compra, acompanhada de um aumento no preço-alvo para R$ 17, o que representa um potencial de valorização de 26%. O relatório destaca que as ações negociam a aproximadamente 7 vezes o lucro e oferecem um retorno de fluxo de caixa livre bastante elevado: 20% em 2026, 10% em 2027 e 11% em 2028 — níveis considerados muito acima tanto do custo de capital quanto do rendimento da NTN-B, hoje em torno de 7%.

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Esse desempenho robusto de caixa, aliado à posição líquida positiva, abre espaço para uma política mais generosa de dividendos e dá à empresa condições de seguir realizando ajustes estratégicos sem pressão financeira. A Ágora também aponta potenciais catalisadores no curto prazo, como a possibilidade de avanço nas margens já no quarto trimestre de 2025, após uma redução de 8% na folha, e um eventual anúncio de política mais agressiva de distribuição de proventos.

Para os analistas, apesar da redução de receita decorrente da reorganização dos segmentos de Energia e ICT, o movimento tende a gerar valor no longo prazo ao concentrar esforços nas áreas mais rentáveis e menos intensivas em capital.

A Intelbras, conclui o relatório, mantém vantagens competitivas consolidadas e um modelo de negócios resiliente, com capacidade de sustentar crescimento e geração de valor de forma consistente nos próximos anos.

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