Na próxima sexta-feira (1º), o Ibovespa divulgará a primeira prévia de seus índices para o período de janeiro a abril de 2024. Segundo o BTG Pactual (BPAC11), a única novata na carteira teórica da B3 ($B3SA3) deverá ser a CTTEP (TRPL4), com um peso de 0,21% e uma pressão de compra equivalente a 1,33x dias de negociação.
Os analistas do banco de investimentos indicam que a CTEEP teve um aumento em seu ADTV devido às recentes discussões sobre a venda da participação que a Eletrobras (ELET6) possui na companhia.
O ADTV, ou Average Daily Trading Volume (em português, Volume Médio de Negociações Diárias), é uma métrica utilizada para identificar o volume médio de negociações que um determinado ativo gera por dia no mercado. Em outras palavras, representa a média de negócios – venda e compra – por dia, durante um certo período.
“Mesmo que o ADTV retorne aos níveis anteriores ao anúncio desta possível transação, acreditamos que ainda há grandes chances de a empresa ser incluída no índice. Não esperamos que haja saída de ativos do índice”, menciona o relatório do BTG.
Tendências da carteira teórica de 2024
O relatório do BTG sugere que as concessionárias de serviços básicos serão as que mais ganharão participação no rebalanceamento, por causa da entrada da CTEEP.
Em contrapartida, bancos, M&S e P&G perderão participação devido a pequenas reduções nos pesos de Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3), Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4).
O BTG destaca que o Ibovespa é, historicamente, um índice bastante “concentrado”, com dez ativos representando mais de 50% do índice. Apesar dessa tendência, os analistas avaliam que o índice está passando por um processo saudável de “desconcentração”.
“No entanto, essa tendência foi revertida em rebalanceamentos recentes, com o número de ativos no índice diminuindo e a concentração aumentando. O índice deverá ter mais ativos (marginalmente) no próximo rebalanceamento (apresentando 87 ações), mas ainda terá 2 empresas a menos quando comparado com Jan/23 e 6 a menos que em Jan/22”, explica o relatório.
Os analistas também mencionaram um novo rebalanceamento para o mês de maio de 2024, com a entrada de Vivara (VIVA3).
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Ibovespa realizou atualizações da carteira no final de agosto
Em agosto, o Ibovespa realizou uma atualização em sua carteira teórica. O índice manteve Vamos (VAMO3) e PetroRecôncavo (RECV3) na carteira, porém excluiu Méliuz (CASH3).
Com essa atualização, os cinco ativos com maior composição no índice na terceira prévia são:
- Vale (VALE3), com 13,978% de composição;
- Itaú-Unibanco (ITUB4), com 6,455% de composição;
- Petrobras (PETR4), com 7,237% de composição;
- Petrobras (PETR3), com 4,459% de composição;
- B3 ($B3SA3), com 3,658% de composição.
Essas porcentagens representam a participação de cada ativo na composição total do índice Ibovespa.
O que é uma carteira teórica?
Uma carteira teórica não é uma carteira de investimentos real, mas sim um portfólio montado com a intenção de acompanhar a performance de determinados ativos. Em outras palavras, é uma carteira “simulada”, cujo resultado é usado como referência (benchmark) pelos investidores.
Benchmarks e Índices
Os benchmarks são parâmetros de rentabilidade. Por exemplo, o Ibovespa é um índice que mede o desempenho das ações mais negociadas na bolsa de valores. Portanto, ele pode servir como benchmark para fundos de ações, que desejam obter uma rentabilidade equivalente ou superior à performance do Ibovespa.
Os índices também podem ser usados por investidores individuais para analisar o desempenho de sua carteira de ações. Para isso, eles podem recorrer a diferentes tipos de índices, inclusive aqueles destinados a tipos específicos de ativos, como o SMLL, o índice de small caps.
Acompanhando o Desempenho do Mercado
Os índices são uma excelente maneira de acompanhar o desempenho de uma classe de ativos ou mercado específico. No entanto, é importante lembrar que você não deve investir em uma empresa apenas porque ela faz parte da carteira teórica de um índice. Isso ocorre porque a ponderação dos ativos em uma carteira é realizada de maneira quantitativa e não qualitativa. Portanto, a inclusão de um ativo em um índice não é necessariamente um endosso de seu valor ou potencial de investimento.