A Azul ($AZUL4) reduziu o seu prejuízo líquido ajustado para R$ 203,1 milhões no terceiro trimestre de 2024 (3TRI24), uma melhora de 76,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo a companhia aérea, esse resultado reflete o aumento de 6,7% no lucro operacional, que alcançou um recorde de R$ 1,027 bilhão, com uma margem de 20%.
A receita líquida totalizou R$ 5,129 bilhões, crescimento de 4,3% em relação ao 3TRI23, impulsionada por um ambiente de demanda saudável e por receitas auxiliares robustas, como o segmento de cargas e o programa de fidelidade Azul Fidelidade, que aumentaram 8,8% e 80%, respectivamente.
Além disso, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 6%, atingindo um patamar recorde de R$ 1,653 bilhão, com uma margem de 32,2%. Em comparação ao segundo trimestre, o EBITDA registrou um aumento expressivo de 57,1%.
O resultado positivo também reflete a eficiência operacional da Azul, que conseguiu manter o custo por assento-quilômetro (CASK) estável em R$ 34,28 centavos, apesar da desvalorização do real frente ao dólar e do aumento dos preços dos combustíveis.
A taxa de ocupação das aeronaves aumentou 0,5 ponto percentual em relação ao 3T23, chegando a 82,6%, com um tráfego de passageiros que cresceu 4,3%, acima da expansão da capacidade de 3,7%.
A companhia também conseguiu reduzir em 2,9% o consumo de combustível por ASK, graças à modernização de sua frota com aeronaves mais eficientes.
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Azul: CEO destaca estratégia para redução de dívidas e expansão do modelo de negócios
Em mensagem para explicar os resultados da Azul, o CEO da companhia, John Rodgerson, destacou o empenho da equipe e os avanços em resultados e estrutura de capital. Ele enfatizou que o desempenho operacional e financeiro sólido é reflexo do compromisso da Azul com a sustentabilidade e a rentabilidade de seu modelo de negócios.
“No 3TRI24, atingimos um recorde histórico de EBITDA de R$ 1,7 bilhão, representando uma margem líder do setor de 32%, bem como um recorde histórico de EBIT de R$ 1,0 bilhão, com uma margem de 20%”, afirmou Rodgerson.
O CEO da Azul também salientou o crescimento de 4,3% na receita total em relação ao mesmo período do ano passado e de 23% sobre o trimestre anterior, destacando que a demanda por voos da companhia continua em alta.
Rodgerson citou a recente reestruturação dos contratos de leasing com arrendadores e fabricantes de aeronaves, que concordaram em converter R$ 3,1 bilhões em obrigações de pagamento em ações preferenciais.
Segundo Rodgerson, essa decisão de conversão por parte dos arrendadores demonstra “um voto significativo de confiança” no futuro da Azul. Ele ressaltou ainda que mesmo durante o processo de negociação, a companhia continuou a receber novas aeronaves, com a entrega de quatro A330s, dois A321 cargueiros e quatro Embraer E2s em 2024, sinalizando o apoio dos parceiros ao crescimento da frota e operações da empresa.
Outro ponto mencionado por Rodgerson foi o acordo com os detentores de títulos para um financiamento adicional de até US$ 500 milhões, sendo que US$ 150 milhões já foram garantidos e mais US$ 250 milhões estão previstos até o final do ano. Esse financiamento é visto pela companhia como uma solução abrangente para mitigar o peso da dívida acumulada desde a pandemia, proporcionando uma estrutura mais equilibrada para o futuro financeiro da Azul.
Com essas medidas, a empresa estima uma potencial redução de mais de R$ 5 bilhões em seu balanço patrimonial, o que deve contribuir para uma diminuição considerável da alavancagem financeira.
Ao projetar o futuro da Azul, Rodgerson destacou a entrada no período de alta temporada do verão brasileiro, afirmando que os novos acordos e a otimização do balanço permitem uma visão otimista para os próximos trimestres. Ele se mostrou confiante de que a Azul está se posicionando para alcançar um crescimento sustentado e uma geração de caixa sólida.
“Estamos realmente preparando a Azul para o sucesso de longo prazo, com um modelo de negócios exclusivo, lucratividade e geração de caixa crescentes e um balanço patrimonial otimizado”, concluiu o CEO.
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