Com uma Selic a 13.75% e diante da perspectiva de manutenção da taxa em patamares elevados nos próximos meses, a renda fixa deve permanecer firme na carteira de investimentos em 2023.
Isso quer dizer que vale a pena entender mais sobre a sopa de letras da renda fixa e ver mais de perto o que é LCI e LCA, CRI e CRA, CDB, NTN-B, LTN e LFT.
Conheça agora a rentabilidade desses ativos e por que investir!
Acompanhe a seguir as principais dúvidas dos investidores e ajuste sua carteira para surfar a alta da renda fixa.
- E mais: além da sopa de letras da renda fixa, prepare-se para o que vem pela frente. Saiba aqui quais são os melhores investimentos para 2023!
O que é renda fixa e como investir?
A renda fixa funciona como uma espécie de “porto seguro” para momentos de volatilidade e tensão no mercado, sendo considerada uma das melhores opções na hora de diversificar a carteira.
Afinal, por meio da ampliação do leque de investimentos, é possível se proteger contra ambientes hostis. Ainda mais na renda fixa, que oferece um leque de opções entre as quais a rentabilidade dos ativos é definida no momento em que o investidor faz sua aplicação.
- Entenda: renda fixa deve brilhar em 2023, veja os melhores investimentos!
E isso significa que o retorno pode, sim, ficar limitado. Contudo, torna-se interessante para os investidores com perfis considerados moderados a conservadores.
De modo geral, esses perfis preferem não correr muitos riscos, mantendo a segurança de uma renda menor, porém estabelecida com mais precisão.
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O melhor investimento para se proteger da inflação
Seja qual o perfil investidor, é sabido que em tempos de juros altos no Brasil, a renda fixa se torna a bola da vez para o investidor interessado em proteger seu patrimônio e ter bons rendimentos.
E o cenário não deve mudar tão cedo. De acordo com a EQI Asset, a expectativa de redução da taxa de juros (Selic) deve acontecer a partir de agosto de 2023 – atualmente, a taxa encontra- se em 13,75% ao ano.
Um dos principais motivos que devem pesar nesta balança é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) – considerado o índice oficial de inflação no Brasil, que em dezembro de 2022 ficou em 0,62%, acima das projeções do mercado financeiro, que estimavam um índice de 0,45%.
Com esse resultado, o acumulado do ano fechou com um aumento de 5,79%, acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, que em 2022 era de 3,5%, com teto de 5%.
- Veja mais: como a inflação impacta os investimentos?
O que é renda fixa: exemplo
No entanto, mesmo essa seja uma classe segura para os momentos de instabilidade econômica – assim como indicam os cenários inflacionários – é preciso conhecer a sopa de letras de letras da renda fixa.
Isso para o investidor que quer tomar uma decisão mais consciente sobre onde é melhor investir: renda fixa prefixada, pós-fixada ou os títulos atrelados à inflação. É melhor escolher entre títulos públicos ou títulos bancários?
Se você ficou na dúvida qual o melhor investimento em renda fixa, o head de operações estruturadas da EQI Investimentos, Valter Manfro, explica nesse vídeo.
Entenda qual renda fixa é a melhor opção para investir
O que é LCI e LCA, CRI e CRA, CDB, NTN-B, LTN e LFT?
Chegou a hora de conhecer com mais profundidade a sopa de letras da renda fixa.
O mercado de títulos de renda fixa é composto por três grandes emissores. O primeiro deles é o Governo Federal, que toma recurso emprestado por meio de sua plataforma do Tesouro Direto.
O segundo grupo é formado pelas instituições financeiras que emitem títulos como o CDB.
Por fim, têm-se as empresas privadas que tomam recursos por meio da emissão de notas promissórias e debêntures.
A partir de agora, vamos focar em LCI e LCA, CRI e CRA, CDB, NTN-B, LTN e LFT e ver as principais dúvidas dos investidores sobre esses ativos.
O que é LCI e LCA?
LCI e LCA (Letra de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito do Agronegócio) são títulos emitidos por instituições financeiras que destinam esses recursos para finalidades distintas: mercado imobiliário, no caso da LCI, ou para o mercado agrícola, no caso da LCA.
Ambas têm a grande vantagem de isenção de imposto de renda. O que os torna extremamente competitivos em relação a outros produtos como CDBs, Tesouro Selic ou Fundos DI.
Qual melhor LCI ou LCA hoje?
Na prática, não existem grandes diferenças entre investir em um ou outro ativo, o que muda é o lastro do papel.
As Letras de Crédito Imobiliário têm lastro na carteira de créditos do setor imobiliário mantida pela instituição emissora.
Já as Letras de Crédito do Agronegócio são utilizadas para captar recursos para a cadeia do agronegócio.
Quanto rende investir em LCI e LCA?
A rentabilidade das LCIs e LCA’s seguem basicamente três tipos de remuneração: prefixadas, pós-fixadas e com rentabilidade atrelada à inflação.
Letras prefixadas
As letras prefixadas têm rentabilidade fixa. Isso quer dizer que já se sabe a rentabilidade total do período no momento da aplicação.
Esse valor não mudará, independente de quais sejam as condições apresentadas pelo mercado.
Costuma-se preferir a modalidade prefixadas para quando a taxa Selic indicar períodos de estabilidade.
Letras pós-fixadas
As letras pós-fixadas oferecem uma rentabilidade expressa em percentual do CDI (pós-fixados). Por exemplo, um título que paga 97% do CDI.
Esse tipo de investimento é indicado para tempos de alta na taxa Selic.
Letras atreladas à inflação
Existem também as letras com rentabilidade atrelada à inflação (IPCA). Um título desses pode pagar, por exemplo, a remuneração de IPCA + 6%.
Isso significa que se a inflação no ano ficar em 9%, o investidor irá ganhar 9% + 6% = 15%.
Essa aplicação é indicada como uma forma de proteger o capital em momentos de alta inflação.
Qual o rendimento da LCI LCA hoje?
Os rendimentos das letras de crédito podem variar de acordo com diversos fatores. Isso acontece, pois a economia de um país é um organismo vibrante e está em constante mudanças. Dessa forma, os rendimentos também são afetados.
Quando LCI e LCA valem a pena? Quais os riscos?
Antes de investir, é preciso conhecer os fatores que influenciam a rentabilidade do LCI e LCA. Veja algum deles:
CDI
O CDI é o custo do dinheiro na economia. Esse índice é utilizado como base para todas as relações de empréstimos entre os agentes financeiros e, consequentemente, como base na relação dos investidores com esses agentes.
Esse índice fica sempre em patamares próximos à taxa Selic, que é a taxa que o governo utiliza para regular as suas relações de empréstimos e redescontos.
Risco do emissor
Instituições financeiras (bancos) maiores normalmente pagam menos para os seus investidores.
Isso acontece porque elas têm uma notoriedade e, consequente, aparência de robustez. Isso acaba passando a ideia de que há menor risco na aplicação do que se a mesma fosse feita em um banco menor.
Para competir com os bancos de maior expressão no mercado, as instituições de menor porte oferecem taxas mais atrativas para os seus investidores e isso é muito bom para o pequeno investidor, pois há chances de ter melhores taxas de retorno.
O risco de investir em um banco grande ou em um banco pequeno é o mesmo, e igual a zero quando o investimento é inferior a R$ 250 mil, valor garantido pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
Liquidez
As LCIs e LCAs têm prazo de resgate e o dinheiro após aplicado deve se manter neste investimento até que o mesmo seja cumprido.
Quanto maior o prazo do investimento, maior a rentabilidade, pois a instituição financeira tem mais tempo para reemprestar o dinheiro do investidor em finalidades ligadas à concessão de crédito para compra de imóveis.
- Saiba mais da sopa de letras da renda fixa: LCI e LCA, tudo o que você precisa saber para investir!
O que é CRI e CRA?
CRI – Certificados de Recebíveis Imobiliários – e CRA – Certificados de Recebíveis Agrícolas – são títulos de renda fixa emitidos por companhias securitizadoras.
Respectivamente, eles têm como objetivo financiar os mercados imobiliário e agrícola, como os próprios nomes sugerem.
O CRI e CRA são negociados em diferentes modalidades e podem ser pré ou pós-fixados.
Como o CRI e CRA funcionam?
Para explicar melhor como o CRI e CRA funcionam, vamos a um exemplo prático. Imagine uma empresa que trabalha no ramo do agronegócio.
Vamos supor agora que ela decida renovar todo o seu maquinário de campo, como colheitadeiras, tratores, entre outros.
O passo natural é buscar um banco para financiar este investimento ou uma cooperativa de crédito e fazer os seus financiamentos a uma taxa média de 14% ao ano com um prazo de 60 meses.
O banco ou cooperativa, para não ter que esperar até o final do prazo para receber o seu dinheiro, emite um CRA e vende para investidores os seus créditos. Então, estes investidores receberão os juros do período.
Agora, para entender a mecânica de como funciona o CRI, vamos imaginar uma empresa do ramo imobiliário, como uma construtora.
Supomos que essa construtora pretenda construir um prédio de 20 andares com um total de 40 apartamentos. Vamos considerar que a construtora tenha vendido todos os apartamentos financiados ao preço de R$ 1 milhão cada.
Vamos considerar um prazo médio de 60 meses nos financiamentos à taxa de IGPM+1% ao mês.
Se a construtora aguardar todo esse tempo para receber os pagamentos, ela demorará 60 meses para ter todos os 40 milhões, mais os juros do período, para reaver o dinheiro investido e assim ter o seu lucro final do empreendimento que fez.
Então, para que ela tenha este dinheiro retornado de forma antecipada, e consiga continuar os seus negócios, até mesmo para lançar outro empreendimento, ela emite um CRI e vende os créditos para investidores que receberão os juros do período.
Quem emite o CRI e CRA
O CRI e CRA só podem ser emitidos por uma empresa securitizadora. Não existe um banco como intermediário.
Esse é um dos fatores que fazem destes investimentos um dos mais atrativos do ponto de vista das taxas de rentabilidade.
CRI e CRA: risco
Um ponto importante a ser observado é que o CRI e CRA não são protegidos pelo FGC.
Porém, o fato de não possuir essa garantia não significa, necessariamente, que o CRI e CRA sejam investimentos não-seguros. Isto porque cada emissor possui um “rating”, também conhecido como nota de risco.
- Saiba mais da sopa de letras da renda fixa e leia também: CRI e CRA são opções de investimento em renda fixa interessantes.
Vamos seguir entendendo melhor a sopa de letras da renda fixa conhecendo mais sobre o CDB.
O que é CDB como funciona?
O CDB é mais uma sigla da sopa de letras da renda fixa e, talvez, seja a mais popular delas. O termos CDB quer dizer certificado de depósito bancário. Trata-se de um título de dívida emitido por instituições financeiras.
Na prática, ao aplicar em um CDB o investidor empresta seu dinheiro ao banco esperando tê-lo de volta no futuro acrescido de uma taxa de juros.
Qual o melhor CDB para investir hoje?
De uma forma ou outra, a maioria dos CDBs disponíveis no mercado é atrelado a algum índice, seja a inflação ou o próprio CDI.
Como ambos estão elevados no momento, esses papéis voltaram a chamar a atenção do mercado.
Como forma de conter a inflação, o Banco Central do Brasil aumentou a taxa básica de juros em suas reuniões periódicas do Comitê de Política Monetária (Copom).
A estimativa da EQI Asset para o ano de 2023 é que a Selic se mantenha em 13,75% até agosto.
Dessa forma, os CDBs atrelados ao CDI passaram a oferecer retornos maiores, já que acompanham a Selic.
Por outro lado, os CDBs híbridos atrelados à inflação se mostram boas opções também, pois permitem a proteção do capital investido contra a perda do poder de compra da moeda.
Qual o valor do CDB hoje?
Para saber o valor do CBD é preciso saber que existem três tipos de CDBs disponíveis no mercado:
CDB prefixado
Um CDB prefixado é aquele que já tem expressa nominalmente a sua taxa de remuneração. Isso quer dizer que no ato do investimento já se sabe qual será o rendimento ao longo do tempo. Consequentemente, é possível saber o valor que será resgatado no futuro.
Quanto rende R$ 1 mil no CDB?
A forma de apresentação desse título normalmente diz qual será a taxa de remuneração. Um exemplo é um CDB que rende 10% ao ano.
Assim, R$ 1 mil aplicados nesse investimento ao longo de 5 anos resultaria em um montante de R$ 1.610,51.
CDB pós-fixados
Já um CDB pós-fixado indica que a remuneração total só será conhecida em momento posterior, não sendo possível saber previamente quanto o título renderá.
No entanto, isso não deve trazer preocupação ao investidor, pois a remuneração é fixa e será sempre positiva. Além disso, há um mecanismo que garante a valorização do papel.
Esse mecanismo de valorização utilizado em CDBs pós-fixados chama-se indexação. Assim, dizemos que um CDB pós-fixado é indexado a algum índice de referência.
Normalmente as instituições usam o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) como parâmetro, que por sua vez é atrelado à taxa Selic.
Dessa forma, o papel tem expressa em sua nomenclatura o percentual do CDI que renderá ao investidor, como 130% do CDI por exemplo. Se o índice subir, o título rende mais. Se diminuir, rende menos.
CDB híbridos
Por fim, temos o CDB que remunera em um modelo híbrido. Isso quer dizer que uma parte de sua remuneração é tida na forma prefixada e a outra no modelo pós-fixado.
Um bom exemplo desse tipo de título é o CDB IPCA. A depender do papel, existe uma taxa de remuneração que já é sabida (e isso varia entre instituições) e a outra é atrelada ao IPCA, que representa a inflação oficial.
Assim, um papel desse que tem sua remuneração expressa no formato IPCA + 5% indica que a rentabilidade final conseguida será de 5% acima da inflação, não importando em qual patamar inflacionário esteja a economia do país.
Quanto rende CDB IPCA
Na prática isso quer dizer que o retorno conseguido ao investir em um título desses é de 5% de ganho real, pois a inflação já estará superada.
Vale destacar que os modelos de remuneração descritos acima valem se o investidor mantiver o seu título até o vencimento. Caso precise vender antes, é preciso entender as regras acordadas para o investimento.
- Veja mais: como vender ativos no mercado secundário: como funciona e quais as vantagens?
O que fazer com um CDB que rende menos?
E quando um investidor tem na carteira um CDB rendendo menos de 8% a.a., enquanto a Selic está rendendo atualmente 13,75% a.a.?
Será que é um bom momento para vender este CDB, e comprar outro com rentabilidade em torno de 15% a.a.?
Será que vale a pena fazer essa troca? Assista o vídeo abaixo e entenda em que situação é vantajoso vender, e quando é melhor manter até o vencimento.
- Saiba mais da sopa de letras da renda fixa: O que é CDB, entenda tudo sobre esse título de renda fixa.
Agora, chegou a vez de saber mais sobre a emissão de títulos públicos na renda fixa: NTN-B, LTN e LFT.
Vamos começar pela NTN-B:
O que é o NTN-B?
A NTN-B é um tipo de título público do Tesouro Direto. Sua sigla significa Nota do Tesouro Nacional tipo B e também faz parte da sopa de letras da renda fixa.
Esse ativo oferece boa rentabilidade e segurança ao investidor, principalmente, em períodos marcados por altos índices inflacionários.
Isso porque o rendimento deste ativo está atrelado à inflação, mais uma taxa de juros fixos ao mês.
Quando NTN-B paga juros?
Uma peculiaridade da NTN-B é o pagamento dos juros de forma semestral, sendo que o investidor recebe 50% dos juros fixos do título, enquanto o rendimento do IPCA é atualizado no preço final do ativo.
Como investir no NTN-B?
Qualquer pessoa pode investir em títulos públicos. O Tesouro NTN-B designa um dos tipos de investimentos que podem ser feitos na plataforma do Tesouro Direto. Esse veículo foi inaugurado em 2002, dando amplo acesso a esse tipo de investimento.
Por que investir em NTN-B?
A NTN-B é uma modalidade de título atrelado à inflação. Na prática, isso significa que uma aplicação está protegida contra a perda do poder de compra da moeda.
Isso ocorre porque parte do seu rendimento se dá acima da inflação, anulando seus efeitos negativos. Sendo assim, esse é um título que proporciona ganho real direto ao investidor.
Qual o indexador da NTN-B?
Por conta dessa característica peculiar, a NTN-B teve uma mudança em sua nomenclatura e passou a chamar-se Tesouro IPCA+. Foi uma forma de simplificar o entendimento sobre o propósito a que ele se propõe.
Quem emite NTN-B? Qual o risco?
A NTN-B é um título emitido pelo Governo Federal. Ainda que não seja coberto pelo FGC, ele conta com a segurança do emissor.
Em último caso, o governo pode imprimir dinheiro para pagar suas dívidas. Isso aumentaria a inflação mas afastaria o risco de calote.
Como funciona o Tesouro NTN-B?
Como em qualquer título do Governo Federal constante na plataforma do Tesouro Direto, a mecânica do investimento funciona com a finalidade de custear os gastos públicos a partir dos empréstimos recebidos dos investidores.
Na prática, o investidor empresta seu dinheiro ao governo e recebe em troca um título público. Este contém uma promessa de pagamento futuro do recurso emprestado acrescido de juros.
Em se tratando do Tesouro IPCA+ (NTN-B), o pagamento de juros é composto de duas parcelas: uma que já se conhece de antemão (prefixada) e outra que só será conhecida ao final da aplicação (pós-fixada).
Parcela pós-fixada
A inscrição de uma NTN-B é dada pela nomenclatura IPCA+ x%. A primeira parte representa a parcela pós-fixada e a segunda, a parcela prefixada.
A parte referente ao rendimento pós-fixado é o IPCA+. Ele é a representação da inflação e sua presença no nome do título quer dizer que o papel renderá ao investidor todo o percentual da inflação do período.
Quanto rende a NTn-B parcela pós-fixada?
Caso a inflação esteja alta, na casa dos 10%, por exemplo, o título do investidor também renderá esse valor em relação ao recurso investido.
Como não se sabe qual é o valor da inflação no futuro, diz-se que essa é a parte do título que é pós-fixada. Ou seja, seu rendimento é desconhecido no início da aplicação.
No entanto, ele será cumulativo de acordo com o valor da inflação ocorrida pelo prazo de aplicação. Renderá exatamente seu valor ao investidor no papel.
Parcela prefixada
Já a segunda parte do título referente ao rendimento é a parcela prefixada. Trata-se da parte conhecida a respeito da rentabilidade desde o início da aplicação do recurso.
Ela é representada pelo valor inscrito logo após o IPCA+ e será sempre um número percentual. Atualmente, as taxas dos papéis podem ser consultadas aqui. Em média, a parcela prefixada está em torno de 5% ao ano.
Quanto rende a NTn-B parcela prefixada?
Como estamos falando de um título híbrido, o investidor terá tanto o rendimento da parte pós como da prefixada. Assim, um papel IPCA+ 5% indica que o rendimento da aplicação será de 5% acima da inflação.
No exemplo dado anteriormente de uma inflação de 10% ao ano, o retorno nominal seria de 15% ao ano.
Se a inflação ficar em 5%, o rendimento nominal da NTN-B será de 10%. No entanto, note que o retorno real é sempre o mesmo: 5%. Esse é o efeito do Tesouro NTN-B, render um percentual acima da inflação, qualquer que seja o valor apurado no período.
- Saiba mais da sopa de letras da renda fixa: Tesouro NTNB (IPCA+): conheça tudo sobre o papel!
O que é a LTN?
LTN é mais uma sigla da sopa de letras da renda fixa e significa Letra do Tesouro Nacional. Se trata de um título público oferecido pelo governo brasileiro.
Ele pode ser encontrado na plataforma do Tesouro Direto, um ambiente virtual inaugurado em 2002 com o objetivo de facilitar o investimento da pessoa comum nos títulos públicos federais.
Qual a rentabilidade LTN?
A LTN tem uma remuneração prefixada. Isso quer dizer que é uma modalidade de aplicação na qual é possível saber o rendimento já no ato em que o dinheiro é investido.
Justamente por esse motivo, sua nomenclatura foi alterada na plataforma do Tesouro Direto em 2015, passando a chamar-se Tesouro Prefixado.
Esse tipo de aplicação é muito útil para quem dispõe de tempo suficiente para deixar seu dinheiro aplicado até o prazo de vencimento.
A razão disso é que em casos de resgate antecipado, o título estará sujeito ao preço oferecido pelo mercado no instante em que se deseja fazer a venda da LTN.
O que é uma LFT?
Dentro da sopa de letras das renda fixa, a sigla LFT quer dizer Letra Financeira do Tesouro. Ela é mais conhecida por sua nomenclatura: o famoso Tesouro Selic.
Trata-se, portanto, de um dos três tipos de títulos públicos disponíveis atualmente na plataforma do Tesouro Direto.
Quem investe em uma LFT está emprestando dinheiro ao Governo Federal com a promessa de receber o valor no futuro acrescido de juros.
No caso da LFT (Tesouro Selic), a remuneração é do tipo pós-fixada. Ela é categorizada assim por ser indexada a um indicador que nesse caso é a taxa Selic.
Qual é a diferença entre LFT e LTN?
Apesar de terem o nome bem parecido, LF e LTN não são a mesma coisa, pois oferecem formas diferentes de rentabilizar o capital do investidor que foi aplicado.
O modelo de rendimento é diferente entre as duas: a LFT remunera o investidor de forma pós-fixada. Isso quer dizer que ela é atrelada a um índice financeiro e não se sabe quanto renderá no final.
Já a LTN tem seu rendimento feito de forma prefixada. Isso quer dizer que sua rentabilidade não depende nem mesmo das condições de mercado, pois o rendimento já é fixado no momento da aplicação.
Por exemplo, as LTNs com rendimento de 10% ao ano, por exemplo, entregarão essa taxa ao investidor, independente do que aconteça e considerando que o investimento será mantido até o prazo de vencimento.
O mesmo não acontece com a LFT, que depende do valor da taxa Selic para remunerar mais ou menos o seu investidor.
Como funciona a LFT?
O rendimento de uma LFT (Tesouro Selic) é indexado à taxa Selic. Na prática, isso significa que ela renderá exatamente seu valor acrescido de um pequeno percentual, que varia conforme o vencimento do título.
Assim, nunca é possível saber qual será o rendimento final de uma LFT. Isso acontece porque a taxa pode ser alterada em qualquer reunião do Copom, para mais ou para menos, além de ficar no mesmo patamar.
Logo, se o Copom resolver aumentar a taxa Selic, a LFT renderá mais. Se a Selic baixa, o rendimento da LFT é reduzido também.
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