Após um mês de julho marcado pela elevação nas taxas de juros dos títulos públicos e reavaliações nas expectativas de política monetária, a EQI Research anunciou suas recomendações de alocação para carteiras de Renda Fixa em agosto, com destaque para o aumento da exposição a títulos prefixados de curto prazo. A mudança vem na esteira de uma revisão do cenário base, que agora antecipa o início do ciclo de cortes da taxa Selic para o primeiro trimestre de 2026.
Segundo João Neves, analista CNPI da EQI Research, a estratégia visa capturar o momento de maior atratividade dos prefixados curtos.
“Com a elevação das taxas e a possibilidade de cortes na Selic antes do esperado, esses títulos oferecem uma relação risco-retorno muito interessante para os investidores”, explica.
Carteira de Renda Fixa: Alocação recomendada por perfil
A tabela de alocação para agosto reflete esse movimento de forma clara: todas as carteiras — conservadora, moderada e agressiva — aumentaram a exposição aos títulos prefixados, especialmente os de vencimento em janeiro/26 (LTN). Ao mesmo tempo, houve leve redução na alocação em títulos pós-fixados (LFT), aproveitando a oportunidade nos prefixados.
Confira como ficou a distribuição por perfil:
Perfil | Pré-Fixado | Inflação | Pós-Fixado |
---|---|---|---|
Conservador | 12,5% | 22,5% | 65% |
Moderado | 22,5% | 25% | 52,5% |
Agressivo | 27,5% | 30% | 42,5% |
Nos títulos atrelados à inflação (IPCA+), a EQI mantém a preferência por papéis de médio prazo, como as NTN-Bs com vencimento em maio/35. Esses ativos oferecem um “carrego atrativo” com potencial de valorização adicional caso as taxas futuras recuem com o avanço do ciclo de flexibilização monetária.
Já os títulos longos prefixados ou atrelados à inflação continuam com alocação moderada, dado o risco maior e o espaço limitado para ganhos adicionais, considerando a inflação implícita já próxima da média histórica.
Estratégia por perfil
- Conservador: Aumenta em 2,5 p.p. a exposição a prefixados curtos, reduzindo na mesma dimensão o pós-fixado. Mantém estabilidade nos títulos atrelados ao IPCA.
- Moderado: Elevação de 5 p.p. na alocação de prefixados curtos, com redução de 2,5 p.p. nos papéis IPCA+ de médio prazo e também nos pós-fixados.
- Agressivo: Reforça posição em prefixados curtos, elevando de 2,5% para 10%, o que é compensado reduzindo prefixados longos e nos papéis IPCA+ de médio prazo.

Desempenho no mês
As carteiras apresentaram desempenho positivo, mas inferior ao CDI. A rentabilidade em julho foi impactada pelo movimento recente da curva de juros:
- Conservador: +0,88% (66,1% do CDI)
- Moderado: +0,51% (38,6% do CDI)
- Agressivo: +0,32% (24% do CDI)
O resultado reflete a transição de cenário e reforça a importância da gestão ativa nas alocações, em linha com as revisões feitas para agosto.
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