A BRF (BRFS3) apresentou lucro líquido de R$ 735 milhões no segundo trimestre de 2025 (2TRI25), retração de 32,8% frente ao mesmo período de 2024, quando havia registrado R$ 1,094 bilhão.
O resultado foi pressionado pelo aumento das despesas operacionais e financeiras, mesmo diante de um cenário de crescimento nas receitas e manutenção de margens positivas.
A receita operacional líquida somou R$ 15,365 bilhões, alta de 2,9% na comparação anual, sustentada pelo avanço de 4,2% no preço médio de vendas e pela resiliência do consumo no mercado interno, que compensou parte dos efeitos negativos dos bloqueios temporários nas exportações de carne de frango para diversos mercados.
O EBITDA ajustado atingiu R$ 2,502 bilhões, queda de 4,5% em relação ao 2TRI24. A margem EBITDA ajustada recuou de 17,6% para 16,3%, influenciada pelo aumento dos custos de insumos como grãos e óleos, além de maiores despesas logísticas e de marketing.
Balanço do 2TRI25 da BRF: segmentos e destaques operacionais
No Brasil, a BRF registrou o maior volume e receita para um segundo trimestre, impulsionada pela base de clientes, que superou 330 mil, e pelo bom desempenho de produtos processados, com alta de 7,4% nos volumes vendidos. A categoria in natura também contribuiu para as margens do segmento.
No mercado internacional, a empresa manteve rentabilidade saudável, com EBITDA ajustado de R$ 1,168 bilhão e margem de 17,3%, apesar da queda nos volumes por conta das restrições de exportação de frango decorrentes da gripe aviária. A diversificação geográfica e o avanço em novos mercados, com 11 habilitações no trimestre, ajudaram a mitigar os impactos.
Visão da administração
A administração da companhia destacou que o segundo trimestre reforçou a trajetória de eficiência e geração de valor da companhia, mesmo em um cenário adverso. O avanço do programa BRF+ gerou ganhos de R$ 208 milhões no período, enquanto o portfólio de marcas seguiu ganhando força no Brasil e no exterior.
“O melhor primeiro semestre da nossa história, com EBITDA recorde, comprova nossa resiliência e capacidade de adaptação. Seguiremos focados na excelência operacional, na inovação e na captura de sinergias com a Marfrig para fortalecer nossa presença global”, afirmou a BRF no comunicado a investidores.
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Tire as principais dúvidas do balanço da BRF
A queda do lucro líquido foi causada principalmente pelo aumento das despesas operacionais e financeiras, além do crescimento dos custos de insumos como grãos e óleos, e maiores gastos com logística e marketing.
A receita operacional líquida da BRF cresceu 2,9%, totalizando R$ 15,365 bilhões, impulsionada pelo aumento de 4,2% no preço médio de vendas e pela resiliência do mercado interno.
A gripe aviária causou bloqueios temporários nas exportações de carne de frango, afetando os volumes vendidos no mercado internacional. Porém, a empresa mitigou parte dos impactos com diversificação geográfica e 11 novas habilitações de mercado.
A margem EBITDA ajustada recuou de 17,6% no 2T24 para 16,3% no 2T25, influenciada pelo aumento dos custos operacionais.
Apesar da queda nos volumes por restrições de exportação, o mercado internacional manteve rentabilidade saudável com EBITDA ajustado de R$ 1,168 bilhão e margem de 17,3%.