01 Ago 2022 às 12:17 · Última atualização: 01 Ago 2022 · 5 min leitura
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Última atualização: 01 Ago 2022
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, discursa durante cerimonia de sanção da Lei da Autonomia do Banco Central
O Presidente do Banco Central (BC) Roberto Campos Neto estará no Macro Day 2022, evento do BTG Pactual (BPAC11) totalmente online e gratuito que acontece dia 18 de agosto. Inscreva-se aqui.
O carioca de 53 anos, à frente do Bacem desde fevereiro de 2019, vai falar sobre política monetária, economia e finanças.
Não à toa, ele é um dos executivos públicos mais experientes do país, visto que traz consigo 18 anos de atuação em um banco internacional, o Santander, bem como o privilégio de ser filho e neto de dois economistas que contribuíram com o país em décadas anteriores.
Acontece que Campos Neto é filho de Roberto de Oliveira Campos Filho e neto por parte de pai de Roberto de Oliveira Campos, que foi o segundo ministro do Planejamento do Brasil, nos anos 1970. Também foi presidente do BNDES nos anos 1950 e Senador da República.
Campos Neto graduou-se em economia com especialização em Finanças pela Universidade da Califórnia em meados de 1993. Ele trabalhou, ainda, no Banco Bozano Simonsen nos cargos de operador de Derivativos de Juros e Câmbio, operador de Dívida Externa, operador da área de Bolsa de Valores e também como executivo da Área de Renda Fixa Internacional.
Em 2004, foi gerente de Carteiras na Claritas Investimentos e em 2005 ingressou no Santander como operador, tornando-se chefe do setor de trading logo em seguida. Na sequência, passou a ser responsável pela área de Tesouraria e Formador de Mercado Regional e Internacional.
Ele é casado com a advogada Adriana Buccolo de Oliveira Campos, com quem tem dois filhos.
Campos Neto praticou jiu jitsu por um bom tempo, mas, atualmente, se dedica mais à corrida (cooper) e ao tênis. Seu mandato à frente do BC se encerra em 2024.
A participação de Campos Neto no Macro Day atrai o interesse de investidores profissionais e iniciantes, principalmente por conta da taxa básica de juros do Brasil, a Selic.
Foi sob a batuta dele que esta chegou a 2% ao ano em agosto de 2020, algo muito atípico para os padrões brasileiros.
Desde então, o cenário doméstico e internacional se deteriorou exponencialmente e a taxa de juros precisou ser alterada para segurar a inflação. Hoje ela está em 13,25% ao ano.
O mercado aposta que a escalada da taxa básica de juros dê uma trégua até setembro. A expectativa é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve em 0,50 ponto percentual na reunião deste mês e, possivelmente, esta seja a penúltima alta, com mais 0,50 p.p. em setembro.
E é aí que está o ponto de atenção na palestra de Campos Neto: como a autoridade monetária enxerga a pressão inflacionária no Brasil, quais componentes devem ser levados em consideração e para onde olhar em breve.
Indicadores recentes mostram que o Brasil tem se destacado na geração de emprego e renda, ainda que a renda nominal tenha estacionado, bem como no Produto Interno Bruto (PIB) e investimento estrangeiro. Isso se dá ao mesmo tempo que Estados Unidos e Europa enfrentam inflação crescente, e recuo do PIB.
O investidor olha para todo esse cenário e busca informação de como se proteger e ao mesmo tempo auferir algum lucro em sua carteira. A renda fixa voltou para o radar do mercado, mas ninguém descarta a renda variável por completo, visto que o que se pretende é realinhar os ativos, principalmente diversificando e buscando proteção.
Com este panorama de fundo, a fala de Campo Neto pode ajudar o investidor a compreender quais variáveis estão com viés positivo, e quais outras variáveis estão em rota de colisão.