O radar corporativo desta sexta-feira (15) destaca que o Nubank (ROXO34) registrou lucro recorde de US$ 637 milhões no 2TRI25, alta de 42%. Em contraste, o Banco do Brasil (BBAS3) teve queda de 60,2% no lucro líquido ajustado, pressionado por provisões no agronegócios.
No setor de infraestrutura, a Azevedo & Travassos (AZEV4) venceu leilão de concessão rodoviária de R$ 7,2 bilhões. Já no setor elétrico, a Eletrobras (ELET6) elevou nível de segurança da Usina de Colíder para “alerta” por precaução.
Entre as companhias aéreas, a Azul (AZUL4) reduziu prejuízo em 29% com receita de R$ 4,942 bilhões, enquanto a Gol (GOLL54) reduziu perdas em 60,8% para R$ 1,532 bilhão.
No segmento de proteína animal, a Marfrig (MRFG3) cresceu 13% no lucro líquido com receita de R$ 37,8 bilhões. Por outro lado, a BRF (BRFS3) registrou queda de 32,8% no lucro para R$ 735 milhões.
Outros destaques incluem a Cosan (CSAN3), que ampliou prejuízo para R$ 946 milhões, a JHSF (JHSF3), que avançou 45,6% no lucro para R$ 245,8 milhões, e a IMC (MEAL3), que reverteu lucro para prejuízo de R$ 32,4 milhões.
Por fim, o Méliuz (CASH3) marca presença no mercado internacional ao iniciar negociação de ADRs no mercado americano sob ticker MLIZY.
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Nubank (ROXO34) registra lucro recorde de US$ 637 milhões no 2TRI25
O Nubank (ROXO34) divulgou nesta quinta-feira (14) o balanço do segundo trimestre de 2025 (2TRI25), com lucro líquido de US$ 637 milhões, crescimento de 42% na comparação com o mesmo período do ano passado em bases neutras de efeitos cambiais (FXN). Trata-se do maior resultado trimestral da história da companhia, impulsionado pelo avanço da base de clientes e pela disciplina na execução das operações, mantendo retorno sobre o patrimônio (ROE) de 28%.
A receita totalizou US$ 3,668 bilhões no trimestre, alta de 40% em relação ao 2TRI24 (FXN), refletindo o aumento da monetização por cliente, expansão das carteiras de crédito e crescimento dos depósitos. Já o lucro bruto foi de US$ 1,548 bilhão, avanço de 24% na mesma base de comparação, enquanto a margem bruta recuou para 42%, influenciada por maiores despesas com marketing e remuneração baseada em ações.
Banco do Brasil (BBAS3) tem lucro pressionado por provisões do agronegócio
O Banco do Brasil (BBAS3) apresentou lucro líquido ajustado de R$ 3,784 bilhões no segundo trimestre de 2025 (2TRI25), queda de 60,2% em relação ao mesmo período do ano anterior e recuo de 48,7% frente ao trimestre imediatamente anterior. O resultado foi pressionado principalmente pelo aumento nas provisões para perdas esperadas na carteira de agronegócios, que registrou elevação da inadimplência e exigiu maior nível de cobertura.
A margem financeira bruta totalizou R$ 25,061 bilhões no trimestre, recuo de 1,9% na comparação anual, mas alta de 4,9% em relação ao 1TRI25. O custo do crédito somou R$ 15,908 bilhões, mais que dobrando (+103,8%) em um ano e avançando 56,7% sobre o trimestre anterior, refletindo a continuidade do cenário desafiador no segmento agro. As receitas de prestação de serviços alcançaram R$ 8,754 bilhões, praticamente estáveis em relação ao 2TRI24 (-1,0%).
Azevedo & Travassos (AZEV4) vence leilão de concessão rodoviária de R$ 7,2 bilhões
A Azevedo & Travassos (AZEV4) informou que o consórcio liderado pela companhia, representada pelo FIP Azevedo & Travassos (com participação de 70%), e pela Sobrado e Gae, do Grupo Tecpav Engenharia (5%), e pelo FIP Camaçari (25%) foi declarado vencedor do leilão da concessão rodoviária do Lote CN 2, promovido pela União por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A concessão, que abrange um trecho de 490 km das rodovias BR-060 e BR-364 localizadas nos Estados de Goiás e Mato Grosso, terá duração de 30 anos. O contrato prevê um investimento total estimado em R$ 7,2 bilhões, com receita projetada superior a R$ 16 bilhões ao longo do período, consolidando a posição estratégica da companhia no setor de infraestrutura e fortalecendo seu backlog.
Eletrobras (ELET6) eleva nível de segurança da Usina de Colíder para “alerta”
A Eletrobras (ELET6) informou que decidiu alterar o nível de segurança da barragem da Usina Hidrelétrica de Colíder para o nível de “ALERTA”, medida que deflagra as ações previstas em seu Plano de Ação Emergencial. A decisão foi tomada em razão da recorrência de eventos nos drenos do sistema da usina e por recomendação do painel de especialistas externos contratado pela empresa.
A Eletrobras adquiriu a usina, localizada no Rio Teles Pires, em Mato Grosso, em operação de descruzamento de ativos com a Copel, concluída em 30 de maio de 2025. A usina representa 0,5% do ativo total da Eletrobras e tem capacidade de 300 MW. Do total de 70 drenos que integram o sistema da usina, quatro sofreram danos desde a compra do ativo. Por precaução, a empresa orientou a redução do nível do reservatório da usina.
Azul (AZUL4) reduz prejuízo em 29% com receitas de R$ 4,942 bilhões
A Azul (AZUL4) divulgou os resultados do segundo trimestre de 2025 (2TRI25), registrando prejuízo líquido ajustado de R$ 475,8 milhões, redução de 29% frente à perda de R$ 669,7 milhões no mesmo período do ano anterior. O resultado foi influenciado por um ambiente de demanda aquecido, receitas auxiliares robustas e ganhos de eficiência operacional.
A receita líquida totalizou R$ 4,942 bilhões, alta de 18,4% na comparação anual, com destaque para o crescimento de 36,8% nas operações internacionais e de 12,9% na capacidade doméstica. O EBITDA ajustado somou R$ 1,142 bilhão, crescimento de 8,6% sobre o 2TRI24, com margem de 23,1%. A empresa transportou 8 milhões de passageiros no trimestre, aumento de 7,7% ano a ano, com taxa de ocupação de 81,5%.
Marfrig (MRFG3) cresce 13% no lucro líquido com receita de R$ 37,8 bilhões
A Marfrig (MRFG3) divulgou os resultados do segundo trimestre de 2025 (2TRI25), com lucro líquido atribuído ao controlador de R$ 85,2 milhões, alta de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho foi sustentado principalmente pela operação continuada na América do Sul, que apresentou forte crescimento em volume e margem.
A receita líquida consolidada da companhia atingiu R$ 37,8 bilhões, representando crescimento de 8,6% na comparação anual. O avanço foi impulsionado pelo bom desempenho da operação continuada da América do Sul e pela consolidação dos resultados da BRF, que representou 40% da receita total do trimestre. O EBITDA ajustado alcançou R$ 3,01 bilhões, recuo de 10,8% em relação ao 2TRI24.
BRF (BRFS3) registra queda de 32,8% no lucro líquido
A BRF (BRFS3) apresentou lucro líquido de R$ 735 milhões no segundo trimestre de 2025 (2TRI25), retração de 32,8% frente ao mesmo período de 2024, quando havia registrado R$ 1,094 bilhão. O resultado foi pressionado pelo aumento das despesas operacionais e financeiras, mesmo diante de um cenário de crescimento nas receitas.
A receita operacional líquida somou R$ 15,365 bilhões, alta de 2,9% na comparação anual, sustentada pelo avanço de 4,2% no preço médio de vendas e pela resiliência do consumo no mercado interno. O EBITDA ajustado atingiu R$ 2,502 bilhões, queda de 4,5% em relação ao 2TRI24. A margem EBITDA ajustada recuou de 17,6% para 16,3%, influenciada pelo aumento dos custos de insumos como grãos e óleos.
Cosan (CSAN3) amplia prejuízo para R$ 946 milhões no 2TRI25
A Cosan (CSAN3) divulgou os resultados do segundo trimestre de 2025 (2TRI25), reportando prejuízo líquido de R$ 946 milhões, ante perda de R$ 227 milhões no mesmo período do ano passado. O desempenho foi pressionado principalmente pelo menor resultado de equivalência patrimonial, reflexo da ausência de efeitos positivos registrados no 2TRI24.
A receita operacional líquida consolidada somou R$ 10,478 bilhões, queda de 2% em relação ao 2TRI24. O EBITDA sob gestão totalizou R$ 6,024 bilhões, recuo de 17% na comparação anual. A queda reflete principalmente a redução no resultado da Raízen, impactada por menor moagem de cana, menor produtividade agrícola e efeitos pontuais na operação de combustíveis na Argentina.
Gol (GOLL54) reduz perdas em 60,8% para R$ 1,532 bilhão
A Gol Linhas Aéreas (GOLL54) apresentou no segundo trimestre de 2025 (2TRI25) um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão, redução de 60,8% em relação às perdas de R$ 3,908 bilhões registradas no mesmo período de 2024. O resultado foi influenciado pela expansão da capacidade, pela melhora operacional e pelos ganhos com variação cambial.
A receita líquida da companhia somou R$ 4,837 bilhões, alta de 22,9% sobre o 2TRI24, impulsionada principalmente pelo aumento de 24,1% na receita com transporte de passageiros. O EBITDA recorrente atingiu R$ 1,134 bilhão, avanço de 67,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, com margem EBITDA recorrente de 23,4%.
JHSF (JHSF3) avança 45,6% no lucro para R$ 245,8 milhões
A JHSF Participações (JHSF3) divulgou os resultados do segundo trimestre de 2025 (2TRI25), reportando um lucro líquido de R$ 245,8 milhões, o que representa um aumento de 45,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A alta foi impulsionada pela consistência e visão de longo prazo de todos os negócios da companhia.
A receita líquida consolidada da companhia alcançou R$ 496,1 milhões, um crescimento de 25,2% na comparação anual. O EBITDA ajustado atingiu R$ 247,2 milhões, uma alta de 21,9% em relação ao 2TRI24. A margem EBITDA ajustada ficou em 49,8%, com leve recuo de 1,3 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior.
IMC (MEAL3) reverte lucro para prejuízo de R$ 32,4 milhões
A International Meal Company (MEAL3) divulgou os resultados do segundo trimestre de 2025 (2TRI25), registrando um prejuízo líquido de R$ 32,4 milhões. O resultado reverte o lucro de R$ 12,2 milhões obtido no mesmo período do ano anterior, impactado principalmente por despesas financeiras.
A receita líquida consolidada da companhia atingiu R$ 590,8 milhões, um avanço de 3,6% em relação ao 2TRI24. O desempenho foi impulsionado pelo mercado brasileiro, que registrou um crescimento de 12,6% e compensou parcialmente a retração de 9,9% nas operações nos Estados Unidos. O EBITDA ajustado consolidado alcançou R$ 70,7 milhões, uma queda de 37,6% na comparação anual.
Méliuz (CASH3) inicia negociação de ADRs no mercado americano
O Méliuz (CASH3) informou que, a partir desta sexta-feira (15), recibos de suas ações passam a ser negociadas no OTCQX Markets, nos Estados Unidos, sob o ticker MLIZY. A companhia firmou contrato com o JP Morgan Chase Bank N.A. para ser o banco depositário das American Depositary Receipts (ADR) nos Estados Unidos.
Cada ADR negociado no OTCQX sob o ticker MLIZY representará duas ações da companhia na B3, sob o ticker CASH3 (1 MLIZY = 2 ações CASH3). Essa iniciativa integra a estratégia da companhia de ampliar sua presença junto a investidores internacionais e fortalece a execução de sua estratégia como Bitcoin Treasury Company, com foco no aumento contínuo do número de Bitcoin por ação.