Os dividendos são um dos principais atrativos para investidores de Renda Variável, especialmente aqueles que buscam uma fonte estável de retorno financeiro.
Se investir em dividendos no Brasil já é uma estratégia interessante, ampliar essa estratégia para o mercado internacional pode ser ainda mais vantajoso, aproveitando proventos em moeda forte e ter acesso a solidez de algumas das maiores empresas do mundo.
Em 2024, o pagamento mundial de dividendos atingiu um recorde de US$ 1,75 trilhão, um crescimento de 6,6% em relação a 2023, conforme apontado pelo relatório “Janus Henderson Global Dividend Index”. Esse montante reflete a força de setores estratégicos como tecnologia, petróleo e financeiro, que dominam o ranking das maiores distribuidoras de proventos no mundo.
As 10 maiores pagadoras de dividendos do mundo
Confira as empresas que mais distribuíram dividendos no último ano:
- Microsoft (MSFT; $MSFT34) – US$ 22,9 bilhões
- Exxon Mobil (XOM; $EXXO34) – US$ 15,6 bilhões
- HSBC (HSBC; $H1SB34) – US$ 15,4 bilhões
- Apple (AAPL; $AAPL34) – US$ 15,1 bilhões
- China Construction Bank (CICHY) – US$ 13,5 bilhões
- PetroChina (PTR) – US$ 13,4 bilhões
- China Mobile (600941) – US$ 13,2 bilhões
- JPMorgan (JPM; $JPMC34) – US$ 13,1 bilhões
- Chevron (CVX;$CHVX34) – US$ 11,9 bilhões
- Johnson & Johnson (JNJ; $JNJB34) – US$ 11,8 bilhões
A Petrobras ($PETR4) foi a única empresa brasileira a figurar no ranking, ocupando a 14ª posição, com a distribuição de US$ 10,8 bilhões em dividendos.
Queda na distribuição de dividendos no Brasil
Enquanto o mundo registra um crescimento no pagamento de dividendos, o Brasil segue na contramão dessa tendência. Em 2024, a distribuição de dividendos no país caiu 9%, impactada por cortes em metade das empresas que compõem o índice de proventos da Janus Henderson.
A Vale ($VALE3) foi a companhia brasileira que mais reduziu os pagamentos a seus acionistas. Esse movimento acompanha um padrão observado globalmente no setor de mineração e transporte, que distribuiu US$ 26 bilhões a menos em relação ao ano anterior.
“No Brasil, os dividendos caíram 9% em uma base ajustada, com cortes de metade das empresas em nosso índice. A maior redução foi a da Vale, o que está em linha com a tendência observada entre outras mineradoras globais”, destacou a Janus Henderson em seu relatório.
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Dividendos pelo mundo: tecnologia e setor financeiro lideram
Pelo segundo ano consecutivo, a Microsoft liderou o ranking global de pagamento de dividendos. Em seguida, aparece a Exxon Mobil, que recentemente expandiu seus negócios com a aquisição da Pioneer Resources.
A Janus Henderson também apontou que algumas grandes corporações passaram a distribuir dividendos pela primeira vez, impactando significativamente o mercado. Entre elas estão Meta (META; $M1TA34) e Alphabet (GOOG; $GOGL34) nos Estados Unidos, além do Alibaba (BABA; $BABA34), na China. Juntas, essas três empresas distribuíram US$ 15,1 bilhões, representando um quinto do crescimento global dos dividendos em 2024.
“Empresas altamente valorizadas, especialmente no setor de tecnologia dos EUA, estão iniciando o pagamento de dividendos, desafiando a ideia de que esse setor evitava essa forma de retorno de capital aos acionistas”, afirmou Jane Shoemake, gerente de portfólio global na Janus Henderson.
O setor financeiro também teve um papel fundamental no aumento dos dividendos globais, respondendo por quase 50% do crescimento registrado em 2024. Os bancos lideraram esse movimento, com um aumento de 12,5% nos proventos em comparação a 2023. Além disso, o setor de mídia e internet viu seus dividendos dobrarem, impulsionados pelas novas distribuições da Meta e da Alphabet.
Mundialmente , 88% das empresas aumentaram ou mantiveram estáveis os seus dividendos, reforçando a importância desse tipo de retorno para os investidores ao redor do mundo.
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